terça-feira, 10 de setembro de 2013

Vinte anos de Arquivo X

10 de Setembro de 1993. Quem ligou a tv neste dia, testemunhou em primeira mão o nascimento de um fenômeno mundial, algo que iria mudar a forma de se fazer séries para a televisão. Neste dia ia ao ar... ronquem os tambores... Arquivo X.


E como quase todos os grandes acontecimentos da história da humanidade, este começou de forma totalmente despretensiosa e até mesmo sem muitas esperanças de cair no gosto da população. O formato era inovador, logo arriscado, atores relativamente desconhecidos... sabemos até que Chris Carter teve que suar a camisa para manter Gillian Anderson como um dos protagonistas... O que falam é que ela não era gostosa o suficiente (momento de morrer de rir porque, né? a FOX sempre foi idiota mesmo. uau).

O fato é que aquela ideiazinha maluca de juntar aliens, conspiração gorvenamental e todo tipo de fenômeno paranormal em uma série deu muito certo. E, para completar o pacote, David Duchovny e Gillian Anderson, como excelentes atores que são e com a maravilhosa química que possuem, fizeram de Fox Mulder e Dana Scully personagens icônicos que seriam lembrados e citados em diversas outras obras sempre que alguém falasse em "coisa estranha".


Desde aquela noite a 20 anos atrás muita, mas muuuita coisa aconteceu. Tais quais...

A série se tornou mundialmente famosa, alcançando níveis inimagináveis de audiência para a época, o que lhe rendeu nove temporadas completas e 2 filmes para cinema. Vamos a um resuminho rápido de tudo isso só porque é divertido falar delas.

A primeira temporada se inicia com a entrada de Dana Scully nos Arquivos X, aos quais Fox Mulder já se dedicava a algum tempo. Ela foi colocada ali para desmerecer o trabalho dele... no entanto, pelo que pudemos notar, o tiro saiu totalmente pela culatra.

Na segunda temporada, eles tentaram uma abordagem menos sutil e fecharam logo o departamento dos Arquivos X e a paranóia de Mulder o fez ter a estúpida ideia passar o maior tempo possível longe de sua parceira por questões de segurança. Nada disso deu certo e logo estavam eles trabalhando juntos novamente (vocês não conseguem ficar separados, amores. Aceitem) e com os AX reabertos. Conhecemos o querido (hahahahaha) ratinho Alex Krycek. Scully é abduzida rapidinho para que Gillian tenha Piper. Melhor plot twist da existência. O que seria de AX sem toda a história que essa abdução gerou?


Na terceira temporada, foram mais longe ainda e oops Mulder "morre", mas não passa muito tempo nesse estado, pois ele ainda tinha muito o que descobrir ao lado de Scully (palavras dele, ok?). Descobrimos o quanto o governo estava envolvido com os aliens e como Dana Scully poderia ser ciumenta.

Na quarta e, vamos combinar, mais triste temporada, tivemos que lidar com o câncer de Scully. Qualquer um que assista séries hoje em dia, não sabe a dor que é passar meses (sem spoilers... pois internet era muito escassa nessa época) sem saber se seus dois personagens favoritos morreriam (calem-se, fãs de SPN. Dean e Sam já morreram ao mesmo tempo, mas eles sempre voltam no mesmo episódio. Fora isso, eles sempre deixam um vivo. :P). Não, nada mais que tenha acontecido nessa temporada importa. Somente nos lembramos da agonia profunda de ver Scully morrendo pelo câncer e Mulder se matando aos poucos por não saber mais o que fazer sem sua parceira. Ok, talvez dê pra lembrar de Home também. O que foi tooodo aquele episódio? Oh.

Na quinta temporada... oh o alívio. Ninguém doente, todos felizes (nem tanto) e o flerte está mais on do que nunca. Episódios perfeitos e inesquecíveis. Diana Fowler (ou Dieca Cowler para quem ama) aparece, mas em compensação ganhamos Gibson. Diana é ferida de morte, mas nem Mulder parecia estar muito interessado. E os AX não são apenas fechados, mas também queimados e Mulder e Scully são novamente separados e enviados para outras funções.


Neste ínterim, no verão americano de 1998, tivemos o primeiro filme, Fight the Future. É um perfeito filme de verão, com explosões, perseguições e adrenalina. E, claro, aliens. Teve sucesso e repercusão relativamente bons. Se o fã ainda não odiava abelhas até aqui, uma certa cena neste filme faz com que ele passe a odiar as bichinhas. ah, também nos deram a entender que os aliens "estão aqui a muito, muito tempo, sr Mulder". Acho que já ouvi isso antes...

A sexta temporada nos presenteia com um Mulder chorão que acha que Scully tem que andar conforme as regras dele. Err... Essa é também uma das temporadas mais românticas (nos intervalos em que Mulder não está sendo chato). Meu headcanon diz que eles começaram a namorar mesmo em algum lugar entre Milagro e Three of a Kind... Nessa temporada também demos adeus ao Sindicato. Sim, todo ele é exterminado.

A sétima temporada é considerada a mais leve de todas. Apesar de seu início chocante e final trágico. Scully salva Mulder com ajuda de Diana, que morre (yay). Mulder faz descobertas que o leva a acreditar que sua irmã esteja morta. Os episódios deste arco são belíssimos, apesar de colocarem alguns buracos na mitologia. É dado a entender, finalmente, que Mulder e Scully estão dormindo juntos e ela engravida. O "como", já que ela é estéril, até hoje não sabemos.


A oitava temporada é... triste. Com a saída de David Duchovny, Mulder passa parte do tempo desaparecido e os produtores acharam que poderiam substituir a ele e a Scully nos Arquivos X sem maiores consequências. Apesar da qualidade nos roteiros ter melhorado, a fórmula sem Mulder não dá muito certo. Mulder volta e descobre que todo o seu mundo foi virado de ponta a cabeça e tendo que lidar com todas as lembranças das torturas que sofreu e alguns fãs ainda o chamam de idiota e egoísta porque acham que ele deveria ter esquecido disso tudo porque Scully sentiu sua falta e estava grávida. William nasce e é a cara de Skinner (não, não é. rs).

Na nona temporada, os Arquivos X são designados de forma oficial para os agentes Doggett e Reyes. Scully quase não aparece, Mulder menos ainda. Os episódios, apesar de muito bons, não cativam o suficiente. Scully é obrigada a doar seu filho para a adoção para a segurança dele. David volta para o episódio final, que é um dos melhores de toda a série, fechando tudo com chave de ouro com todo o estilo e graça digno de Arquivo X.


Seis anos depois, o segundo filme é lançado. Muitos fãs não gostaram, queriam explosões e efeitos especiais e também aliens e mitologia e Reyes e Doggett e William e queequeeg. Com um baixo orçamento, tivemos não muito além do que o que Chris Carter prometeu... um filme belíssimo focando principalmente no relacionamento de Mulder e Scully e como eles passaram esses últimos anos longe do FBI e, no caso de Mulder, como fugitivo.

Isso é mais ou menos o que aconteceu... :)

Não, não é. Se você está passando por esse blog por acaso e tá tentando decidir se vê ou não Arquivo X, não se guie por isso, pois a série realmente fabulosa e bem mais profunda e divertida e cativante do que qualquer resumo (ainda mais esse maluco que foi feito) possa mostrar.

Toda essa qualidade e popularidade em Arquivo X lhe rendeu também diversos prêmios, entre eles alguns Golden Globes e Emmys.


Fora o que foi colocado em vídeo e que conta como "canon", temos ainda alguns livros lançados com os personagens, as novelizações de alguns episódios e filmes, e, claro, os quadrinhos. Uma série de quadrinhos foi lançada enquanto o show ainda estava no ar e outra mais recente está sendo lançada este ano e tem o próprio Chris Carter dentro do projeto. Eles estão chamando a obra de AX - 10ª temporada e tem, creio eu, três exemplares publicados. Ainda não li nenhum (esperem por pequenos reviews quando eu o fizer), mas o pouco que vi parece que a história é bem legal e o trabalho de arte é maravilhoso.


Uma interessante homenagem à série foi feita em 1997 pelos Simpsons. Pois é... aquela família sem noção recebeu a visita dos agentes Mulder e Scully. É um episódio beeem interessante. Vale a pena dar uma olhada. Clique aqui para ter mais informações.

