terça-feira, 29 de abril de 2014

05x17 - All Souls (O Serafim)

Direção: Allen Coulter
Roteiro: Billy Brown & Dan Angel

Resumo: Crianças são encontradas mortas de forma misteriosa e Scully tem que tomar uma difícil decisão baseada em sua fé.



Comentários:

[Nay] O Serafim está entre meus episódios queridos, embora, como diz a Yayá, eu tenha 202 episódios preferidos! Eu acho esse episódio lindo porque fala de fé de uma forma muito delicada...

Me encanta a história do serafim, suas 4 faces, bem como a ideia dos evangelhos apócrifos.

Me irrita um pouco os questionamentos de Mulder quando Scully traz o tema da religiosidade. Sempre achei interessante o fato de Mulder querer sempre que Scully mantivesse a mente aberta para os fenômenos paranormais, mas quando se tratava de religiosidade, ele simplesmente se fechava e sempre fazia piadinhas! Tudo bem, eu sei que sem piadinha não seria Mulder, mas ele poderia ser mais flexível, mas acho muito interessante o rico embate entre eles.

Gosto da angústia de Scully entre ciência e fé.

Também gosto quando Mulder diz pra ela "Por que não em ligou antes?" Ele não é fofo?! rs

Gosto quando focalizam na fragilidade da Scully que teima em se mostrar fortaleza sempre!!

Gosto dos episódios religiosos com simbologias... e gosto também da desconstrução da aparência evidente de bem e mal. Não sei se consigo explicar, mas às vezes, muitas vezes... rs... nos enganamos com as aparências e classificamos algo ou alguém como bom ou ruim apenas por sua "casca". Quem tem olhos, veja... já diz ensaio sobre a cegueira... [/Nay]

[Starbuck] Gosto muito desses episódios sobre a fé religiosa da Scully. Interessante ela acreditar em Deus e em alguns preceitos da igreja católica sem nenhum questionamento ou fato... Mas, ao mesmo tempo, a gente percebe que isso apenas reflete sua criação, e que, na verdade, a Scully adulta também tem sua fé abalada e por pouco não faz uma cópia do poster do Mulder - o "I want to believe"... porque há uma grande diferença entre acreditar e querer acreditar.

Em Revelações ela tem medo de que Deus esteja falando e ninguém esteja ouvindo, já em Serafim ela pensa ter ouvido a voz de Deus, mas ouvir tal voz provocou a morte da última das quatro meninas, o que também a fez criar uma relação com a perda da Emily... E, ao final, ela fala no confessionário para o padre que aceitar a perda e acreditar que há algo depois dessa vida... talvez seja o que chamamos de Fé...

Esse episódio também vimos uma Scully com roupa de ir à Missa.... toda de vestidinho.






[/Starbuck]

Tem uma coisa nesse episódio que me incomoda: a Emily chamar a Scully da "mamãe" e vice e versa... Não consigo ver a emily como filha dela, e eu não senti que havia esse vinculo entre elas. Acho que a Emily chamar a scully de mãe foi mesmo coisa da cabeça dela, um delírio devido à vontade dela de ser mãe... [Tessa]


[Josi] Esse episódio é bem forte. Logo de cara, o teaser nos mostra isso ao nos apresentar uma garota com deficiência sendo morta por algo que aparentemente lhe queima o corpo por dentro.

Nota: a forma como a menina é morta me faz lembrar da forma como anjos matam pessoas em Supernatural...

No entanto, as mortes não são apenas o que me faz chamar esse episódio de forte. Ele o é assim, ao menos para mim, pela forma como ele afeta a Scully. Não apenas tocam no assunto da religião dela que é sempre algo que a abala profundamente, mas ela é ainda assombrada pela forma como o caso a lembra de Emily, a garotinha que foi criada com o material genético da Scully e ela considerava como filha e morreu por causa das experiências que faziam nela.

Uma das primeiras cenas mostra Scully indo se confessar. Eu acho que ali ela tinha mais dúvidas do que realmente culpa. Mesmo porque, esse conceito de que algumas pessoas tem mesmo que morrer, é muito perigoso. E isso não é certamente algo que nenhum ser humano tem que decidir...



