Direção: Chris Carter
Roteiro: Chris Carter
Resumo: Na noite de Natal, Mulder e Scully ficam presos em uma casa mal assombrada por fantasmas que fizeram um pacto suicida de amor... e passam a eternidade "encorajando" outros casais a fazerem o mesmo.
Comentários:
[Fê Monteiro]
Adooro o tom sombrio e gótico, com direito a órgão, que o episódio começa. E, apesar disso, é o episódio de natal mais leve que já houve em AX.
“Have yourself a Meery little Christmas...” - e eu sempre associarei essa música a natais cheios de solidão e melancolia...sorry Bing Crosby :/
“Se ouvisse 'Noite Feliz' mais uma vez começaria a fazer vítimas” - Eu te entendo Scully.
Sabe, pra mim ao menos, o Natal realmente remete a uma época mais para tristeza do que para alegria. Provavelmente perdemos seu significado, como os Fantasmas dizem ao final. Tudo se baseia em compras e brigas familiares ou solidão.
Divagações à parte, vamos ao episódio, que apesar de tudo, vem afirmar a atmosfera cômica e mais leve que a sexta temporada ( e LA ) trouxe para Arquivo X.
Claro, que o episódio em si é quase uma sessão de terapia de casal, porém nossos queridos agentes são mais do que isso e muito mais complexos do que qualquer psicologia pop poderia tentar explicar.
Scully: "Conte-me os detalhes."
Mulder (fazendo doce): "Já que você tem coisas natalinas para fazer..." - ahhhh, que carentão! Abraça ele logo!
Mulder narrando a história do trágico casal é algo para se guardar na memória. E é tão bonitinho ver os dois ali juntinhos. É muito legal a forma, quase ensaiada, com que ele dramatiza o caso, na tentativa de atrair sua parceira para dentro daquela aventura às vésperas do Natal. Muito embora nossa querida ruivinha esteja com o carro lotado de embrulhos. E eu pergunto, para quem tanto? Sem querer soar a cruel mas não sei nem se o Bill estava aparecendo mais para as festas (não que faça falta também). Vai saber...
Mulder (trabalhado no espanto): "Você não acredita em fantasmas???"
Gente, até eu fiquei surpresa! Quem não acredita em fantasmas afinal? É uma coisa tão óbvia! ETs, conspirações governamentais, monstros humanoides, são passíveis incredibilidade. Mas fantasmas? Achei que fosse uma unanimidade.
A carinha de frustração dele quando vê que não vai conseguir convencê-la a participar da brincadeira dói até na gente. Até porque, ele planejou tudo aquilo pra ela. Tenho pra mim, após muito assistir ao episódio, que não existe nenhuma outra explicação para ele estar ali, numa véspera de Natal, com a história toda ensaiadinha na ponta da língua – uma história sobre amantes trágicos – a não ser a de que esse é o jeitinho Mulder de levar a sua parceira para se divertir. Afinal, não era nenhum caso ao qual ele fora designado. E se ela não entrasse com ele, qual seria a graça?
Por isso mesmo ele encarna o adolescente curioso que invade propriedades abandonadas e que leva junto a “amiguinha” cética e inteligente que racionaliza tudo para pregar uns bons sustos nela e curtir suas reações.
Até hoje tenho minhas dúvidas se foi Mulder quem escondeu as chaves do carro da Scully, se foi ela que bancou a fingida ou se foram os fantasmas. Porém tendo mais para o Mulder mesmo, até porque quando Maurice o questiona sobre isso, ele faz aquela carinha de “I'm a guilty man”. Mas, de qualquer forma, Scully jamais iria deixar o nosso fofo passar o Natal assim sozinho. Fatão!
Um ligeiro arrependimento deve ter passado pela cabeça do Mulder com Scully se auto-afirmando sobre não ter medo e não parando de falar nem um minuto justamente para disfarçar o medo. Levou até um “Shhhh” do parceiro! Eu dela fazia a aterrorizada e grudava nele. Mas falar o que dessas oportunidades perdidas....tsc tsc
Vou falar que esse epi nunca me deu medo, até porque não é a intenção. Mas, ver aquela cena do relógio na entrada com o relâmpago e a suave aparição do fantasma da Lyda, assistindo provavelmente às onze e cacetada da noite, na escuridão da minha sala, de lado para um corredor e sozinha...confesso que rolou um medinho. Irracional é claro :p
Mulder: “Eu te dou cobertura” - valente feito uma marmota!