Ao longo do tempo, durante e depois da série os atores e produtores tentaram emplacar outras obras. The Lone Gunmen, um spin off com os pistoleiros, teve apenas uma temporada com 13 episódios (falam as más línguas que CC os matou na série como vingança contra os fãs que não deram valor à série independente deles... oh maldade). Millennium, série produzida por Chris Carter, teve três temporadas completas e um episódio de mesmo nome dentro de Arquivo X em sua homenagem que serviu para seu fechamento. Se quiserem conferir outros trabalhos de CC, cliquem aqui. Outros produtores e escritores de Arquivo X se juntarem depois do final da série e criaram Supernatural. Quem é fã de Arquivo X, ver SPN é uma delícia. São muitas homenagens, vários atores compartilhados, muitas referências... tudo com muito respeito digno de pessoas que amam ambas as obras e seus fãs. A série vai estrear sua temporada final, a nona, e vale a pena dar uma conferida (preparem os lenços). Gillian e David, ambos emplacaram alguns sucessos, confiram seus trabalhos clicando aqui e aqui respectivamente. Seus mais recentes sucessos são, para David, a comédia Californication, que está para estrear sua oitava e última temporada. A série é divertidíssima, apesar de muito controversa. Para Gillian, temos a incrível The Fall, drama britânico que tem a moça como investigadora principal de uma série de assassinatos. Parece lugar comum, mas a abordagem da série é feita de uma forma não usual, focando também no dia a dia do assassino.


Enfim, é bom saber que muitos dos que participaram de Arquivo X estão emplacando outras obras de qualidade. Fora que a gente fica meio que viciado em ver essas carinhas em nossa tv e é ótimo continuar tendo elas ali mesmo que em outro contexto.


Mas bom mesmo é ver nossos queridos interagindo com os fãs. Para isso podemos dar uma olhada em algumas convenções que Gillian e David participaram ao longo desse tempo. Elas são realmente épicas. Tivemos a WonderCon em 2008 pouco antes de IWTB e a mais recente Comic Con em Julho deste ano. Para a Wondercon, fizemos um post especial... vão lá dar uma olhada e, para este outro evento, vejam o vídeo abaixo. Vale muito a pena. Gillian e David juntos são sempre ótimos!



Como já foi dito, Arquivo X teve um sucesso estrondoso, tanto em crítica como em público. Os aficcionados pela série eram/são tão numerosos que popularizaram e criaram termos e comportamentos que são usados até hoje em dia por diversos outras fanbases. Por exemplo, não podemos deixar de mencionar o quanto nossa série é/foi importante na comunidade de fãs on line. Afinal, foi o nosso fandom que criou o termo "ship". Se hoje em dia, você, pessoa que gosta de um par de uma obra, pode se chamar shipper é devido a Arquivo X.


A coisa foi tão marcante que, hoje, vinte anos depois de sua estreia, a série ainda conta com um fandom bastante ativo e numeroso com membros novos chegando a todo momento. Entrando no tumblr, a mídia do momento para fandoms, e checando as tags relativas a série é fácil ver pessoas ainda surtando ao descobrir a série pela primeira vez... é algo muito bonito de se ver. E melhor ainda é saber que Arquivo X não é algo que a gente veja e depois deligue a tv e continue com sua vida sem lembrar do que aconteceu. Todos os episódios fazem você pensar, você se identifica com os personagens, torce por eles de forma tal que isso te tira o sono, toda o conteúdo e o cuidado em cada detalhe te maravilha e faz com que você queira ver e rever cada pedacinho para ter certeza de não ter perdido nenhum nuance. As histórias aqui te marcam e podem até mesmo mudar sua vida.

Pode parecer bobo para quem está de fora mas uma obra de ficção pode sim marcar e até mudar de alguma forma a vida de alguém. Como vi algum lugar, os personagens e situações podem ser fictícios, mas os sentimentos são muito reais. Para provar este ponto, pedi que os leitores do blog nos mandassem alguns relatos de como a série os marcou. Vamos a eles.


[Shai] Bem, o que posso dizer?! Minha adolescência foi movida a Arquivo X, foi a melhor época da minha vida, hehehe!!! Como eu não tinha tv a cabo e a Record vivia dando furos quanto a programação, eu ia para a casa da minha Vó (saudades) para assistir a série. Nunca as noites de quarta foram tão felizes!

Me lembro de dizer aos meus Pais que meu sonho era fazer medicina para ser médica legista, o que no final não se concretizou, pois acabei indo para a faculdade de direito, mas mesmo assim vivi meu momento Scully no dia em que tive uma aula prática da cadeira de medicina legal, hehehe!!!!

Posso dizer que até hoje a série é especial para mim, um momento em que me desligo de toda loucura e intempéries que vivemos, ainda mais agora que ganhei a caixa com todas as temporadas e não preciso mais ver pingado, hehehe!!!!

Vida longa aos excers e que logo sejamos agraciados com o 3° filme, pois esperança é a última que morre, hehehe!!! [\Shai]


[Eli] Olá Pessoal! Me chamo Eli e sou do Nordeste do Brasil.

Minha história de amor com o X-Files começou aproximadamente em setembro de 1997. Nesta época, a Rede Record apresentava a atração em UHF e minha antena não captava o sinal.  A não ser com um Bombril e uma boa dose de paciência.

Em meio às linhas trançadas da transmissão e os chuviscos que deformavam a imagem, eu conheci uma baixinha ruiva bastante autoritária, estressada e ciumenta. Quase sem querer, eu estava assistindo SyZyGy – A Morte Vem do Espaço. 

Foi amor à primeira vista. Marquei o dia, o horário e passei a esperar religiosamente pela série todas as sextas as 21:00. Depois de pacotes e mais pacotes de Bombril e mais doses cavalares de paciência entre tantos episódios perdidos, finalmente surgiu uma retransmissora na minha região que trouxe a Record para a VHF (tudo isso na era não digital). 

Com a imagem quase perfeita, acompanhei Chinga – Feitiço. A história da menina e sua boneca “envenenada” foi de arrepiar, mas Home – O Lar, esse sim, me prendeu de fato.( Anos depois, consegui ver todos os episódios na ordem cronológica exata.)
Assim como a atração crescente de Mulder por Scully, a minha atração pelo querido casal foi se consumando a cada episódio, de modo que comecei a colecionar fotos, revistas da Sci Fi, bonequinhos, gibis, tiragens de livros vendidos pela Mercúrio, e amigos nas redes sociais.

A cada ano a série ganhava novos elementos e eu me apaixonava cada vez mais. Comecei a escrever fics para suprir a falta de romance concreto entre os dois e me dediquei a divulgar para outras pessoas, como X-Files era sensacional.
Até hoje não consigo assistir outra série sem fazer comparações. Amo Gillian de paixão. Para mim, ela fez a heroína perfeita. Apesar de que DD é meu eterno gatão narigudo rsrsrs!!!

Em nenhum outro lugar vamos encontrar outro casal que se entenda tão bem com um simples olhar. Os olhos da Scully eram muito expressivos. Ela conseguia dizer qualquer coisa só arregalando os olhos, percebia-se isso mais frequentemente quando ela tinha um insight... E quando falava, passava metade do tempo chamando o nome dele... Isso é único!

Não consigo falar sobre a série sem deixar de citar a lealdade incondicional da Scully, todas as vezes em que ela falou a verdade para Mulder, mesmo quando ele não queria ouvir. Aquele amor platônico que ela carregava. Muitas vezes eu achava que ela o amava mais do que ele à ela... Sofri com as lágrimas dela, chorei quando CC nos alimentava com as migalhas desse amor e vibrei, babando de felicidade ao vê-los trocando carinho em alguns poucos episódios da série.

Todos têm um episódio favorito. O meu é certamente Reverendo Orison – aquele em que Scully rasteja por debaixo da cama esbanjando elasticidade, e literalmente vai às tapas com o maluco do Donnie Pfaster ainda de pulsos atados. Se você parar para pensar, verá que aquela mulher era tão forte que chegou a fazer a autópsia da própria sogra a pedido de Mulder. – Libertação Parte 2 - Coisa rara e incomum até hoje em qualquer outra série de TV. 

Observando melhor, você percebe que Scully era quase ambidestra. Ela usava tão bem a mão esquerda que parecia ser canhota às vezes. Exceto quando escrevia ou atirava (coisa que ela fazia com perfeição, depois da habilidade com o bisturi). São detalhes que só um excer apaixonado percebe. Parece bobagem, mas é surreal.

