sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Momentos Marcantes de Arquivo X - Parte IV


  • Morte e volta de Mulder


Tal qual a abdução de Scully na segunda temporada, a de Mulder também foi motivada por fatos externos à série. David Duchovny saiu da série prometendo voltar para apenas alguns episódios da oitava temporada e depois o último da nona. Pelo que lemos por aí, até mesmo Gillian somente não saiu por obrigações contratuais. Acho que hoje em dia uma boa parte do fandom concorda que teria sido bem melhor para série acabar no tempo certo e com dignidade.
No entanto, a oitava temporada aconteceu e assim Mulder foi abduzido, torturado e, quando Scully finalmente o encontrou, ele estava morto. Tivemos que ver Scully, Skinner e os Pistoleiros enterrarem nosso querido. Esse episódio foi bem pesado. Além do enterro de Mulder, ainda tivemos a saída para licença maternidade de Scully. Sabemos que ela não voltaria para os Arquivos X tão cedo depois disso.
Como estamos em Arquivo X, a morte de Mulder não foi definitiva e, mesmo 3 meses depois, Skinner manda exumar o corpo do agente e descobre que ainda há um sopro de vida nele. Como isso poderia ser possível? Gente... estamos lidando com aliens... tudo é possível.
Para mim, poucas cenas são mais emocionantes do que ver Scully naquele corredor de hospital com a mão na barriga e o olhar cheio de esperança de que seu parceiro ainda tivesse uma chance. Depois, ao final, Scully (e nós) chora nos braços de um Mulder bem acordado.


  • Nascimento de William


William é um assunto bem complicado em Arquivo X. Fonte de uma raiva eterna dos excers desde a primeira decisão referente à criança. Scully grávida... fofo, mas por que? Pra quê? Parece que eles tinham medo de dar o protagonismo para Scully por ela mesma e com suas próprias motivações para seguir em frente além de um filho. E não é como se faltassem histórias para serem contadas. Tivemos dois novos personagens, Doggett e Reyes, que apenas geraram mais ressentimentos nos fãs por ameaçarem o protagonismo de Mulder e Scully; e criou-se uma nova mitologia em torno da ideia de supersoldados.
Os dois episódios finais foram dedicados ao nascimento de William com belíssimas aberturas. O medo de que ele não seria humano e que fosse tirado de sua mãe pulsava em cada cena pois ninguém sabia realmente como aquele milagre teria sido possível.
Episódios como Permanum e outros da segunda metade da temporada, especialmente a cena final da mesma, deveriam ter sido dicas fortes da origem de William e principalmente a formação de um elo indissolúvel entre esses três personagens (Mulder, Scully e William), independente de qualquer outra coisa. 
Esta cena aliás é muito bonita e doce e muitos excers até hoje a olham com ternura pensando como seria ótimo que o final tivesse sido aquele: todos acreditando que William estava seguro e era filho de Mulder e Scully e os três tendo esperanças no futuro.


  • Nona temporada com novos protagonistas


Novamente, para o dissabor de muitos e a debandada de muitos fãs, tivemos uma nona temporada. Eu, Josi, até que gosto dela. São bons episódios “monstro da semana” e os mitológicos têm a presença forte de Scully, apesar da insistência em usar sempre William como um “escolhido perseguido”.
Entretanto, a verdade é que Dana Scully agora era apenas uma personagem secundária de luxo. Os verdadeiros protagonistas eram John Doggett e Monica Reyes. Nada contra eles, muita gente gosta muito dos personagens (eu também), mas não é por eles que eu vejo Arquivo X.
Tanto a coisa não deu certo que o final é totalmente para Mulder e Scully. 


  • Morte dos Pistoleiros


Um dos acontecimentos mais desnecessários dessa série foi a morte desses 3 rapazes. Em Arquivo X desde a primeira temporada sempre foram amigos fiéis de Mulder. Praticamente os únicos, aliás. Dizem que a motivação para essa história foi a falta de audiência no spin-off dos Pistoleiros Solitários. O último ato deles foi dar a vida para salvar a humanidade. Ainda fazem falta.


  • William sendo dado para adoção


Repetindo: parece que cada decisão feita relacionada a esta criança é para irritar e entristecer os fãs. 
Para mim, a forma como toda a história é construída faz sentido. Scully dar o filho dela para adoção foi um ato de amor maior. Ela abdica de ver seu filho crescer para dar a ele uma chance de ser feliz sem estar sempre em perigo, com medo... ela lhe dá a chance de ter uma vida normal. Isso considerando que ela achava que ele tinha sido “curado” por Spender.
No entanto, todo mundo achava que a série ia se encerrar ali. A história tinha sido construída para isso, ok, mas com tantas manobras e tantos “esquecimentos” de plots, será que não tinha espaço para deixar essa criança com seus pais (Mulder e Scully)?


  • The Truth


Amo muito esse episódio. Talvez somente o fato de ver Mulder de novo depois de tanto tempo aqueça o coração e faça esquecer que a história é meio maluca. Mas isso é Arquivo X e história meio nada a ver é coisa normal já.
The Truth é meio que um resumão de toda a série. Temos um julgamento sem muita sustentação legal, Mulder é acusado de assassinato e muita gente aparece pra servir de testemunha... até mesmo Krycek volta como fantasminha/alucinação. Mulder acaba sendo condenado à morte nesse tribunal viciado.
Nesse episódio de mais de 1h, temos diversos momentos shippers... até mesmo um beijo de verdade. Um verdadeiro luxo! Além disso, temos beijo na mão, na testa, declarações importantes... Quem queria ver romance não ficou decepcionado.
Este é, pra mim, um dos finais mais românticos e poéticos da série. Ele fecha novamente o círculo ao fazer os dois estarem de novo juntos num quarto de motel, meio enfraquecidos e cansados, mas reaquecendo a fé do outro... e, diferente do Piloto, desta vez não há nenhuma desconfiança, nem dúvidas e eles terminam abraçados na cama, como se ali estivesse tudo o que eles precisavam para recarregar as baterias e recomeçar a luta.

Outros posts desta série: 25 anos - MMI - MMII - MMIII

Amanhã (ou domingo) postamos a quinta e última parte. Inté.

Um comentário:

raynnowui21 disse...

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