Engraçado como as pessoas podem, literalmente, enfrentar de tudo. Mas ninguém é corajoso depois que ouve um barulho em casa, sozinho, à noite.
Cena preferida #1: Como não amar o clássico susto da lanterna abaixo do rosto? Scully adora também...SQN.
Scully: “Sabe o que é estranho? Ela está usando a minha roupa.”
Mulder: “Que embaraçoso.” - e não é mesmo? Nenhuma mulher gosta disso. Mas se fosse um daqueles modelitos clássicos da Scully das primeiras temporadas, tenho certeza que nem o esqueleto ía imitar.
Demora, mas a ficha deles cai e descobrem que os corpos são eles amanhã...ou hoje mesmo no caso.
Agora, tenho que falar. Do alto de toda a esperteza e inteligência reunidas nessas duas cabecinhas, o que eles fazem quando se deparam com o fato de não haver saída? Se separam, lógico.
E então começam as sessões de análise. Só em Arquivo X para aparecerem fantasmas PHDs. Também, depois de décadas presos numa casa para toda a eternidade, há que se arrumar um hobby!
Maurice: “Você se considera coerente, mas tende a ser obsessivo compulsivo, viciado em trabalho, antissocial...”
Mulder: “Acho que não me enquadro.” - Pior cego é aquele que não quer ver...
Maurice: “Eu sei porque você faz isso. Escutar pacientemente (oi?) as racionalizações monótonas dela. Porque tem medo. Medo da solidão. Estou certo?” - Não fio, não está. É amor mesmo :D
Lyda (para Scully): "Talvez você reprima as razões pelas quais está aqui, fingindo ser por obrigação ou lealdade, incapaz de reconhecer seu segredinho: a única alegria em sua vida é provar que ele está errado." - hum, tem outras alegrias heim ;)
Sabe, na verdade, toda essa sessão de terapia feita em nossos queridos são meias verdades, que eles próprios tentam esconder sim. O tempo todo os fantasmas estão fazendo esse joguinho psicológico para atingir sua meta de véspera de Natal do ano. Porém, eles não contam com o fato de que esse casal em especial (que ainda nega o fato de ser um) é muito mais profundo e complexo que todas essas baboseiras que podem até colar com outros casais. Não é um mero jogo de ilusões que os colocará um contra o outro. Todo esse papo é muito mais um presente para nós, algumas revelações que eles nunca diriam, mas que afirmam com o olhar e gestos, como o suspiro que o Mulder solta quando explica que ele e a parceira não são amantes. Isso diz muito, muito mesmo!
Cena preferida #2: Levando em conta que esse foi o episódio de custo mais baixo da temporada, o efeito dos buracos nos corpos de Maurice e Lyda são demais! Amo a cara da Scully e sua reação, apesar de que, para alguém que lida tanto com mortos em estados muito piores, ela fica um pouco alterada demais. Só porque esses mortos estão vivos (oi?).
Lyda: “Eu espero que sua parceira o ache mais charmoso do que eu acho.” - Opa! E como! Charmoso, lindo, gostoso, necessário...ai, me empolguei...
Cena preferida #3: Os livros saindo das prateleiras. Sempre quis ter esse poder :)
Lyda: “Deveriam ter conversado sobre seus sentimentos antes de virem” - pois é fofa, a gente vive falando isso pra eles!
Depois que assisti à entrevista deles do NY Comic Con Paley Center é impossível assistir esse epi sem lembrar do DD falando sobre a cena em que Mulder dispara contra Scully, sobre a expressão dela, como a situação é triste. E é mesmo, naquele ponto do relacionamento deles, fico pensando como ela se sentiu na hora, sem saber que não era ele. Também é impossível não ter pensamentos pervs sobre os presentes trocados, após as sugestões dadas... :x
Pena que os créditos, para variar, aparecem cedo demais, nos deixando no mínimo curiosos. Mas faz parte do mistério né... [/Fê Monteiro]
[Josi] Este é um de meus episódios prediletos. Amo absolutamente tudo dele. Todo ano eu o assisto no dia de Natal... já é tradição. E o que isso significa? Já tenho decoradas todas as cenas e cada expressãozinha que eles fazem. :D
O primeiro shot é perfeito. A música gótica com clima de filmes de terror de décadas atrás passa um sentimento de nostalgia e suspense. Corta para Mulder sozinho num carro e música clássica de Natal. Linda, aliás...