Eu costumo dizer que X-Files é uma das poucas séries que teve um começo, um meio e um fim. Dignos de seus fãs.

Sempre que posso, volto às prateleiras e revejo os episódios preferidos (tenho a coleção completa em DVD. Quem não tem?). Mas o que me marca até hoje é uma tatoo dedicada ao casal que tomei a coragem de fazer na omoplata direita. X-Files está na pele...

Foi um marco na minha vida. Eu jamais tinha parado para assistir algum filme de ficção com tanta convicção antes. Cheguei até a perder o medo da alusão que as pessoas fazem sobre autópsias em cadáveres. 

Mulder/Scully mudaram meus conceitos com relação a vida extraterrestre, fantasmas e ocorrências paranormais, entre outras coisas, e, principalmente, contribuíram para o meu amadurecimento nestas questões. Isso é fato.

*Felizes daqueles que viveram para ver e contar*

X-Files 20 anos.  X-Files para sempre. [/Eli]


[Elizabeth] Ah, Arquivo X... A série que ainda hoje faz meu controle remoto trabalhar mais (e ele deve me odiar por isso kkkk), justamente porque fico voltando e curtindo as muitas cenas entre M&S, uma melhor que a outra. 

Posso dizer que AX me ensinou a gostar e entender a dinâmica das séries norte-americanas. Eu nem sabia que elas eram divididas em temporadas e tinham vinhetas de abertura!!! Antes, só conseguia assistir as jurássicas “A Feiticeira”, "McGyver", "Barrados no Baile", “A Gata e o Rato”, “Jeannie é um Gênio”, e minha salvação da lavoura, “Jornada nas Estrelas Clássica”. Eu chamava tudo isso de “enlatado” e não dava muita bola, exceto pra Jornada. Mas aí, numa noite, zapeando pela TV aberta (tv paga nem em sonho), parei na Record e me interessei por um filme(?) sobre um detetive ou policial que seguia numa corrida contra o tempo para resgatar uma mulher, certamente a esposa ou namorada do cara, porque ele estava tão tenso, tão desesperado e se arriscando tanto... Torci muito por ele, mas no final ele não achou a tal moça, apenas o sequestrador doidão que dizia que alguém a tinha levado.  Adivinhou o episódio?  

Pois é, descobri no final que era uma série, estranha, diferente de tudo que eu já tinha visto até então.  Fiquei louca pra ver no que ia dar aquele sequestro, mas eu tinha um problema: fazia faculdade à noite, meu vídeo cassete era uma m&$*@%, não dava pra programar e ninguém em casa trocaria aquele estranho “enlatado” pelo “Globo Repórter” (afe!). Mas não desisti não (dont give up!!!) e voltava correndo pra casa, pegava dois ônibus pra chegar mais rápido e deixava de ir a algumas baladas só pra ver AX. Coisa de fã. Ficava puta de raiva quando o episódio terminava com aquele indefectível “To be continued”, porque não iria conseguir ver o início na próxima sexta. 

E assim fiz por uns anos, curtindo meu prazer solitário pela série, já que só conhecia uma única fã, uma colega de trabalho, e ninguém mais. Perdi o interesse lá pela 8ª. Temp e a 9ª. eu nem vi. Dez anos se passaram, mas mantive “arquivado” o interesse por AX e quando o bolso disse OK, comprei a coleção completa e fui pesquisar na internet detalhes sobre a série. Puxa, quanta coisa mudou: não tenho mais que correr pra ver um ep e não estou mais só porque descobri um mundão de gente que ainda assiste, se surpreende e troca figurinhas sobre o programa, a começar por esse blog, que não canso de elogiar e curtir. 

Por fim, guardo uma gostosa lembrança relacionada à série: meu querido e saudoso pai não tinha a menor habilidade com aquele vídeo cassete, mas vendo que eu gostava muito de AX e mal conseguia assistir, se dispôs a gravar algumas vezes, sem muito sucesso. Até que acertou  e gravou inteirinho (com comerciais e tudo rs) um ep, “Paper Hearts” . Assistimos juntos, ele gostou, mas acho que ficou mais contente porque me garantiu o ep daquela semana. Coisa de pai, e eu acho que nem lhe agradeci. Sempre que revejo “Paper Hearts” me emociono com essa lembrança. Só isso já bastaria pra AX ser minha série querida, mas nem precisava, porque Mulder e Scully são tão apaixonantes, não é mesmo? [/Elizabeth]


[Ana Scully] Essa série foi muito marcante na minha vida, amoooooooo Arquivo X incondicionalmente. 

A 1ª vez que tive contato com a série eu tinha por volta dos 10 anos de idade, enquanto minhas amigas se preocupavam com as bonecas ou onde iriam brincar naquele dia, a minha preocupação estava voltada para "qual episódio vai passar amanhã?" rsrsrsrsrsrs . Quando eu assistia a série eu recrutava a família toda, pois na minha casa na época só tínhamos uma tv, ou todos assistiam comigo ou eu não deixava ninguém assistir mais nada rsrsrsrsrsrs, então foi assim que os meus irmãos passaram a gostar da série também e o horário em que passava era sagrado para mim, estava sempre em frente a tv aguardando muito ansiosa. 

Nesta época a série passava no canal da Record e eu não tinha tv a cabo nem possuía internet, então esse era apenas o momento que eu tinha contato com Arquivo X. Meu pai trabalhava muito e era apenas ele para sustentar toda a família de 5 filhos e uma esposa, minha mãe não trabalhava, pois tinha que cuidar de nós. Então eu não podia comprar revistas, bonecos, livros ou qualquer outro objeto referente a série. Quando estava por volta dos 13 anos de idade mais ou menos pude perceber que a minha dedicação aos estudos poderiam me render frutos, foi aí que comecei a fazer os trabalhos e tarefas de casa e classe para os meus colegas e cobrar pelo serviço kkkkkkkk. Fiz duas coisas que amava, estudar e comprar minhas coisas de Arquivo X. Até hoje tenho algumas coisas sobre a série, álbuns, fitas em VHS com eps gravados, livros, revista... (bem eu acho que minha mãe não deve ter jogado fora não, vou até dar uma olhadinha depois rsrsrsrsrs). 

Mas quando a série parou de passar na Record eu me afastei um pouco e acompanhava notícias apenas pelos meios de comunicação escritos, eu ainda não tinha computador na época. Então comecei a trabalhar por volta dos meus 17 anos, mas mesmo assim não pude ter um computador ou mesmo assinar uma tv a cabo, tinha que ajudar meu pai com as despesas da casa e tudo mais, então fui me afastando da série cada vez mais, só tinha tempo para estudar e trabalhar. Mas a série não saiu da cabeça nunca, acho que passei mais ou menos uns 5 anos sem assistir e sem contato nenhum com a série, mas quando assisti novamente um ep carambaaa, as lembranças da minha infância e adolescência AX voltaram como um raio, a paixão pela série se tornou algo tão incontrolável, devido aos vários meios que dispunha para ter acesso a ela que fiz uma senhora maratona kkkkkkk assisti toda a série em um mês. Chorei com os eps tristes, ri muito com os eps engraçados, me assustei com os eps monstros, me estressei com CC nos eps que não aconteceram as coisas do jeito que eu achava que deveriam acontecer rsrsrsrsrs, suspirei com as cenas fofíssimas entre Mulder e Scully ahhhhhh! enfim foi um misto de alegria e paixão pela retomada do meu vício, o qual havia adormecido mas nunca esquecido. 

Arquivo X, Mulder e Scully são meu vício bom, A-D-O-R-O parar tudo que estou fazendo (principalmente se o que estou fazendo me lembrar algum deles ou algum ep) para assistir. Quando a vontade de assistir bate bem forte e eu não posso parar devido o trabalho, eu sempre coloco os eps que mais gosto e fico escutando no fone de ouvido rsrsrsrs como eu sei os eps de cor fica fácil, ao ouvir as falas no automático vem a mente as cenas (kkkk parece coisa de louca né? kkkkk) Mas eu sou louca, louca por Arquivo X. Amooooooooooooooooo! [/Ana Scully]


[PatyMR] Eu sou apaixonada por Arquivo X. Na adolescência tentava acompanhar pela Record, porém era muito difícil pois eu tenho deficiência auditiva e sempre passava dublado! Eu grudava na Televisão na esperança de entender o que eles falavam e era muito frustrante. Na época não tinha a opção de assistir pela internet e muito menos assistir legendado. O tempo passou, e acabei assinando o Netflix que para minha surpresa tem todas as temporadas dessa serie que é a minha predileta de todos os tempos. Sou apaixonada por Scully e Mulder e mais ainda agora que consigo compreender a série de fato( entender o que eles falam). 