"Pe McCue achou que ao ajudar essas pessoas (que perderam suas filhas), você aceitaria a sua própria perda". É aquela velha história de que saber que não estamos sozinhos na dor nos conforta.

"Ela falava do marido dela, mas poderia estar falando de mim". Quanto ao fato de que ele nao entendia como deus deixava que algo assim acontecesse com uma garotinha inocente. Interessante lembrar que Scully tem essas mesmas dúvidas ainda em IWTB. Ela fala mais ou menos isso para Mulder naquela conversa na cama...

"A ciência nos diz como, mas não por que". Exatamente.

Mas Mulder deixa de fazer imediatamente algo importante que Scully pediu porque ele tinha que ir num filme pornográfico. Esses cinemas devem ser horrendos, vamos combinar. Oh Mulder... você realmente devia estar querendo ver... esse.. filme. kkkkkkkk Mas ele deve amar a internet de hoje em dia, não é? Tem toda pornografia que ele possa querer ver. :P


Engraçado Mulder dizer que Scully tava cheia de segredinhos quando ela tinha falado que queria antes ver os documentos de adoção antes de envolvê-lo.

"Está de cabeça pra baixo" - Mulder falando da cruz e estabelecendo mais uma coisa em comum com os Winchesters... falar o óbvio. rs

"Sei que você realmente não quer minha ajuda nisso, Scully..." - Por que será não é mesmo? Basta ver a postura dele enquanto estava ali no quarto... todo sarcástico... enfim... eu também não chamaria.

No entanto... "Eu trouxe o ag Mulder para o caso para ajudar a equilibrar meus sentimentos, para manter minha lucidez". É isso o que eles fazem um para o outro, não é? Eles não são mais do mesmo, não apenas apoiam... eles desafiam e, ao mesmo tempo, confortam um ao outro.

Eu morro quando ela vê Emily... Ela fica tão abalada, tadinha... :/

Mas isso não me faz esquecer que ela não deveria por a mão na boca... kkkkk






Scully: "Você vai me achar louca, mas eu vi o que pareciam ser asas..."
Mulder: "Talvez ela tenha voado pra cá" - kkkk Calado, Mulder!

Mulder quando Scully confessa que viu Emily: "Você está perdendo a perspectiva por questões pessoais" - Olha quem fala...

É maravilhosa a forma como eles se conectam e se apoiam independente do que está acontecendo ao redor...

Quando é algo de cunho religioso, Scully vê tudo o que precisa ser visto, não é? Apesar de que em outros casos, ela muitas vezes também é bem sensitiva, apenas luta bravamente para encontrar mil desculpas e não acreditar em nada.



O final é muito tocante... com Scully cedendo ao que ela acha correto... aos seus instintos e a sua fé, e deixando que a menina seguisse seu destino... apesar dela ficar corroída pelas dúvidas depois. [/Josi]

[Cleide] All Souls é um dos meus episódios favoritos de Arquivo X, assisti várias vezes. Na época que a série passou na TV aberta, e vivíamos aquela peleja que muitos contemporâneos conhecem bem: gravar em vhs para poder assistir de novo e de novo, uma de minhas primas, também fã (que dependia das minhas gravações para assistir) me fez ver este episódio várias vezes.

Não sei explicar o que gosto tanto neste episódio, se é o tema religioso tratando uma história da igreja como acontecimento real ou se é o fato de ser centrado na Scully e isto fazer com que o episódio tenha um teor dramático mais profundo devido aos últimos acontecimentos envolvendo a personagem, ou se é por que em All Souls, o céptico é Mulder, e quando Mulder não acredita, ele é páreo muito mais duro que Scully.

Vemos no teaser do episódio, um acontecimento no mínimo curioso, uma jovem totalmente dependente, sai caminhando pela rua durante uma tempestade e é encontrada completamente fulminada, o único traço que a morte estranha deixa no seu corpo são os olhos totalmente carbonizados. O que leva a explicação mais óbvia: foi carbonizada por um relâmpago. Mas como o óbvio não tem vez em Arquivo X, sabemos logo que havia mais por vir...