"Have yourself a merry little Christmas..." - Tenho essa música em umas 10 versões diferentes. Essa de AX é de Bing Crosby.
Logo de cara, quando eu o vi pela primeira vez, eu me apaixonei por aquele sorrisão da Scully no início. Como eu comecei a assistir a série pelas maluquices que a Record fazia na época, meu primeiro contato com ela foi um mix de episódios da terceira e quarta temporadas, ou seja, eu os peguei numa época meio obscura e os sorrisos de Scully eram muuuito raros, ainda mais estes assim tão genuínos.
Amo a forma dramática com que Mulder conta a história dos fantasmas do casarão... oh Mulder. Você é um ótimo contador de histórias... especialmente quando guarda as informações mais importantes e chocantes para o final justo quando Scully está se desinteressando pelo caso. rs
Mas... tenho que concordar com os fantasmas... Mulder deveria mesmo estar querendo apenas a companhia de Scully ao chamá-la para aquele programa sem noção em pleno Natal. Interessante como a família de Mulder sequer tentava fingir qualquer normalidade. Nem mesmo nessa data, ele ia ver a mãe que não tinha mais ninguém como família também...
Mulder: "Você não acredita em fantasmas?"
Scully: "Isso te surpreende?"
Eu: E todos os casos de fantasmas que vocês já resolveram, criatura?
O que os fantasmas fariam se Mulder não tivesse chamado a Scully? Se roeriam de raiva e pronto né? Afinal, a maldição deles funciona apenas para casais... E Mulder iria para casa frustrado...
Agora... concordo com Scully... Nosso medo irracional por coisas que não estamos esperando faria qualquer um tremer num cenário daqueles. Não apenas por todo o clima, mas também pelos barulhos e surpresas do tipo a porta se fechando de repente.
Mulder: "Fantasmas são criaturas benevolentes. Quase sempre." - Tendo acabado de assistir à primeira temporada, eu não acredito que ele falou isso. omg
Eu sou tão Scully que dói. Eu também tentaria racionalizar o máximo que pudesse... entenderia que aquilo era algo irracional. E, no final, sim, eu iria até aquela bendita porta. Morrendo de medo, mas iria. kkkk
Mulder: "Três homicídios duplos nos últimos três anos..." - E você acha legal ter um encontro com a Scully aí??? (ahh... isso foi um "date", gente... à la mulder. kkkk)
Cara... eu o matava. Eu bateria nele até que ele estivesse estirado no chão inconsciente. Que desgraçado! Medo da moléstia!!! Tadinha da Scully!!!
Agora... um esqueleto aparentemente feminino de cabelos ruivos acima da altura dos ombros e outro aparentemente masculino de cabelos escuros... e eles ainda demoram pra ver que são eles. huahauhaua ok.
Eu nunca me conformo deles se separarem... já vi este episódio mais vezes do que eu posso contar... e nunca me conformo! Havia outras maneiras de confirmar se era uma formação triangular ou o que quer que eles queriam saber... eles não precisavam se separar!
Mas como duvidar que o senhor é mesmo um fantasma se ele não dá a mínima pra arma? Qualquer um se sentiria um pouco incomodado... a não ser que a coisa não oferecesse nenhum risco para ele, não é?
Maurice: "Você sente um impulso incontrolável de fazer as pessoas acreditarem em você?" - QUEM PERGUNTA ALGO ASSIM??? KKKKKKKKK
E aquela categoria??? Ele tá te xingando, Mulder! Deixa não!
Mulder: "Para-masturbatório?" - Né? Isso existe? hahahahahaha
Dúvida: Então Mulder realmente roubou as chaves de Scully? aff
Bom, como os fantasmas devem investigar as mentes de Mulder e Scully, eles sabem bem como lidar com eles. Com Mulder, eles o fazem duvidar da realidade... Com Scully, eles a reasseguram dos fatos. E assim, eles os desestruturam emocionalmente...
A pobrezinha da Scully. Acho que o medo irracional foi demais.
Maurice: "Essa psicologia barata é horrível. Só os irrita." - Fato.
