quinta-feira, 31 de outubro de 2013

05x10 - Chinga (Feitiço)

Direção: Kim Manners
Roteiro: Stephen King & Chris Carter 

Resumo: Em meio a uma tentativa de tirar alguns dias de folga, Scully se vê envolvida em uma investigação de uma série de assassinatos que parecem ser cometidos através de bruxaria.


Comentários:

[Josi] Esse episódio é simplesmente fantástico. Ele oscila entre o leve e o pesado, entre o horror e a comédia de forma espetacular. Isso quando oscila porque muitas vezes apenas joga os dois juntos e você que se vire.

Scully finalmente tira férias. Não, não férias, uns dias de folga. Não... não exatamente como você está pensando... Ela só quer ter um fim de semana sem ter que trabalhar. Só um bendito fim de semana. Scully e sua eterna ilusão de pensar que pode ter uma vida relativamente normal.

Enquanto Scully luta para ter alguma folga do seu irracional dia-a-dia, outra moça luta pelo mesmo. Mas esta sequer pode fazer compras sem ser atazanada por todos os lados.

Você acha que o filho do vizinho é endiabrado e mimado e cheio de vontades? Espere até ver esta criança aqui. Crianças em AX... yay (medo).
Cara! A garotinha é muito antipática... eu tento pensar que é por causa da boneca, mas é complicado. rs

Cá está a pobre vítima (vítima de sua linhagem de bruxas, né? o.O). Tadinha... ela só quer ir no supermercado. Mas não pode, porque além de todo mundo ficar olhando pra ela a julgando por basicamente tudo, ainda tem a filha e sua boneca amaldiçoada... o.O

Isso do pessoal coçar os olhos tão forte que rasga a pele me lembra o que acontece quando você entra em contato com sangue alien... a reação é a mesma.





"I want to play!" - Se seu sangue não congela quando você ouve isso na voz da boneca, eu não sei o que te dizer.

Agora, que diabo que é essa boneca, né? Tudo e qualquer coisa que contrarie a menina é desculpa para homicídios e violência. Deve ter sido uma bruxa-criança-super-mimada-malvada que enfeitiçou a boneca. "Se alguém fizer qualquer coisa que eu não queira, que morra morra morra!!!!" afff

Mas o lugar parece mesmo legal para você tirar uns dias de folga... mar, gaivotas... clima tranquilo. Muito bem, Scully!

"Mulder, pensei que tínhamos concordado em tirar o final de semana de folga" - Gente! Olha isso! omg! Mulder... deixa a moça em paz! kkkkkkkk





Ownn... ela guardava o celular dentro do porta-malas. Oh belo tempo em que ninguém andava colado no telefone... Se bem que se eu tivesse um Mulder no meu pé, eu faria o mesmo. (Sim, faria, suas más! Ele pode ser fofo, mas eu não aguentaria trabalhar nesse ritmo. kkkkk)

Mulder: Mas você não alugou um conversível, não é?
Scully: Por que?
Mulder: Você está a par das estatísticas de decapitações?

MULDER!!! kkkkkk



Então, ela desliga determinada a deixar Mulder e seus casos de lado por uns dias apenas para se ver diante de pessoas ensanguentadas e uma morte pra lá de estranha. Pelo menos você tentou, Scully... Você tentou tanto ter uma vida normal... own... Mas seu destino é aquele narigudo e o paranormal mesmo.

Os filhos da mãe colocam Mulder vendo algo que soa extremamente suspeito com uma expressão extremamente suspeita... apenas para mostrar no final que ele realmente estava vendo Enxames Mortais. Oh mulder... Se bem que nós sabemos que Mulder ama filmes estranhos tanto quanto seus pornôs. Mulder foi a imagem da procrastinação nesse fim de semana... ele não colocou nem a pornografia em dia. kkkkk

Agora nada... nada é mais mais do que a cena de Scully descrevendo tudo o que ela sabe sobre bruxaria e afins para Mulder o pobre fica extasiado...

"Scully..."
"Yeah..."
"Case comigo..."

Houve uma época em que eu cogitei colocar esse áudio em meu mp3... A forma como ele fala (na voz de DD, lógico)... omg!

"Talvez ela não estivesse com medo de que algo entrasse... talvez ela tivesse medo de que algo saísse" - E tudo o que Scully queria era um pouco de normalidade...