O ponto de partida da narrativa, é a confissão de Scully ao padre, nos colocando para ver a história pelos olhos dela. De cara percebemos que ela está muito perturbada com a história e até se sente responsável por algum acontecimento, o que é curioso considerando que já havíamos assistido como as coisas acontecem, como ela podia ter alguma responsabilidade naquilo?

Pausa para o modelito de missa da Scully. 
Bem tradicional, mas eu gostei, falando nisto, reparem na formalidade do pessoal para ir à missa de domingo... Nem sempre temos pistas das vidas pessoais de nossos queridos protagonistas, mas ficamos sabendo que depois de toda jornada traumática através de sua doença, Scully reencontrara sua fé, e voltara a frequentar a igreja. E é o padre seu amigo e amigo de sua família que coloca (sem saber) este Arquivo X nas suas mãos.

Curiosamente, desde o início Scully fica mais abalada que o seu normal com a morte da moça, e muito inabitualmente começa a ter visões e intuições sobre o assunto. Talvez o abalo se devesse ao trauma não superado de ter encontrado e perdido Emily, ou talvez sua ligação com o caso foi por ter sido escolhida por forças superiores para uma missão, eu gosto de acreditar na segunda opção.

O caso fica mais estranho quando uma outra moça idêntica com os mesmos problemas da primeira vítima morre nas mesmas condições inexplicáveis. E neste ponto Mulder também se envolve no caso, à pedido da parceira. Preocupado com o envolvimento da companheira, e talvez pressentindo-lhe a fragilidade - tão bom como ele era com perfis psicológicos -  Mulder faz o contraponto que Scully costuma fazer na maioria dos casos, se mostrando rígido e incrédulo como não costumamos vê-lo.

Na investigação da segunda morte, surge a figura estranha do padre que queria adotar a moça, e o misterioso assistente social que pretendia impedi-lo nesta empreitada. Tendemos a embarcar na desconfiança de Mulder e achar que ele realmente era mal intencionado, mas ao mesmo tempo sabemos, que em Arquivo X, nada é "preto-e-branco" haviam nuances que não conhecíamos.

A cena da segunda autópsia nos mostra que havia algo muito mais grave acontecendo, quando Scully recebe uma mensagem através de Emily. Quem tende a acreditar mais no sobrenatural começa a perceber que a agente pode ser um instrumento para algum objetivo que naquele momento ainda era nebuloso.

O desenrolar do caso vai colocando uma Scully cada vez mais crédula e obstinada em parceria com um Mulder incrédulo e cínico. Para ele, os crimes não tinham nada a ver com sobrenatural, mas com fanatismo religioso, o que o leva a investigar os motivos e a vida do padre que pedira a guarda das meninas. Ao encontrar mais uma menina idêntica e uma cena de morte semelhante: genuflexa com olhos queimados, Mulder leva o padre em custódia. Mas nós pudemos ver "o rosto" de quem as levava desta vez e, estranhamente, não nos parece uma cena de assassinato e sim de arrebatamento.

Nos é dado a perceber que a dureza de Mulder perante o caso era apenas um disfarce pela profunda preocupação dele com a parceira. Ambos sofreram demasiadamente no ano anterior com a doença terminal que a acometera e Mulder também ergueu suas defesas.



A situação chega num ponto extremo, quando os agentes passam a ter que correr contra o tempo, ao saber que eram quatro moças e só restava uma delas viva. Entretanto, nosso "suspeito principal" é assassinado "debaixo dos narizes" dos agentes e da polícia, dentro da delegacia, por, ehrrr, digamos, um "agente do mal".

Como se o caso não tivesse promovido acontecimentos sobrenaturais com Scully para uma vida toda, quando ela vai pegar o seu carro no estacionamento da delegacia de noite, eis que lhe aparece um ser iluminado, que troca de rostos, um de homem, um de águia, um de boi e outros animais (que não decorei)... me lembro de ter ficado apavorada a primeira vez que assisti este episódio, ao vê-la conversando com Mulder no celular distraída... aí aparece aquele homem todo iluminado (pensei, "ixi, vai arrebatar a Scully também") e aí, adivinhem... comercial!!!!