Lyda: "Ninguém se sente desesperançoso no Halloween..." - Né? Menos diversão pra vocês... Mas são fantasmas adoráveis, não é? Eles só querem se divertir fazendo pessoas se sentirem miseráveis até terem pensamentos e atos suicidas. Mas são fofos e adoráveis. rs
Assim, vamos conversar! Lyda fala que aquele seria o último Natal que Mulder passaria sozinho. Assim... este mesmo ele passou com Scully... daí o próximo, nas minhas teorias, eles já estavam juntos... então, Scully pode ter jantado com a família e tal... mas provavelmente voltou para ele, certo? Eu não acredito muito naquele "Merry Christmas" de Mulder lá de dentro do buraco... acho que tudo faz parte da performance deles para o mundo... Quando foi o Natal depois daquele de Millenium? Eu não lembro... Foi com Mulder morto/desaparecido? O.o
Voltando... Scully, fia... Você viu a cabeça dele estourada... essa arma não adianta de nada. hihihi
Ai, gente que bonitinho que eles pensam que um atirou no outro mas não têm coragem de se vingar. Aposto que Lyda e Maurice não esperavam por esse tipo de amor. ;-)
Daí quando eles finalmente percebem que é mesmo tudo um truque, saem correndo em disparada. kkkkk Ah, Mulder... como Scully já disse uma vez, alguns mistérios é para continuarem sem resolução. Deixa esses fantasmas quietos!
Scully: "Nada daquilo realmente aconteceu. Tudo estava nas nossas cabeças, não é?" - Lógico. Tanto que nenhum de vocês está machucado, não é? :P
Mas um pensamento me ocorreu agora. Eles deviam voltar lá em outro dia. Pra saber como a casa é realmente sem estar sendo assombrada. Né? Ai meu Deus! Agora fiquei curiosa. rs
Ah, esses dois... admitam logo seus sentimentos, seus bestões! Sim, Scully, você nada na negação. E, sim, Mulder, você é muito arrogante, baixe a bola e pare de pensar que Scully tem que falar antes. ;)
Então, chegamos ao grande mistério de Arquivo X! O QUE HÁ NESSES PACOTES???
Ei... eu acho que Scully deu uma fita cassete pra Mulder. Tá no formato certo, né? Eita! E o presente dela? O que seria? Mistéeeerio.
Acho esse episódio brilhante... lindo, engraçado, nostálgico... Honestamente, eu não me canso de assistir. Aliás, estranho vê-lo sem ser Natal. rs E como Maurice disse, tudo o que eles falam é apenas psicologia barata. Algo que uma pessoa desavisada acharia deles superficialmente. Os sentimentos dos dois vão muito além de apenas uma necessidade baseada na solidão e na excitação do perigo. Afinal, antes de qualquer outra coisa, as mentes deles que se apaixonaram primeiro. [/Josi]
[Tessa] Eu fiquei pensando como a infância do Mulder deve ter sido difícil… se a família dele já não era um modelo de honestidade, depois da abdução da Samantha a coisa deve ter virado um inferno.
Como vimos em Surpresa no Natal, o Mulder passa os natais sozinho... diferente da Scully que é sozinha por escolha, o Mulder não tem ninguém por que como ele mesmo disse: “eu sou difícil de se conviver”.
Reparem que o Mulder pendurou uma meia listrada perto do aquário... foi o mais perto de uma decoração natalina que ele chegou... não sei se choro ou acho graça!!! [/Tessa]
[Cleide] Este episódio, se não me engano, é o primeiro (talvez único) episódio fofo de Natal de Arquivo X, acho que tudo isto tem a ver com a leveza da sexta temporada, sim, nesta fase podemos dizer que nossos protagonistas foram por algum tempo relativamente felizes... estava à vontade em seu trabalho e sua parceria, apesar dos problemas e frustrações que todo mundo tem.
Scully até se dá ao luxo de participar de eventos sociais e familiares, como comprar presentes de Natal e comemorar em família (na quinta temporada vimos a inadequação dela nestes eventos, a experiência de quase morte parece ter mudando seu ponto de vista). Mulder, por sua vez, é bem solitário nestes eventos, filho de família desfeita... o mais próximo de família que ele tem é a parceira, e por isto eu acho que inventa suas peripécias para atrair a parceira para suas aventuras. De certa forma, acho que visitar uma casa assombrada com uma história de amores infelizes faz parte de seu entendimento de “encontro”. Temos que destacar também a sua maturidade, quando Scully fazendo piada com o clichê da situação, diz ter soltado um pum... parece o humor dos meus alunos da educação infantil... (mas é tão adorável quanto).
