A sexta temporada de Arquivo X chega com muitas novidades. Tendo recebido novo ânimo com o filme (e novos fãs), a série retorna com algumas respostas já dadas e muitas questões novas para queimar nosso cérebro. Além disto, velhos conhecidos nossos voltam com novos propósitos, alguns nem um pouco altruístas e novos personagens aparecem.
Esta temporada também prova que a base de Arquivo X, acima de qualquer outra coisa, é Mulder e Scully. Eles mais uma vez estão proibidos de investigarem casos relacionados à paranormalidade, sequer têm os arquivos físicos, que foram queimados no final da quinta temporada mas seguem firmes em sua busca pela verdade.
Como sempre, ambos os agentes tem o mesmo objetivo, mas eles vão por caminhos diferentes. Mulder, impetuoso, impaciente, franco e sem conseguir conter sua ânsia em descobrir tudo o que está por trás de toda a conspiração governamental em que eles estão envolvidos. Scully, científica, metodódica e mais calma, "precisa de provas pra tudo".
O episódio The End somado ao filme Fight The Future deram a Mulder, e talvez também a muitos de nós, a impressão de que Scully estaria mais aberta a fenômenos "não categorizados", o que ela realmente está. Os mais atentos podem perceber como ela está menos resistente ao que não pode explicar diretamente, e muito mais à vontade com a metodologia do parceiro e sua forma de pensar do que no início. No entanto, o que muitos, inclusive Mulder, demoram a entender é que ninguém pode alterar a si mesmo tão bruscamente, e nada que se apresente mudará a essência de Scully de querer provar cientificamente todos os fenômenos que eles investigam.
Este ponto específico se transforma no grande drama do relacionamento de Mulder e Scully nesta temporada. Como Scully pôde ter visto tudo o que viu (e amar Mulder... ok... shh) e não sair também acreditando em tudo de primeira como ele faz? Essa é uma jornada de uma temporada inteira, e além...
Falando nisso... Esta é, sem dúvida, uma das temporadas mais românticas de Arquivo X. Até a iluminação, a decoração e o clima mais quentes sugerem algo mais apimentado no ar. E assim o foi. Ou quase.
Depois do quase-beijo do filme, muitos esperavam que o romance deles finalmente engatasse ou que eles ao menos passasem a endereçar mais diretamente os seus sentimentos. No lugar disso, no entanto, tivemos uma overdose de criancices de Mulder e um aumento da participação de Diana Folley na vida dos dois, formando um estranho "triângulo amoroso" que Arquivo X definitivamente não precisava.
Isso não nos impediu de nos deliciarmos com cenas inacreditavelmente românticas, apesar de que, espelhando-se no filme, nada jamais passou do quase. Mulder quase se declara conscientemente, Scully quase toma coragem, eles quase se acertam, quase discutem seus sentimentos abertamente... e todos nós quase morremos de frustração.
Não tivemos romance direto entre nossos queridos, verdade, mas foram muitas cenas de ciúmes, inúmeras insinuações de outras pessoas de que Mulder e Scully formavam um casal – muitas delas hilárias -, eles mesmo fingindo ser um, ou apenas discutindo como se fossem casados há anos... Isso tudo ajudado com os temas dos episódios. Monstros roubando o coração dos apaixonados, episódio de natal com fantasmas que fizeram pacto de amor eterno, tivemos até mesmo o primeiro episódio do dia dos namorados!
Aliás, temos aqui a reunião de alguns episódios monstro da semana brilhantes, tais quais: “Triangle”, com um formato de direção peculiar e uma ou duas surpresas para os shipers de plantão; o episódio duplo “Dreamland”, com Mulder... digamos que ele teve uma experiência “extracorpórea”; “How the Ghosts Stole Christmas”, belíssimo episódio de Natal; “Tithonus”, onde descobrimos algo interessante sobre Scully; “Milagro”, uma ode à Scully – e para muitos um divisor de águas, mas conspiraremos juntos quando chegarmos lá; The Unnatural, digirido e escrito por David Duchovny... e muitos outros excelentes (e outros nem tanto pois nem apenas de ótimas histórias vive uma série, não é mesmo?).
Os episódios mitológicos, como sempre, estão incríveis e vão direto ao ponto, dando algumas respostas, mudando o rumo da história e criando novas perguntas ainda mais perturbadoras. Ou seja, são o verdadeiro espírito da série. E, contrariando o clima de "quase" que permeava o relacionamento amoroso dos protagonistas, a mitologia nunca esteve tão definitiva.
Apesar de não ter perdido em qualidade, a mudança drástica no clima da série, especialmente em seus padrões estéticos, fez muitos fãs antigos torcerem o nariz. Tais modificações vieram não apenas da mudança física nas locações das filmagens de Vancouver (Canadá) para Los Angeles (EUA), mas também a recente popularização de AX fez com que os produtores adequassem as histórias para agradar a um público mais amplo. Assim, ganhamos um ar mais hollywoodiano, cenários mais quentes, histórias mais leves, mais humor e perdemos aquele clima sombrio do começo da série. Mas o que foi tão terrível para alguns, não fez diferença e até mesmo agradou a muitos outros. Tanto que AX teve o seu pico de audiência nessa temporada. De qualquer forma, é interessante ver uma série tão bem pensada ir se reinventando através do tempo.
Vamos a ela, então?
7 comentários:
Estou assistindo a quinta temporada, matando a saudade da série e ansiosa para assistir a sexta, em breve!!!!!
Na minha opnião a melhor temporada haha ❤️Amo esses dois❤️
E vamos nós!! Adoro a sexta temporada esperando ansiosa por cada episódio que vai ser comentado por aqui. beijos e até mais. :)
Apenas morta de curiosidade à espera dos episódios desta temporada, que, pra mim, foi a mais romântica!
Que saudade doída, meu Deeeus!
Saudade dessa série tomara que volte mesmo!!!!
1. Tb amo essa temporada.
2. Tb morro de saudades.
3. Tenho medo dessa possível volta, mas td bem. kkkk
Obrigada pelos comentários de vcs, pessoas lindas! :)
PS: Ainda essa semana postamos o primeiro ep. ;-)
ótima temporada.
Retomada do filme e tentativa para o desfecho de muitas perguntas!!!!!
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