E novamente me apaixonei. Pelas histórias, pelos episódios incríveis, por esse casal MARAVILHOSO , COMPLEXO E LINDO QUE é Mulder e Scully. Bom demais rever Arquivo-X junto com vcs aqui do blog que também amam a série! [/PatyMR]


[Madalena] Eu via a série passar na Record (acho que naquela época eu era surtada, cega, ou sei lá kkk) e dizia que os dois não combinavam... “esse homem é sem graça (surtadinha), a moça também, a série não tem nada a ver” etc... aí um dia acabaram minha opções de filme na locadora e resolvi assistir Arquivo X - Resista ao Futuro. Comprei umas batatinhas, cerveja, liguei o vídeo cassete (nossa tô velha) e simplesmente enlouqueci, amei, adorei, xinguei aquela abelha e o cc. Aí começou o sofrimento pra assistir na Record, porque depois do filme me apaixonei por todos, principalmente por Mulder e Scully, odiei o Dogget (desculpa pra quem gosta), virei uma hipermegasuper shipper e snnoger doente comprei os dvds de todas as temporadas, choro em vários episódios, amo outros... PPM nem se fala, amooooooooooooo demais esse, amo os atores Gillian e David, os personagens Mulder e Scully, adoraria ter uma amizade e um amor como o deles. Eu não me lembro quem disse, mas concordo, Arquivo-X destruiu minha vida amorosa, porque nunca encontrei ou vou encontrar um amor assim. Feliz 20 anos, X-Files. [/Madalena]


[Nay] Numa noite qualquer, num ano possivelmente difícil, porque, sim, naquela época os anos eram sempre difíceis, entre mudanças sucessivas de canal e o tédio de todos os dias, eu vi uma cena escura, meio confusa, de pessoas tensas, todas orientais, participantes de um sorteio. Algo ruim acontecia com quem era sorteado e, ao que me pareceu, um casal estranho, como tudo naquela produção, tentava descobrir o que estava acontecendo.

Eu não sabia do que se tratava e naquela época não podia perguntar ao Google, mas, por algum motivo inexplicável, eu continuei a ver. O cara tinha uma pose de galã, mas falava como um nerd. A mulher usava umas roupas esquisitas e tinha uma autoridade inversamente proporcional a sua estatura.

Quando o episodio terminou, como num estalo, corri para ver no jornal de domingo, que trazia e ainda traz (embora eu ache que ninguém mais consulta...rs) a programação da semana e lá estava a reposta que mudaria, sem exagero algum, a minha vida: Arquivo X.

Fiz todo o esforço que uma pessoa distraída pode fazer para não esquecer de estar diante da TV na semana seguinte. E isso se repetiu por muitos anos, mesmo com todas as ameaças de cancelamento de exibição, as trocas de dia, horário, mesmo ou principalmente quando as coisas ficavam bem ruins. Aquelas quintas-feiras, eu acho que eram quintas, me sustentaram por muito tempo. Eram 45 minutos, um pouco mais por causa dos intervalos, em que tudo ao meu redor sumia e eu me sentia leve.

Anos depois as coisas acompanharam, pelo menos um pouco, a leveza que a série me fazia sentir, mas a sensação ainda era a mesma: emoção a cada episódio, frio na barriga nos retornos de temporadas, medo de que a série acabasse e olhos brilhando a cada dialogo incrivelmente lapidado.

O que era um passatempo solitário passou a ser compartilhado quando eu descobri a internet. No começo era uma coisa tímida, como eu, mas, depois a interação foi crescendo e eu cheguei a participar de um encontro ou 2 realizados por fãs. Pessoas iam e vinham, mas, de um modo que também não saberia explicar (eu nunca sei...rs) algumas pessoas se uniram mais que as outras, fazendo surgir uma Sociedade e uma das aventuras mais divertidas/emocionantes/marcantes da minha vida, o ENEX.

Muita coisa mudou, o pra sempre, sempre acaba, mas o carinho e as lembranças permanecem. A minha gratidão por Arquivo X também. Pode (e deve) parecer uma coisa besta demonstrar tanto sentimento por uma série de TV, mas Arquivo X me ensinou muitas coisas, entre elas, a ter fé. Na vida, nas pessoas, em mim. [/Nay]


[Rafaelly] Ah, cara... Dizer como AX influenciou minha vida??? É muito simples e ao mesmo tempo muito complicado. Essa série não apenas influenciou, mas mudou a minha vida! Ela me deu dois dos melhores anos da minha vida (senão os melhores). Consegui amigos tão especiais... Daqueles com que você se sente tão a vontade, que um minuto perto deles, parecem milésimos de segundos de tão rápido. Nunca tive amigos assim. Por causa deles, conheci tanta coisa, tantos lugares, tive experiências tão maravilhosas e um sentimento de grupo que não tem preço. Hoje as coisas não são mais as mesmas, algumas pessoas se afastaram, os assuntos mudaram, talvez tenhamos mudado a ponto de não conseguirmos nos reencontrar como antes, mas pra mim, nada desfaz o que AX criou e independente de qualquer coisa, meus amigos excers estão entre as pessoas mais importantes da minha vida por tudo o que representaram e ainda representam pra mim. Resumindo, AX mudou a minha vida. É isso. Não tenho como dizer de outra maneira. [/Rafaelly]


[Elaine] Meu nome é Elaine e envio esse email mais como agradecimento pelo blog!! Meu tempo com Arquivo X é relativamente curto, mas me marcou, pois virou minha obsessão! Acho Impossível olhar p/ céu e não atacar um Mulder em mim!

Enfim, além de caçar qualquer noticia dos atores ou referencia das series em outras programas e ter todos os toques do meu celular com o tema da serie, esperar ansiosamente um post novo é uma nova atividade na minha rotina!

Como falei, mandei esse email como agradecimento por nos fazer tão felizes com sua dedicação! [/Elaine]


[Cath] The truth is out there. And I want to believe.

Quem nunca ouviu histórias, spoilers e frases memoráveis relacionadas a Arquivo X? Quem nunca ouviu a abertura de Arquivo X e imediatamente associou a alienígenas, mesmo sem ter visto a série? Eu garanto, todo mundo já ouviu algo sobre Mulder, Scully e os Arquivos X...


A primeira vez que me deparei com esse mundo foi em um fanart relacionado a Bones. Fiquei muito curiosa e uma amiga disse que já tinha assistido, que era muito bom e que ela adorava. Ela me recomendou, mas por um bom tempo eu relutei...


30 de março de 2012. Essa foi a primeira vez em que eu vi AX. Estava passando o 3x12 - War of the Coprophages no TCM. Achei muito interessante e pensei: pode valer a pena. É claro que fiquei fã de primeira da Scully quando ela faz aquela cara e pergunta: "Her name is Bambi?" *---* uhauhauha Como não amá-la?


Depois disso eu comecei uma maratona. Aluguei as primeiras temporadas e fui vendo aos poucos. Em junho, essa minha amiga que tanto falava de Arquivo X, a Poliana, me deu de aniversário a coleção completa do seriado. Embora seja gravada dos originais dela, é a coleção que mais estimo. Junto com os dvds, ela também me deu um livro da série: "A Morte Vem do Espaço" (3x13). Eu não preciso dizer que de repente estava viciada e apaixonada, certo?

Meus episódios favoritos são em grande maioria os shippers, mas tem uns que me impressionaram muito como o 1x3 - Squeeze, 4x15 - Momento Mori (como não se emocionar?),  5x07 - The Post-Modern Prometheus (Cher na trilha sonora! Eu surtei! Amo ela!), 5x12 - Bad Blood (Ri demais!), entre outros. Eu tenho uma lista dos episódios que eu posso ver e rever sem me cansar, mas o espaço é pequeno e eles devem constar na lista de vocês também uhauhah *--* Gosto da 8ª (amo o cabelo da Scully aqui!) e da 9ª temp. Mas a minha favorita blaster, em que adoro praticamente todos os episódios, é a 6ª (The Begining, Triangle, Dreamland, Arcadia, Three of a Kind, The Unnatural, Biogenesis, etc).