Scully não foi arrebatada desta vez, mas a aparição a leva a conversar com o padre McCue que conta a história do Serafim e seus quatro filhos perdidos na Terra. Então a história começa a fazer sentido: salvar as meninas era deixá-las serem arrebatadas sem que o espírito do mal (personificado no assistente social) as tocasse. Esta revelação traz um grande dilema à Scully, o coração e a fé acreditam que isto é o certo, mas a razão de agente especial não poderia deixar uma mocinha simplesmente morrer sem fazer nada...

A sequencia final é genial, arrepiante e com uma belíssima carga emocional. Encontrando o paradeiro da última menina, Scully vai com o assistente social (ouxe!) salvá-la - ou seja, decide seguir a razão. O ser do mal não pode entrar na igreja, e precisava da Scully como seu instrumento para levá-la para fora... ela vê a sua real silhueta na sombra, e então percebe todo sentido do que acontecia, torna-se crucial o momento de decidir de que lado estava. Então, uma luz resplandece aparece, e ainda indecisa entre a razão e a emoção, Scully vai se deixando tomar pelo sentimento que a aparição luminosa lhe inspirava... e como a última confirmação, utilizam-se de Emily de novo, para pedir à agente que libertasse a última menina para sua natureza espiritual de uma vez por todas...

Como toda pessoa extremamente responsável perante seus deveres, o fato de ter seguido a fé e o coração deixam Scully desolada perante sua impotência neste caso misterioso. E o significado do que realmente aconteceu é deixado para que nós mesmos tiremos as conclusões. Mais uma vez Arquivo X nos mostra que a resposta nem sempre é a mais óbvia, que há muitos mistérios desconhecidos, e as vezes o que achamos que é o certo, nem sempre é a melhor resposta para uma situação... [/Cleide]

Quotes:

Padre: Acreditou que estava libertando sua alma para o céu?
Scully: Eu tinha certeza.
Padre: Mas não consegue acomodar essa crença com o fato de sua morte?
Scully: Não. Pensei que poderia, padre, mas não posso.
Padre: Acredita que há vida depois desta?

Scully: Sim.
Padre: Tem certeza? Já lhe ocorreu que isto também talvez seja parte do que deveria compreender?
Scully: Quer dizer aceitar a minha perda?
Padre: Pode aceitá-la?
Scully: Talvez a fé seja isso.




Outras Imagens de All Souls:

Scully no confessionário.

Mulder sendo chato e sarcástico.

DD e suas caretinhas... kkkkk

Sendo fofo...

"Me deixe ir, Mamãe"

"Acho que fé é isso..."

sábado, 5 de abril de 2014

XF SHIPPER AWARDS - Enquete 10: Melhor Cena Shipper

Que responsabilidade para nós falar da escolha da cena que mais balançou nosso coração Shipper, em todos os quesitos. Quais elementos envolvem os detalhes discretos do romance de Mulder e Scully, onde eles mais se manifestaram... prova que este clima sempre existiu é que, entre as cenas que foram votadas, contam-se episódios da primeira até a última temporada... ou seja, o amor sempre esteve no ar em Arquivo X, de uma maneira inusitada, com a qual nós, telespectadores não estávamos acostumadas, mas que foi construída de maneira tão inevitavelmente forte, que hoje em dia é difícil encontrar um fã da série que não torcia para os protagonistas ficarem juntos.

Vamos às cenas escolhidas para este quesito.


Em último, porém não menos importantes, duas cenas que não receberam votos:

Mulder tenta acalmar Scully antes de enfrentar Modell

Esta cena é particularmente deliciosa! O olhar de Scully consternado, e o dele tão doce pedindo “sorria, Scully”... as lágrimas nos olhos dela por cair, a tensão, e ele pedindo para que ela guardasse a arma para que ele não corresse tanto perigo... ela fica morta de medo por ele e não por menos. Ambos sabiam o que Modell queria e o quanto que Mulder estava se arriscando. O episódio Pusher, sem dúvidas, deixou um grande legado para os shippers. É um dos episódios com mais UST da terceira temporada, estranho não ter nenhum voto!