Vamos falar sobre Jack? Jack definitivamente não era um cara comum como ele queria parecer. Logo quando ele bateu o olho em Scully, ele notou que ela era uma pessoa extraordinária e deu um jeito de a seduzir a permanecer por perto e ajudá-lo naquele caso. Até onde ele sabia do caso e até onde ele apenas queria a companhia dela me foge...


Enquanto isso, Buddy era um filho da mãe... a pobre da Melissa com a vida pelos ares... perdeu o marido a cerca de um ano, um idiota casado que dava em cima dela acabou de morrer e vem esse outro imbecil a coagindo a aceitar sua "proteção". Ai, que nojo.

Colocar o cabelão dentro de uma redinha para que fiozinhos não saiam voando por aí podia também, né, filhinha?

A sra ranzinza mora de frente pro mar... invejinha... que bela visão para se ter da janela...

É muito ruim que a pessoa dance enquanto a cena de suicídio-assassinato rola? Mas mas... a música é tão boaa!

Scully estava se especializando na arte de não fazer nada. Música clássica, banho de espuma, pizza... ain, pizza... Tudo muito bom, apesar das chamadas de mulder 1 e 2.. até que um deles lhe aparece na porta, quer dizer... na janela. E claro que Scully não sabe dizer não. Lembram como ela falou pra Melissa (sua irmã) como ela tinha sede de ajudar aos outros? Pois é...

E lá me vem Mulder, vestido com um shortinho (cuecas?) e uma camisa desabotoada (*se abana*), fazendo tudo o que Scully queria estar fazendo... ou seja, nada. Ah, gente... hoje em dia estamos azedas de ver DD... humm... sem nada rs, mas a 15 anos atrás não era assim não! O fato é que essa cena nos matou um pouquinho e entrou para o muito pobre arquivo de Mulder-semi-despido. rs

Só para constar... esse episódio foi ao ar em fevereiro de 1998... Mulder deveria ter aquele suco ali há mais de 6 meses, no mínimo!





Scully: Vamos manter nossas mentes abertas para possibilidades extremas.
Jack: Ok, mas.... você não estava de férias?

Aposto que Jack não se continha de felicidade, mas ele teve que dizer a piadinha (tal qual Mulder). E a expressão que Scully faz é de frustração total... Ela tinha perdido a pequena guerra contra si mesma. Sim, ela não poderia continuar de pernas para o ar enquanto pessoas estavam morrendo.

É impressão minha ou Melissa só se deu conta de que tudo era culpa da boneca naquela hora em que ela estava indo para a tal casa emprestada? O olhar que ela lança de surpresa para a boneca... era como se ela a visse de verdade pela primeira vez. Tadinha...

Humm... Buddy cansou de fazer a linha bom rapaz e partiu para a ignorância. Tudo bem que ele pensava que ela era a assassina, maaaasss... não quero saber. Não tive pena que morreu. *assobia*

Scully admirada do tamanho da lagosta. E Jack comendo com gosto. Amo.

Mulder liga e diz a Scully exatamente com o que ela tá lidando... até as visões premonitórias da "bruxa"! Eu desligaria também... isso não é justo. rs

Adooooooooro que ela, delicada como sempre, não procura por coisa alguma nas costas da boneca e manda a coisa diretamente para o fogo! YES!





Eu sempre fico imaginando como eles fecham esses casos... porque realmente não há prova alguma de que foi tudo culpa da boneca. Acho que fica como um "deixa quieto já que as mortes pararam mesmo e a maioria passa como suicídios".

Então Scully volta ao trabalho (e eu assumo que seja na segunda pela manhã, mas bem poderia ser tipo... domingo a tarde pela cara confusa de Mulder rs) e lá está Mulder ainda em clima de folga. Eu gosto especialmente como Scully finge que não vê e Mulder aceita o fingimento e eles ficam um tempo nesse clima de "tapeação". Essa camaradagem que é mostrada entre eles de vez em quando é muito gostosa de se assistir...

"E quanto a você, Mulder? Fez algum progresso enquanto estive fora?" - ELE foi quem descansou, Scully! kkkkkkkk E o lápis caindo na cabeça dele é o toque final de perfeição. rs

Mulder: "Deve haver uma explicação"
Scully: "Eu não sei, Mulder. Às vezes é melhor que algumas coisas permaneçam sem explicação..." - Um de meus quotes favoritos.