Arquivo X foi uma das melhores coisas que me aconteceu naquele ano. E me salvou de várias formas...

"Até mesmo quando o mundo estava desmoronando, você foi minha constante... Meu porto seguro."

E com o 'Arquivo X - Episode Guide' eu redescubro e sinto tudo de novo o que AX já me proporcionou uma vez. Sério, eu adoro as reviews dos episódios que vocês fazem e dou muita risada. Tem muitas 'citações' que vocês fazem que eu adoro! As que eu mais gosto são:

"Os muito céticos ainda duvidam... mas nós dizemos: queridos... essa sequer foi a primeira vez."

"Mas ela perdeu uma boa oportunidade de tirar com a cara dele, não? O que vocês fariam? Ok... eu sei o que vocês fariam, suas assanhadas! kkk"

"06x19 - The Unnatural Eita episódio amado! Confesse que você quer apenas ver o começo e o final (como em All Things)!"

"Não a sua alma gêmea, mas o seu oposto perfeito..."

E a minha favorita... "Nos dava até diabetes de tanta doçura".


Arquivo X é uma série que chegou de forma silenciosa até mim, mas me conquistou sem muitos esforços. Após 20 anos, o mundo de seriados e de conspirações sabem que grande história é essa e o quanto a parceria de Mulder e Scully significa. Sim, presente, pois algo tão grande quanto essa série não chega ao fim tão cedo. Arquivo X sempre estará lá para nos entreter, nos divertir, para fazer com que nos apaixonemos de novo e de novo, nos fazer pensar, sentir e... acreditar. [/Cath]


[Cleia Tscherne] Olá philes :)

Bom primeiramente gostaria de agradecer a idéia que foi ótima e parabenizar o blog.

Eu virei uma philemaniaca logo no primeiro episódio. Tinha 17 anos na época, e até meu primeiro e-mail tinha o "x" no meio haha sei que temos muitos "x" no meio, mas a parti daí eu era cleiax.

Eu respiro Mulder e Scully, sou uma shipper assumida e snogger também, gente, pois espero até hoje que Gillian e David fiquem juntos (eu amo esse casal, como conseguem ficar lindos juntos depois de tanto tempo).

O engraçado de tudo isso é que não tem um dia sequer que eu deito pra dormir e não imagino uma cena de DD e GA juntos rsrsrs sei... surtei... mas é maior do que eu, o pensamento vem e a cena criada se forma!!!! 

Se estou triste, assisto arquivo X que é meu remédio; se estou feliz, assisto arquivo X pra não esquecer o quão bom é ver Mulder e Scully juntos.  

Sou casada, mãe de 3 filhos e um dos meus filhos quando vê algo do arquivo X fala "mãe, olha a Scully" ou "mãe, olha, tá passando arquivo" X rsrsr é tão engraçado, pois se passaram 20 anos e o show continua a chamar novos seguidores...

Fico por aqui!!! Um grande abraço! [/Cleia Tscherne]


[Jade] Para mim, Arquivo X não é somente uma série, significa família, amigos, esperança. Minhas primeiras lembranças de arquivo x estão ligadas às minhas tias vendo e eu achando assustador, apesar de não conseguir parar de ver e ter a curiosidade de saber mais. 

Agora com 24 anos, posso dizer que AX foi uma parte importante da minha vida, mesmo quando eu ainda não me considerava fã, o que só aconteceria mais tarde, na minha pré adolescência, que foi quando meu medo foi vencido pela minha curiosidade. A partir desse momento, do fim da sétima temporada, ainda vendo com minhas tias, comecei a querer assistir a tudo desde o começo, saber mais... Quem era mulder? Quem era Scully? E entender a mitologia. 

Foram vários finais de semana indo para casa da minha tia para ver a reprise na fox, enquanto em casa tinha que me contentar com a Record. E durante uma fase difícil que passei, o que era uma simples série virou minha constante, e quando chegou ao fim foi um vazio, só preenchido com reprises... Mas a importância da série para mim nunca diminuiu, até que veio o filme, que foi de grande importância para mim, pois veio em outro momento que tava precisando, passando por mudanças, tinha acabado de realizar meu sonho e entrar na faculdade, e o filme trouxe para mim algo que nunca esperava e nunca dei valor, amizades que quero manter para toda minha vida. 

Quando penso que só 4 anos da minha vida passaram sem a sombra de AX nela, isso me parece muito tempo, pois para mim ela sempre esteve lá, intrínseco a minha vida. [/Jade]


[Lu Taveira] Em comemoração dos 20 anos dessa série maravilhosa, venho aqui comentar como AX entrou em minha vida e como me apaixonei pela série.

Pra começar, o primeiríssimo episódio de AX que eu já assisti na vida foi o penúltimo da 5ª temporada, Folie à Deux. Foi em 1999 e mudando de canal parei na Record e vi pela 1ª vez Mulder e Scully... e não fazia idéia de que esses dois iriam ficar em minha vida por tanto tempo. *.*

Comecei a assistir a 6ª temporada com 11 anos de idade, e até agora é minha temporada preferida... não sei se porque foi minha 1ª temporada, ou porque é tão maravilhosa.

Lembro de comprar tantas revistas! Tenho até hoje aquelas revistas velhas... teens... de cinema, com Mulder e Scully na capa. E eu demorei pouquíssimo tempo pra shippar eles dois, obviamente. :D Eu não sabia, mas MS foram o primeiro de muitos ships por vir kkkk... e, como todos sabem, a palavra "shipper" começou com MS então...tá em casa. xD

Eu lembro de chegar no colégio na Segunda-feira (na época que AX era aos Domingos porque mudou tanto de dia...) e comentar com meus colegas sobre o episódio... era tão bom, gente. Fora ligar pra minha amiga logo após o episódio pra ficar horas no telefone comentando sobre o caso e os momentos shippers...

Em 2002 quando a série acabou, uma parte de mim também foi deletada... eu tinha uma foto linda de MS na minha apostila do colégio, e comentava os episódios até com os professores... xD que bons tempos, aqueles...

Eu nunca tinha participado de grupos de discussão, até porque até 2002 eu não tinha nenhum perfil em redes sociais... mas com a notícia do 2º filme em 2008 eu entrei pra grupos no semi-falecido Orkut, e em outros fóruns e conheci gente muito legal... até hj tenho conversas gravadas com o pessoal, lembrando principalmente de conversas em grupo no também falecido MSN já tarde da noite. Infelizmente, devido à faculdade e outros projetos, perdi contato com o pessoal algum tempo depois que o filme estreou.... mas graças a Deus achei todo mundo de volta. o/

E estou aqui agora esperando alguma notícia de um 3º filme.. .esperando que seja verdade, porque juro...não queria que AX acabasse com IWTB. :(

Mas Arquivo X NUNCA deixou minha vida... volta e meia eu to vendo os episódios de novo... agora mesmo estou fazendo outra maratona. :D 

É a série que mais amei... e ainda amo. Entrei pra outros fandoms, muitos fandoms... séries que amo de coração, mas nenhuma me faz sentir o que sinto com AX. Aquela coisa nostálgica quando vejo cenas, quando assisto os episódios de novo... é simplesmente maravilhoso. E, lógico, o meu 1º ship... One ship to rule them all!

E essa é minha história com Arquivo X :) [/Lu Taveira]


[Karine] Olá, meu nome é Karine, tenho 18 anos e sou de Niterói/RJ. 

Eu não digo que eu encontrei Arquivo X, mas foi Arquivo X que me encontrou no momento certo da minha vida. Quando Arquivo X começou eu não era nascida, sou de dezembro de 1994, mas eu tenho uma vaga lembrança de quando eu era pequena dos meus pais vendo a série na Record, por um motivo eu nunca esqueci da abertura, nunca tive medo dela, mas ela ficou marcada na minha mente e eu nunca entendi por que. Quando Arquivo X passava de segunda a sexta às 21h no TCM, tinha vezes que minha mãe assistia uns episódios e eu assistia uns trechos, mas eu nunca fui pega de jeito. Até que no dia 8 de junho de 2013 eu resolvi assistir pra ver o que eu achava e pra tentar descobrir o motivo de eu nunca ter esquecido a abertura. E quando acabou o episódio (era o 2x14 - Die Hand Die Verletzt), eu finalmente descobri o motivo e fiquei me perguntando por que eu demorei tanto tempo pra começar a assistir Arquivo X. Uma semana depois eu estava começando a assistir o episódio Piloto e hoje terminei de ver a sétima temporada. 