Scully: "Se choverem sacos de dormir, talvez você tenha sorte"

Esta cena como um todo é muito fofa. Fato. No entanto, notando-se o contexto dela dentro do episódio, Mulder merecia no mínimo alguns cascudos. Ele estava lindamente se enroscando nela (depois de uma leve briguinha... ownn), pois já devia estar querendo mesmo esquentar seu corpo ferido e em choque. E Mulder já é conhecido por suas piadinhas infames quando obviamente nada pode acontecer. Daí ele usa esse momento impossível para insinuar que eles poderiam dividir um saco de dormir que eles não tinham, naturalmente sem roupas, para se esquentarem. Claro que depois de ter levado um fora no hotel (queijo e vinho?) e ainda a pouco ter que aguentar ele rindo na sua cara (“e talvez chova marshmallows”), claro que ela não poderia deixar essa passar. Resposta 10, Scully! *high five*

Mas bem que poderia ter chovido sacos de dormir como choveram sapos uma vez, não é? ;)


Oitava colocação, com 1 % dos votos:

Scully é desenganada pelos médicos, Mulder vai vê-la e pede para ela voltar.

Até então, os menos românticos poderiam alegar que Mulder e Scully eram apenas amigos, mas é difícil manter-se nesta posição perante a epopéia de Mulder durante a estada de Scully em coma no hospital. One Breath nos rendeu cenas inesquecíveis, como o choro sentido de Mulder em seu apartamento percebendo que perdeu a chance de matar quem prejudicou a parceira. Mulder desesperado ao chegar no hospital e vê-la totalmente inconsciente, seu embate com a família da parceira para não desligarem os aparelhos, o diálogo dele e Melissa... e a inesquecível cena da enquete: “Não sei se minha presença aqui ajudará a te trazer de volta, mas estou aqui”. Dando finalmente o salto de fé, e entregando-se ao sentimento ao invés do impulso de vingança.


Scully encontrando forças pra lutar contra o câncer e, com isso, dando um novo ânimo para Mulder

Um dos episódios mais shippers da série, quase um divisor de águas, mas teve apenas 1% dos votos. Esta cena em especial é digna de ser vista várias e várias vezes. É triste, cortante e profundamente emocionante, a atuação de David e Gillian é primorosa aqui e no episódio inteiro. Eles passam a emoção certa de duas pessoas encontrando esperanças na vida que irradia do outro.

Este episódio venceu algumas outras enquetes, sigam os links no final deste post se quiserem ler mais sobre ele. ;)

Vale a pena ver esta cena:



Sétima colocação, com 4% dos votos:

Mulder: "Se tiver chá gelado na bolsa, pode ser amor"

Essa brincadeirinha boba do Mulder logo na primeira temporada aqueceu o coração romântico de muitos... os dois no carro, Scully preocupa-se com o parceiro obcecado em pegar o assassino, sem dormir direito, sem comer... tenta chamá-lo pelo primeiro nome, e ele diz que até os seus pais o chamavam de Mulder (mentiroooosooo). Mas talvez com o desenrolar da relação dos dois, “Mulder e Scully” se tornou mais íntimo e pessoal que “Fox e Dana”...


Mulder: "Scully, casa comigo?"

Scully só queria férias. Uns dias de sossego para colocar sua cabeça no lugar. E pela conversa dela, ela não conseguia tirar nem ao menos um fim de semana de férias a muuuuito tempo. O que ela acha é mais um caso, enquanto Mulder fica lá à toa. À toa e a importunando a cada segundo... Ao se deparar com a natureza do caso, Scully liga para Mulder na esperança que ele dê uma luz. Mas depois de tantos anos juntos, se engana quem pensa que ela não tenha um enorme conhecimento do que pode encontrar pela frente. E pelo visto, Mulder também não tinha entendido isso. Então, quando Scully despeja em Mulder teorias ocultistas acumuladas em cinco anos de Arquivo X e ele fica hipnotizado. A expressão que ele faz não pode ser descrevida de outra forma que não seja o mais puro deleite. Ele deve ouvir essa voz dela falando essas coisas para ele em seus sonhos... Então, a conclusão óbvia para ele é dizer: “Scully... casa comigo?” Tão adorável! Uma pena que apesar da charmosa declaração, ela, obviamente, não acredita: “Esperava algo mais útil!”...