Não, mas... a boneca ainda aparece no final... eu fico muito revoltada! Custava triturar a coisa? :P [/Josi]

[Ariana]
Scully saindo de férias, de jeans e camiseta...
... E Mulder me vem com: "Está ciente das estatísticas de decapitação?" Olha, vai ser chato assim lá no caixa prego, heim, Mulder! (Adoro ele se balançando na cadeira...)
Mereceu ter ficado falando sozinho.
Mas nada se compara a esse short bonitinho do Mulder, hã? Aliás, dá pra ver os pelinhos da perna dele, ó...






[/Ariana]

[Tessa] Nesse epi, vemos como o mulder é dependente da scully, ela não é apenas sua “melhor amiga”, ela é a única... Sem ela ele fica totalmente sozinho.

Fatos que me assustam 1: Scully de jeans e óculos escuros querendo tirar férias do narigudo.
Fatos que me assustam 2: a cara dessa menina.
Fatos que me assustam 3: a scully dando uma de Sharon Stone.
Fatos que me assustam 4: a geladeira do mulder.
Fatos que me assustam 5: um mulder entediado.







[/Tessa]

[Cleide] O décimo episódio da quinta temporada de Arquivo X causou um certo frisson na época e ainda causa. É que por detrás de seu roteiro vem um nome muito badalado, o mestre do suspense, escritor Stephen King, que o escreveu em parceria com Chris Carter.

Nomes de peso e participações especiais cada vez mais “concorridas” são marca da quinta temporada de Arquivo X, que estava em seu auge do sucesso e preparava-se para sua primeira incursão no cinema. Bons tempos! Quem não acompanhou na época, não conseguiria dimensionar ou imaginar como era empolgante acompanhar as notícias e novidades sobre a série – levando ainda em consideração que as informações não corriam tão rapidamente como agora (que podemos acompanhar tudo em tempo real), o suspense era muito empolgante!




Bom, vamos ao resultado da parceria Chris Carter e Mr. King.  “Chinga” logo de início já traz um mistério perturbador, com elementos que quem já assistia a série desde a primeira temporada conhece bem: visões premonitórias, crianças assustadoras e brinquedos estranhos. Só mesmo em Arquivo X uma menininha tão linda já nos dá arrepios na primeira cena. Todo fã de X-Files já sabe que quando aparece um menino ou menina, lá vem problema!

A criança em questão, “Polly”, já mostra a que veio, demonstrando um mal humor inabalável, e um apego fora do comum à estranha boneca. O medo exagerado e inquietação da mãe da menina sinalizam também que algo fugia ao normal na situação. E então, a mulher tem uma visão do açougueiro morto (que tiraria o sono de qualquer pessoa pelo resto da vida) e vemos instaurada uma situação de histeria coletiva (ou o que quer que fosse) e as pessoas começam uma automutilação, cena muito incômoda, no mínimo, o que tem um certo tom do escritor convidado. Tenho que destacar que mesmo tendo mais de dez anos, os efeitos especiais e maquiagem do episódio são impecáveis e dão um tom de realismo às cenas de terror.

Um recorte muito interessante feito neste episódio é o fato de não se tratar de um Aquivo X tradicional, como nos habituamos a acompanhar... Mulder fareja um caso e arrasta Dana Scully (querendo ou não) para solucioná-lo (ela geralmente quer). Diferentemente nos deparamos com uma Scully tirando o final de semana de férias (talvez lição aprendida no arco de sua doença: fazer pausas). Algo que vai se repetir infinitamente na série tem destaque neste episódio: não importa muito para onde eles vão, a escuridão parece os seguir (veremos uma Scully exausta repetir isto no segundo filme da série). Eu sempre me perguntei por que ela escolheu Maine para férias, mas descobri que é a terra natal do Sthephen King e que a maioria das suas histórias de terror são escritas tendo esta cidade como cenário.

Permitam-me um parêntese sobre as férias da Scully. Qual o grau de independência, introspecção e solidão desta mulher? Solidão no bom sentido, no sentido que ela vai dizer mais tarde em “Milagro” como “escolha” – quantas pessoas que vocês conhecem se sentem tão bem consigo mesmas? Eu não poderia dizer que ficaria feliz assim em tirar férias sozinha... mesmo buscando pequenos prazeres como um banho de espuma, uma leitura ( "Affirmation For Women Who Do Too Much" by Arianna Carrillo, alguém já ouviu falar deste livro? Ele não existe... :p ), dirigir num conversível a beira-mar, comer em um restaurante na praia. Por outro lado, as “férias” da Scully, nos revelam como Mulder não consegue ficar sozinho... apesar de também ser uma pessoa solitária, ele se prendeu tanto à parceira (e quase a perdeu um ano antes), que desenvolve um comportamento que chega a ser infantil, para chamar a atenção dela.