Arquivo X é uma série que te pega de jeito. Faz você querer assistir todos os episódios e é impossível você não torcer pro Mulder encontrar a verdade e tentar prová-la e não ficar frustrado quando todo o esforço dele foi em vão. Também ficar frustrado quando a Scully se recusa a acreditar, mesmo quando a verdade está bem perto dela, e ver que na verdade ela tem medo, assim como eu (não sei se mais alguém) tenho medo de acreditar também. Arquivo X é uma série de ficção mas muitas vezes tem episódios que parecem que foram escritos pra um momento específico da minha vida. All Things foi um deles, que questiona sobre as escolhas que tomamos e que efeitos elas tem na nossa vida, sendo esses efeitos ruins ou bons e eu estou numa fase da minha vida que eu preciso fazer escolhas difíceis. O arco do câncer da Scully me fez lembrar do meu avô que faleceu disso há pouco tempo. 

Sou shipper e torço muito pelo romance deles. Quando eu vi Millennium eu vibrei e voltei diversas vezes o beijo. O amor deles é tão lindo e simbólico que muitas vezes faz eu desejar encontrar um amor assim para a minha vida.

Virei fã do David e da Gillian e pretendo ver os trabalhos de ambos quando eu terminar de ver a série. Depois que eu assisti Fight The Future parei e pensei como eu fui transformada depois que eu comecei a assistir Arquivo X. Minha vida pode se resumir facilmente a antes e depois de AX. Fui transformada sem tamanho, conheci várias pessoas legais e nem acredito que dia 10 a série fará 20 anos desde sua estréia. Agradeço muito a Gillian (sou putinha da Scully e da Gillian) por mostrar o quanto uma mulher pode ser uma excelente e maravilhosa agente, ao David por ser essa pessoa mega especial e muito comédia, ao Chris por ter tido essa ideia brilhante e nunca desistir da série, mesmo quando todos estavam contra ele. Agradeço também ao Mitch, ao William (por ter feito o vilão mais foda ever), ao Robert, a Annabeth e os outros atores e roteiristas que passaram pela série. 

Finalmente acho que entendi o significado de ter visto a abertura de Arquivo X quando eu tinha 4 anos, onde tudo que eu queria ser era uma bailarina, e nunca ter me esquecido dela. É porque hoje com 18 anos, onde daqui a 2 semanas começarei a faculdade de biomedicina, não sabia o quanto a minha vida seria transformada por um seriado que eu espero que seja eterno e que daqui a 20 anos eu espero ouvir pessoas conhecendo e falando o quanto Arquivo X é maravilhoso. Muito obrigada por tudo.
Beijos de uma excer novata. [/Karine]


[Josi] Minha experiência com Arquivo X... se preparem para uma longa história. :)

A primeira vez em que eu lembro de ter ouvido falar em Arquivo X foi através de uma prima. Ela dizia que tal dia passava uma série na Record que tinha um super gato como protagonista. Na época, eu tinha cerca de 16 anos e veria qualquer coisa que tivesse alguma lembrança de romance e um cara atraente no meio. Eventualmente, eu lembrei de dar uma olhada na tal série... e... uau. Ok, o cara era mesmo lindo, mas o que era aquela série? Que história mais esquisita... E essa ruivinha tão inteligente? E por que esse carinha se importa tanto com tudo?

Uma vez se tornou duas e três e quatro e eu perdi as contas e de repente, eu tinha que gravar porque eu queria rever... para entender melhor as histórias (claro). Um de meus irmãos via comigo de vez em quando, mas ele nunca chegou ao meu nível de vício. rs Nesta época, eu tinha apenas uma fita (eram VHS, ok? Sou antiga, me deixem) onde eu gravava os meus clipes amados (*cof*backstreet boys*cof**NKOTB*cof*musicasmuitomelosas*cof*) e chegou um momento onde todos foram empurrados para os 30 minutos finais da fita pq as outras 6 horas eram dedicadas a AX. O fato é que eu nunca tive dinheiro sobrando, então eu gravava um episódio em cima do outro e morria de pena por isso, até que chegou o momento em que meu lanche na escola foi sacrificado para comprar mais fitas. Daí em diante o vício apenas aumentou e de forma vertiginosa. Essa época já era especial para mim pois eu amava a escola e se tornou ainda melhor tendo um episódio novo semanalmente e mais as várias horas em que eu passava revendo cada detalhe...

Não lembro de comentar muito sobre isso na escola ou mesmo em casa, pois eu sempre fui muito tímida com tudo o que eu gostava... mas acho que eu deixava transparecer o suficiente para que eu ganhasse um poster da série de aniversário de um amigo e para que meu irmão me tirasse do sério ao me deixar ainda mais nervosa com as histórias... "acho que mulder morre"... ugh. Peste. O hiatus entre a quarta e a quinta temporada foi um inferno. Eu fiquei tão ansiosa com isso que ele acabou desistindo de me aperriar com isso. rs

Não vi o primeiro filme no cinema... culpa dele... o "semana que vem, eu vou contigo" se multiplicou até que um dia quando eu fui checar, já tinha saído dos cinemas... :/

O bom é que, como eu mal sabia o que era internet, spoilers eram quase inexistentes... o máximo que eu tinha eram as revistas Sci-Fi que eu comprava sempre que tinha qualquer coisa de AX dentro e as quais eu apenas folheava rapidamente para não ver nada e não me estragar a surpresa no episódio. kkkk Nossa... tenho ainda guardadas com carinho todas essas revistas... e muito bem embaladas para que elas não se estraguem...

Eu ainda lembro claramente o dia em que eu reservei meu filme na locadora (AX era sucesso, ok? Eu tive que esperar uma semana para pegá-lo. Quanto sofrimento!) e o dia em que eu finalmente o peguei para passarmos um final de semana inteiro juntos. Foi lindo... apesar da abelha.

Ah, o que eu não lembro exatamente foi o primeiro episódio que eu vi... sei que foi algum da terceira temporada... infelizmente, eu peguei numa época em que a Record estava reprisando os eps que tinha e ela achou que seria legal reprisar meio fora da ordem e misturando eps da terceira com os da quarta. A Record era uma benção e uma maldição ao mesmo tempo... nos dava os eps, mas no maltratava tanto. kkk

Vocês devem imaginar o tamanho do baque que eu sofri ao saber que David não queria mais continuar na série. Naquela época, eu não entendia nada com nada e só percebia minha mágoa e decepção por ser privada de minha coisa favorita. Primeiramente, eu parei de deixar gravado... eu gravava ainda porque esta era a única forma de eu ver a série (estudava a noite e tal), mas não o fazia com o mesmo prazer de antes. E quando a nona foi finalmente exibida, meu interesse tinha se reduzido a quase nada...

Na verdade, acho que vocês não devem conseguir entender como foi isso para mim... eu sofri um trauma real. Eu ainda via algum episódio ou outro, mas a dor da perda foi tamanha que eu não queria mais saber de me envolver muito e menos ainda de tentar outra série. Eu não queria passar por aquilo de novo.

Eventualmente, eu comecei a ter mais acesso a Internet e eu sempre via os esforços do pessoal (Deus abençoe DD por nunca ter desistido também... ele era um dos que mais aparecia falando sobre um segundo filme), lia uma fic ou outra por cima e sempre tinha aquele carinho pela série, mas não via mais nada (o video cassete tinha morrido a algum tempo e minhas fitas estavam emboloradas... ops). E, claro, 5 anos depois do término da série, o trauma persistia e eu não queria ver outra série.

*Sei que isso tá gigante... sniff... mas tá quase no fim ok? shh*

O fato é que eu tenho amigos persistentes que não paravam de falar de uma tal de Dr House... que passava também na Record. Falaram tanto que um dia zapeando pela tv, eu me deparei com a tal série e resolvi ver o tal episódio corrente. "Por que não?". Quis o destino que este fosse o único episódio duplo de House e sendo assim eu tive que rever semana que vem. E amei a coisa. E em pouco tempo, eu comecei a procurar como baixar e iniciei um novo vício.

Contei essa historinha porque como eu voltei a ver séries, a saudade de Arquivo X aumentou em mim, principalmente porque haviam muitos boatos sobre um novo filme rolando e tal... Acabou que meu irmão (o que via comigo), me vendo interessada de novo, pediu para alguém me gravar a primeira temporada em DVD. Daí então, eu não parei mais... nem abandonei minha série querida novamente...