Sexta colocação, com 5 % dos votos:

05x05 - The Post Modern Prometheus (Prometeu Pós-moderno)
Mulder a chamando para dançar

Prometeu Pós Moderno é uma obra de arte, o episódio em preto e branco, com uma dinâmica de filmes clássicos de terror, e uma fotografia belíssima, é um presente da série para os fãs! Só podia ter um final perfeito e inesquecível... a cena de dança de Mulder e Scully no show da Cher! A carinha de felizes dos dois é impagável, encheu todos corações shippers de esperança, na época. Lembrando que esta é a cena que DD sempre fala que é a sua preferida.

Mas como não amar uma cena tão perfeita? A atitude cheia de confiança de Mulder ao chamá-la para dançar, o misto de surpresa e felicidade no rosto dela, ele a puxando e ela caindo nos braços dele, os olhares presos um no outro por alguns preciosos momentos... Cena rara em que permitem que Mulder e Scully tenham alguns instantes de descontração no meio da escuridão...


Quinta colocação, com 6% dos votos:

08x15 - Dead Alive (Morto Vivo)
Mulder acorda do coma

O misto de alegria plena, emoção, alívio que Scully expressa nesta cena é reflexo do que todos nós sentimos quando assistimos ao episódio. Linda cena, grande exemplo da força dramática de Arquivo X!

E para apreciar corretamente toda a emoção dessa cena, temos que lembrar de tudo o que a Scully tinha passado até aquele momento... a perda de Mulder, a descoberta de uma gravidez impossível, o medo dos porquês e comos daquele bebê, os meses de busca culminando com um Mulder bem morto apenas para mais alguns meses depois ele seja exumado e ressuscitado. E até aquele momento ainda havia a dúvida de como e se ele acordaria...

Então, qual não foi a alegria de nossa amiga ruiva quando aquela mão se move sob a sua? Como podemos transcrever em palavras a sublime alegria de alguém que tem de volta algo vital para si que, ela pensava, lhe tinha sido tomado definitivamente?

Ao que Mulder interrompe com um “Quem é você?”. Interessante mesmo é perceber como a audiência deve ter flutuado nas mesmas emoções que Scully. Tanto que o “Alguém sentiu minha falta?” deve ter se seguido de todos reagindo igual a Scully... com uma risada cheia de lágrimas de puro deleite.


Quarta colocação, com 10% dos votos:

07x17 - All Things (Todas as coisas)
Cena do quarto/cama de Mulder

O fato é que ainda havia seres que precisavam de uma confirmação de que Mulder e Scully estavam envolvidos romanticamente. Todas as cenas de flerte explícito e olhares quentes e provocações durante toda a sétima temporada até então não foram suficientes. Então, Chris Carter resolveu colocá-los o mais perto de uma situação sexual que ele poderia suportar.

Mas foi tudo colocado de uma forma realmente muito meiga. Com Scully se arrumando no banheiro do quarto de Mulder e o deixando bonitinho adormecido na cama.

Especulações e histórias para preencher o tempo entre Scully no sofá e depois no banheiro não faltam. Alguns acham que esta foi a primeira vez deles, outros tem certeza que não. E como sempre Arquivo X nos dá mais perguntas do que respostas. Mas é divertido imaginar também, não é?


Terceira colocação, com 12% dos votos:

07x02 - Sixth Extinction - Amor Fati (Sexta Extinção II)
Mulder: "Você foi minha amiga e me falou a verdade..."

Esta é a cena que culmina e fecha todo o arco de Diana Folley e Mulder chato criança mimada.

Mulder sempre se mostrou muito paciente com Scully e com o seu ceticismo, no entanto, a reentrada de Diana em sua vida mais o fato dele ter perdido mais uma vez os Arquivos X, talvez até mesmo o envolvimento mais pessoal deles dois, meio que o faz se sentir num direito maior de cobrar “lealdade” de sua parceira. Na verdade, a própria ideia de lealdade se distorceu na cabeça de Mulder durante esse tempo.

Nesta cena, ele reconhece qual a verdadeira noção não apenas da lealdade, mas do amor. E reconhece que Scully, ao manter sua dignidade consigo mesma antes de se doar para ele, tinha um amor mais profundo e verdadeiro do que ele poderia ter imaginado.