A direção de arte neste episódio fez um esforço estético para deixar as cenas com “cara de fim de semana” vocês conseguem perceber o quanto as cenas externas são em tons de laranja, salmão, rosê? Parece que buscaram filmar no nascer e pôr do sol, para enganarem nossos olhos da aparência geralmente cinzenta de Vancouver.  Divertido é como o figurino de Scully varia pouco mesmo estando em férias, sempre clássico, prático e discreto. Ela ficou linda de óculos de sol, não é (Diva)?

Como eu imaginava, a interação Mulder e Scully foi escrita por Chris Carter, pois o autor achou muito fora dos personagens a interação criada por King. Realmente não daria para mexer na química dos dois como nosso “cabeça de parafina” sabe fazer. Ele é o terceiro elemento da equação química dos nossos protagonistas.

Alguns detalhes tornam a história muito assustadora e marcam que coisas ruins vão acontecer, o que cria a tensão necessária no telespectador. A música “The Hockey Pochey” se afirma como uma “assinatura” da boneca assassina e apesar de parecer “lúdica” chega a dar arrepios na base da espinha da gente, quando a escutamos no contexto do episódio. As cenas de “assassinato – suicídio” são assustadoras e realistas (ponto para maquiagem e efeitos especiais), muitas vezes invertendo a direção da câmera e nos fazendo ver o que a vítima vê. A menina sempre é filmada fora de foco, de lado, com a boneca em foco, é bem perturbador e mostra quem está comandando, ou é como se a boneca manifestasse a fúria crescente da personagem.

O fato de Mulder – mesmo em tom de brincadeira – acertar a solução do caso, oferecendo dados sobre bonecas amaldiçoadas, é um toque divertido, e “dá o troco” do episódio “Guerra das Baratas”  em que a situação era similar, invertidos os papéis, e Scully acerta todos diagnósticos por telefone. Impressionante como cada um é bom em seus campos de especialidade! Scully nem se deu ao luxo de duvidar... "bora fritar esta boneca do mal!"

Pra finalizar, sempre achei a cena do “Scully – Marry me” e a cena final, as “cerejas do bolo” – boa shipper que sempre fui. É muito divertido ver Scully chegar “por cima” na cena final, e agir como se tivesse conhecido um cara nas férias (quem não se lembra de “Never Again” É para matar o Mulder de pânico!). Claramente ela age apenas para provocar o parceiro, que ao tirar onda com a velha história “como é bom trabalhar sem alguém para questionar”, perde toda credibilidade, mostrando, que sem sua ruiva baixinha, nada acontece naquele porão! 

[/Cleide]

Quotes:

Mulder: Mulder.
Scully: Sou eu.
Mulder: Achei que estava de férias.
Scully: Estou. Estou no Maine.
Mulder: Disse que queria esquecer de tudo por alguns dias.
Scully: Não quero... quer dizer, quero. O que está vendo, Mulder?
Mulder: Enxames Mortais.

Mulder: Disse que não queria ser incomodada. O que foi?
Scully: Estou em um supermercado. Estou ajudando a polícia local.
Mulder: Ajudando como?
Scully: Não sei como descrever. Não testemunhei o ocorrido, mas há um surto de pessoas agindo com violência involuntariamente.
Mulder: Contra quem?
Scully: Contra si mesmas.

Mulder: Contra si mesmas?
Scully: Batendo na própria cara, arranhando os olhos. Um homem morreu.
Mulder: Morreu? Como?
Scully: Parece que atacou a si mesmo.
Mulder: Parece ser magia ou bruxaria.
Scully: Não acho que seja magia ou bruxaria. Já investiguei e não há provas que justifiquem essa suspeita.
Mulder: Talvez não saiba o que procurar.

Scully: Como evidências de magia negra, ou xamanismo, adivinhação, bruxaria, ou outro tipo de prática pagã ou neo-pagã? Amuletos, cartas, patuás, talismãs, sinais de magia, ou rituais associados com o oculto? Santeria, vudu, macumba, ou qualquer magia branca ou negra?

Mulder: Case-se comigo.

Scully: Tinha em mente algo mais útil.








Outras Imagens de Chinga:

A boneca from hell

Adeus férias!

Ô vida mansa!

Coisa fofa irritante...

Né?