Logo os boatos sobre um segundo filme se tornaram notícias reais... e com fotos das filmagens! Logo entrei para grupos de Arquivo X no quase extinto Orkut... Logo eu estava mais viciada do que nunca... Logo eu conhecia pessoas maravilhosas e interessantíssimas na net... Logo Lu me convencia pelo msn que não havia porque não saber de todos os spoilers e boatos e hoax do filme... Logo comprar os boxes e ver todos os episódios novamente e comentar com o pessoal era algo imprescindível em minha vida...

Eu poderia escrever um texto ainda maior apenas com essa época. Mas acho que eu já falei algo em algum post de aniversário de IWTB? Creio que sim.

Vi o filme no cinema com a Ka... que felicidade foi encontrar uma excer aqui pertinho de mim. rs Foi uma experiência maravilhosa, apesar de no dia eu estar exausta. Eu amei o filme mais do que eu imaginava... e ainda amo.

Alguns meses depois, Cleide teve a ideia de pegarmos aqueles comentários do Orkurt e usá-los para fazer um blog. Apenas para que eles não se perdessem no meio de tantos posts ali e também para compartilhá-los com mais pessoas ne net. Depois de alguma insistência por parte dela, Cleide, Star e eu assumimos o ônus (rs) de criar este blog aqui. E, claro, outras pessoas (Ariana, Nay e outros) nos ajudaram com os posts e assim fomos indo...

O tempo passou (quase 5 anos já? uau) e a vida acabou afastando Cleide e Star. Eu continuo aqui... lenta como uma tartaruga, pois a vida e outros interesses também me pegaram de jeito. House realmente me "curou" de meu trauma e eu não paro de me viciar em outras séries e personagens... rs Mas eu espero nunca realmente abandonar este lugar aqui, pois eu realmente amo muito essa série, tudo o que ela representa e falar sobre ela aqui é fantástico. E claro... vocês aqui não me deixam ir embora. :)

Mais uma coisa... não tenho mais tanta certeza se quero um terceiro filme. A pressão tá muito grande. São muitas exigências e desejos vindo dos fãs... talvez seja melhor do jeito que está. Para mim, o melhor da criação de CC veio quando ele não tinha pressão de fora para criar algo que não fosse estritamente o que ele planejou naquela cabecinha branca dele. rs

Escrevi de forma violenta! Desculpem, mas é que não tem nada aqui que eu não desejasse compartilhar. :D

Mas, sendo honesta, eu poderia resumir tudo isso aqui em algo muito simples. A forma como Arquivo X mais me marcou é com as pessoas que eu conheci por causa da série. Apesar de estar todo mundo logo agora, essas pessoas estão dentro da seleta categoria de meus melhores amigos e são com quem eu mais converso fora de minha família. Os assuntos mudaram e se expandiram, perdi o contato com alguns, mas com outros ainda tenho contato diário (graças a Deus pela tecnologia). Com bem disse a Melissa ao incentivar a irmã a seguir seu coração, "você não sabe quem vai conhecer pelo caminho... que vidas vai mudar e como vai ser mudada".

Já chega! Já chega! :D [/Josi]


[Cleide] Minha história com Arquivo X remonta a cerca de mais de uma década – não que eu seja assim tão velha – mas descobri a série na minha adolescência, uma sexta-feira à noite zapeando os canais da TV aberta... Naqueles tempos, o acesso à informação era bem mais restrito, TV à cabo era só para famílias mais abastadas e ainda não havia acontecido a revolução da internet, como conhecemos hoje.  Então, numa noite destas de 1996, me deparei com uma dupla de agentes do FBI, investigando um caso nada convencional. Peguei o episódio no final, mas fiquei muito curiosa com a série, com a chamada misteriosa, com aquela música eletrônica, nada comum naqueles tempos. Anotei mentalmente o horário, para voltar a assistir na semana seguinte.

Na próxima sexta-feira, bem antes do horário, estava ligada na Record, para ver o episódio e conferir se a série era mesmo tão legal quanto parecia. Mal sabia eu, que este viraria um ritual de todas as sextas à noite, a partir daquele dia... pouquíssimos eventos me tiravam de casa sexta à noite, e mesmo que eu programasse o Video Cassete (me senti muito velha agora) para gravar o episódio, ficava sempre ansiosa para saber o que aconteceria (afinal, sem internet, spoiler só em revistas nas lacunas entre temporadas), cada comercial que passava durante a semana, aumentava aquele “friozinho na barriga” para chegar sexta!

O primeiro episódio que vi na Integra, foi “O Vidente”, que mais tarde descobri ter como título “Beyong the Sea” (título da música que se repete na história). Posso dizer que foi amor à primeira vista. Arquivo X se tornou uma das minhas distrações favoritas... assunto com os amigos (muitos que também acabaram virando fãs), me reuniu a muitas pessoas, antes da internet, amigos que se correspondiam, faziam contatos pelas revistas (devo a muitos destes bem feitores anônimos o fato de ter conseguido ver vários episódios que não consegui ver na TV aberta). Colecionava revistas (que até hoje tenho), livros, camisetas.

Sem dúvidas a série teve um impacto incalculável na minha vida. Aprendi a abrir a mente para outras possibilidades, como Mulder, que sempre procurava ver e observar o que ninguém via. Por outro lado, percebi que é preciso ter bom senso e levantar fatos, pois argumentos sem fatos, não tem força, como Scully sempre demonstrou. Ambos me ensinaram que aconteça o que acontecer, é preciso ter paixão no que se faz, e prosseguir agindo segundo seus princípios. E que os verdadeiros heróis, muitas vezes são aqueles que conseguem se manter fiéis aos seus sentimentos mais profundos, e à verdade, apesar de todas as adversidades que possam surgir. Durante muito tempo, e em uma fase importante da minha vida, Mulder e Scully foram fontes de inspiração profissional com sua dedicação incansável, e até mesmo para acreditar num tipo de amor que transcende aparências, obstáculos, diferenças de pensamento, um amor leal, que respeita e protege o outro com uma delicadeza profunda, constante com vistas à eternidade, e até mesmo com tantas especulações de que os protagonistas não ficariam juntos na série... parece que até isto tiveram que vencer, por que uma história bem contada, acaba tomando rumos e vida próprias além dos seus escritores.

E até mesmo quando a série já tinha acabado, com o lançamento do segundo filme em 2008, Arquivo X me reuniu com pessoas incríveis, espalhadas pelo Brasil afora, que dividiam a mesma paixão, e com as quais encontrei uma incrível afinidade, encontro que gerou amizades, alegrias, e até mesmo este blog que é eco de tantas divagações madrugada afora de mentes observadoras, poéticas, agitadas que se encontraram na multidão... 

Algumas cenas favoritas:

Scully virando leoa para defender Mulder na primeira vez que vi a série...


Mulder mostrando o que importava de verdade pra ele...



Tem outras, mas não achei: O beijo de Existence que pra mim devia ser o último episódio da série e o abraço no corredor de "Memento Mori" que foi uma das cenas mais tristes, dramáticas de séries de todos os tempos... 

Se tiver ficado muito extenso, me desculpe, é difícil contar uma história de mais de uma década, em menos de uma página, né? [/Cleide]


[Tassia Melo] Posso dizer sem medo nenhum de me arrepender que Arquivo X é a série da minha vida. Foi com ela que aprendi tanta coisa... como o significado da amizade, lealdade e do amor. Mulder, Scully, Skinner, os Pistoleiros e por aí vai, tem um lugar especial no meu coração e na minha vida. Graças a Arquivo X também conheci uma grande amiga, tão fã quanto eu, e juntas passamos momentos inesquecíveis correndo atrás de livros nos sebos, debatendo com outros fãs em lojas, comentando os episódios e fazendo brincandeiras com coisas das séries nas férias na praia e até agarramos a parede do museu de cera em NY e começamos a gritar quando vimos a foto gigante Mulder e Scully. Vivi tantos momentos lindos por causa dessa série que já perdi a conta! E, se alguém vier me dizer que é só uma série, pode se preparar pra briga que ser eXcer é um estilo de vida! :) [/Tassia Melo]


[Gabrielle] Foi uma coisa do destino, eu estava sem nada pra ver, na sala com minha mãe, e de repente passamos pela TCM, e estava passando AX. Eu já tinha ouvido falar, e minha mãe mandou deixar lá, de cara eu já gostei, achei engraçado, era o episódio maldição da múmia se eu não me engano... Logo no outro dia eu fui ver de novo, e assim se foi, até que acabou a terceira temporada e eu fiquei dependente de AX, fiquei morta de curiosidade pra saber o que ia acontecer. Começou a quarta, eu perdi muitos episódios pois a tv era do patrão hahahaha (eu moro de caseira), e quando ele vinha, eu não assistia. Chorei a primeira vez em Memento Mori, e não sei, de lá pra cá eu simplesmente me apaixonei, quis seguir e estou eu aqui, totalmente viciada. 