“Você foi minha amiga e me contou a verdade... Você é a minha pedra fundamental...”. Isso vale mais do que qualquer “eu te amo” da vida. Que ele a ama e que é amado já foi estabelecido a tempos. Aqui ele coloca bases para a sustentação desse amor... amizade, confiança, companheirismo...

Não é a toa que esta cena é considerada uma das mais românticas de toda a série e que este casal é considerado um dos mais românticos de todos os tempos mesmo sem nunca ter trocado declarações comuns de amor ou toques ávidos de paixão...


Segunda colocação, com 19% dos votos:

06x19 - The Unnatural (O anti-natural)
Mulder ensinando Baseball a Scully

Essa é uma das cenas mais fofas de toda a série. Essas cenas completamente sem necessidade são tão raras e talvez por isso mesmo tão importantes. Por que essa cena é sem necessidade? Bom, ela não acrescenta em nada a nenhum plot da série, ela não é nascida de um grande momento de tensão entre eles.... é apenas Mulder e Scully compartilhando um momento de felicidade porque eles escolheram ter um momento descontraído juntos. Como Scully mesmo diz "eu sempre tive coisas mais importantes para fazer na vida". Aham... Eles sempre tinham algo mais importante para fazer. Mas naquele instante, eram apenas os dois, nada além do carinho um pelo outro os compelia a estar ali. Estes momentos sem necessidade pintam o amor deles com um tom mais doce e pueril. Quem não se derrete com a conversinha boba e a forma como eles se provocam? E a forma como eles ficam confortáveis um com o outro? Bom... eles nunca tiveram problemas com um invadir o espaço pessoal do outro, não é mesmo? *.* Essa cena é tão romântica e poética...

"Cala a boca Mulder, estou jogando beisebol"

Lindo.


Em primeiro lugar, com 34% dos votos:

09x19 - The Truth (A verdade)
Cena do beijo na frente de Skinner

O beijo mais explícito (apesar de ser no escuro), sem nenhuma outra desculpa a não ser a vontade dos dois de realmente se beijarem – nada de universo paralelo ou virada de ano e sem nenhuma interrupção, como aquela querida (cof cof) abelha... e o melhor, na frente do chefe, que acompanhou a trajetória dos dois desde o início! Muito fofo! E merece ser assistida mil vezes!

Mas pensando direitinho não tinha como não ser assim, não é mesmo? Não tinha como esse beijo não acontecer... Não havia mais nada o que esconder, nem porque esconder... e eles estavam se vendo pela primeira vez depois de meses de separação, meses de angústia sem terem notícia um do outro e sem saber quando poderiam se ver novamente.

Vamos ver mais imagens de nossa cena vencedora?

Claro que Mulder tem que fazer uma piadinha maléfica...
olha a carinha da Scully. Mulder, isso não tem graaaça!

 “Brinks, Scully!”… Ele deveria levar na cara… :P

Ganhou um beijo porque o alívio e a saudade
de Scully eram maiores... e ela já tá acostumada às piadinhas...

“Vem aqui, seu carequinha lindo”

*pensando em ir mesmo*

Ah, esse olhar... tanto amor...

Apesar de Arquivo X não ter tido cenas românticas como são comuns em outras, as nossas foram todas tão profundas e cheias de significado que compensam o fato de não termos ouvido coisas como "eu te amo". Realmente não fizeram tanta falta assim, não é mesmo?

Resultados das enquetes anteriores:

Cena shipper mais cômica: 06x19 - The Unnatural (O Anti-Natural)

Melhor cena de ciúmes: 05x20 - The End (O Fim)

Ih, deixou passar: 06x19 - The Unnatural (O Anti-Natural)


Cena shipper mais hot: 06x19 - The Unnatural (O Anti-Natural)

Cena shipper mais dramática: 04x15 - Memento Mori (Lembranças Finais)

Melhor início de episódio shipper: 04x15 - Memento Mori (Lembranças Finais)

Quote mais shipper: 04x15 - Memento Mori (Lembranças Finais)

Cena mais desesperadora para os shippers: 07x02 - Sixth Extinction - Amor Fati (Sexta Extinção II)