Ax marcou muito minha vida porque acho que nessa época eu estava em busca de algo inteligente para apreciar, acabei virando fã de algo inteligente, bem feito, super mega bom e lindo de ver... E eu não acredito que está fazendo 20 anos que lançou, eu tenho só 15, é muita emoção. 

Eu fico sentida por não ter tido a oportunidade de ter visto AX no cinema :(, mas mesmo assim, eu sou muito feliz como eXcer, mas uma coisa que pra sempre vai ficar marcado é o que eu sinto vendo esses dois na tv... o que eu estou fazendo para conseguir coisas, de uma revista até um DVD rsrsrs, e o que anda acontecendo com minhas roupas e tênis, minha mãe vai me matar, mas é muito muito bom mesmo! AX mudou minha vida, semana retrasada eu acho, eu fiquei acordada até ás 5 da manhã para ver o especial "Por dentro de Arquivo X". É cada loucura que a gente faz que não tem nem palavras, até hoje ela diz, "se eu soubesse que iria me dar tanto prejuízo eu nem teria mostrado", é que eu pintei meu lençol! hahaha, só sei que, ainda tenho muito o que aprender, o blog de vocês já me ajudou tanto! Eu sou muito Xupetinha ainda, nem sei escrever depoimento, mas enfim, ainda tenho muito o que curtir de Arquivo X e ainda ver o AX3 no cinema! A nova geração merece!

Enfim , deixa eu terminar senão eu faço um Arquivo Gabi haha, ah, até hoje, a coisa mais louca que eu fiz foi pedir pro vizinho, descaradamente, "oi, a tv parou de pegar ali, deixa eu assistir minha série na sua" hahaha, gente era o episódio Redux, não tinha, ok, Arquivo X Mudou minha vida, eu AMO de verdade e .. é isso! obrigada! [/Gabrielle]


[Kaline] No dia 10 de setembro de 1993 eu provavelmente estava contando os dias para o meu aniversário de 5 anos. Mal sabia eu que nesse mesmo dia estava indo ao ar nos Estados Unidos o episódio piloto da série Arquivo X. Eu não fazia ideia que tais personagens existiam, que eles tinham e teriam histórias fascinantes para contar, e muito menos que um dia eu ficaria apaixonada pela série e que ela mudaria minha vida.

Durante toda a minha infância eu temi alienígenas, muito mais do que qualquer outra coisa. Uma vez me deparei com Arquivo X, assisti por cerca de 5 minutos e desisti. “Muito chato”, eu pensei. Até que veio o ano de 2001, quando me deparei com uma página sobre a série na internet enquanto pesquisava sobre o caso Roswell e curiosa li tudo o que podia sobre ela. Pouco tempo depois corri para os DVDs do meu pai, peguei “Arquivo X – O Filme” e fui assistir. Eu fiquei o tempo todo embasbacada. Quando o filme acabou eu sabia que essa série maluca já havia me conquistado. Alguns meses depois eu consegui juntar dinheiro suficiente da minha mesada para comprar a 1ª temporada, que na época custava o triplo do que custa hoje. Lembro quando a encomenda chegou. Eu gritava e corria pela casa agarrada no Box sorrindo sem parar. Engoli todos os episódios em dias. E logo depois vi de novo. E de novo. E de novo. A mesma reação eu tive com cada Box que chegava lá em casa, enquanto assistia e gravava todos os episódios que passavam na Record da oitava e nona temporadas para assistir novamente pelo vídeo cassete.

O que foi verdadeiramente inesquecível, no entanto, foi minha reação com o episódio piloto. Se eu sabia que a série maluca havia me conquistado com o filme, eu tinha absoluta certeza que a minha vida não seria a mesma após esse primeiro episódio. Se eu tiver que escolher um episódio para definir Arquivo X para mim, esse é o escolhido. Eu não conseguia desviar minha atenção por um segundo sequer enquanto assistia, eu vi e revi esse episódio inúmeras vezes, eu sorria a cada segundo. Eu senti uma empolgação totalmente nova e um absoluto carinho e gigantesca conexão com dois personagens que eu estava começando a conhecer agora, uma conexão que nunca havia sentido antes.

Mulder e Scully estavam se conhecendo e se descobrindo através do outro e deles mesmos, revelando seus segredos e se abrindo um com o outro devido a um respeito mútuo que surgiu logo no primeiro contato e uma conexão que não é bem explicada, mas que é possível sentir desde o momento que eles se cumprimentam pela primeira vez. A mesma coisa estava acontecendo na minha sala entre a série e eu. A cena de Mulder gritando na chuva após os nove minutos perdidos é a minha cena favorita de todos os tempos. Eu ria como se eu estivesse presenciando a melhor coisa do mundo, eu ria com extrema felicidade, eu tinha lágrimas nos olhos e eu encarava a televisão sem entender exatamente o que estava acontecendo, mas não dando a mínima para explicações naquele momento.

Essa série não é apenas sobre dois agentes do FBI correndo atrás de homenzinhos cinza que estão extraindo fígados humanos por não terem ferro em sua galáxia. Ela é sobre respeito, confiança, amizade e carinho; sobre não se deixar desanimar com a dificuldade que o caminho está apresentando; sobre continuar seguindo em frente com aquilo que você acredita e aquilo que você ama mesmo que isso leve os outros a tirarem onda de você; sobre saber ouvir opiniões contrárias e considerá-las porque talvez elas possam salvar sua vida, mostrar o quanto você estava enganado em relação a determinado assunto e/ou te levar a caminhos que antes você não tinha imaginado; sobre ser crítico de si mesmo.

Arquivo X tem como centro da mitologia uma inteligência extraterrestre representada pelo óleo negro, mas se você olhar de perto vai perceber que o tema da série é a natureza humana. O eterno debate entre ciência e fé, uma fé que vai além de uma religião determinada; sobre o que nos leva a acreditar em certas coisas e ignorar e sobre o que nós somos capazes de fazer por prazer ou por não ver alternativa; sobre o que existe lá fora sem nosso conhecimento e o que existe dentro de nós que muitas vezes é mais aterrorizante do que qualquer homenzinho de outro planeta.

Falo sem medo que Arquivo X é o responsável pela minha atual vida de fã louca de séries e filmes que cria teorias e analisa cada segundo e que se envolve emocionalmente com os personagens – algo que por mais que traga certos problemas e seja visto como loucura por alguns eu não trocaria por nada. Falo sem medo que além de ter me introduzido nesse mundo que muitos chamam de geek, Arquivo X mudou minha vida em diversos outros aspectos muito mais pessoais e delicados e me ajudou por incontáveis maneiras em incontáveis momentos. Essa série me deu apoio através de Mulder e Scully e me deu coragem pra seguir em frente quando tudo o que eu queria era desistir, ela me permitiu ter momentos de felicidade intensos e conhecer pessoas incríveis, me deu amigos que eu guardo comigo para sempre. Até hoje ela ainda faz isso tudo por mim e por todas essas coisas sou eternamente grata.

Parabéns pelos 20 anos firme, forte e conquistando cada vez mais fãs, série querida. [/Kaline]


E esta é apenas uma pequena parcela de como Arquivo X foi e é importante. Esta não é apenas uma série sobre aliens, não é apenas uma série sobre o paranormal... como disse bem Chris Carter, essa é uma história de amor... mas eu diria mais... eu diria que esta é uma história sobre várias formas de amor. E é isso que nos faz continuar falando sobre Arquivo X mesmo depois de 20 anos de sua estreia, mais de 11 anos depois de seu término... é isso que nos faz ansiar por mais filmes, por mais livros, mais fotos, mais qualquer coisa....

E que venham mais 20 anos... e mais 20... e mais... e mais...



Obrigada a todos que contribuíram com este post! Vocês são todos uns amores! :-)