Acho muito persuasivo o jeito que Mulder romantiza toda história de amor dos fantasmas, Scully “escaldada” não cai e ele sabia que ela não cairia mais – a este ponto já se conheciam bem demais - e engana Scully pegando a chave do seu carro... Scully, apesar de negar, pela expressão do rosto sabemos que ela adora o jogo, ser “seduzida” para mais uma aventura doida de Mulder. Provavelmente por este “vício” que ela desenvolveu, colocou como resolução de ano “não cair nas roubadas de Mulder” ... pobrezinha!
O visual do episódio é muito legal, homenageando os filmes clássicos de terror, nos faz quase voltar na infância, quando gostávamos de brincar de castelo mal assombrado, evocando os mesmos clichês. Dentro da casa, percebemos pela maneira que Mulder fala, que parece que nem ele estava levando a sério toda história, e sim tentando manter Scully com ele e assustá-la, para se divertir, lembrem-se era um “encontro”.
Curiosamente Scully entra numa racionalização e falação, além do comum, como uma válvula de escape para o medo irracional que ela sentia na situação. Conforme os fenômenos vão aumentando, os dois ficam com medo, embora Scully racionalize bastante. Só com os dois presos na casa, sem poder sair, que nosso querido conta à parceira dos assassinatos duplos que acontecem na casa em todo Natal. É muito divertido ver os dois ficando cada vez mais histéricos!
O maior truque dos fantasmas é fazê-los encontrar os dois cadáveres com as roupas iguais a que estão vestidos... creeeeepyyy! É muito divertido vê-los com medo, pois são sempre tão destemidos, já viram tanta coisa estranha... é até fora do comum imaginar que umas portas batendo e umas luzes acendendo os assustaria depois de Home, Calusari, entre outros...
Os diálogos dos fantasmas com os agentes são muito bons. É legal ver Mulder com o fantasma tentando confundi-lo, inicialmente com o objetivo de fazer o agente parecer doido e depois passa para a análise da personalidade de Mulder : “Egomaníacos, narcisistas, super zelosos, hipócritas” entre outros, e cai na crença em extraterrestres, até chegar na causa: solidão e desajuste social... e é hilário ver que Mulder parou no para-masturbatório. Por fim, a entidade o truque de Mulder: “Você roubou as chaves dela?” e emenda: “escuta pacientemente as racionalizações monótonas dela por que tem medo, medo da solidão”.
Scully está atipicamente histérica neste episódio. E seu diálogo/análise com a fantasma não é menos intrigante: “sua vida deve ser tão pobre, passando a véspera de Natal com ele, atrás de coisas que nem acredita(...) está na sua cara o medo, as ânsias conflitantes, o desejo inconsciente de se realizar em outra pessoa. Intimidade pela co-dependência. Talvez você reprima os motivos de estar aqui, fingindo ser por obrigação ou lealdade, incapaz de reconhecer seu segredinho: sua única felicidade na vida é provar que ele está errado. ” achei tão cruel... mas o objetivo dela não era dizer a verdade e sim deprimir as presas para conseguir seu objetivo.
Uma coisa que me surpreende: Scully desmaiar quando eles mostram os buracos – tadinha! Dá pra acreditar que depois de tantas autópsias, isto ia derrubá-la? A motivação dos fantasmas, seu espírito e tradição de natal era mostrar às pessoas o quanto a data poderia ser solitária...
Quando os fantasmas trocam de vítimas, eu quase morro de rir, por que Mulder dá uma de malcriado tocando na fantasma para ver se não é fantasma, e a chama de “desleixada”, Mulder voltou aos 7 anos neste episódio. E é de dar risada quando ela o acusa de abuso e de ser xingada de nomes... “Já fui jovem e bonita como sua parceira”, “Deviam ter discutido seus reais sentimentos antes de vir aqui” a cara de Mulder ouvindo estas coisas é impagável! “Não mostro meu buraco pra qualquer um!” “Por que está mostrando pra mim???” huahuahua
Ambos fantasmas tentando convencer Mulder e Scully de que há um pacto de amor subconsciente para eles se matarem, e como eles parecem não cair muito nesse papo, trapaceiam fazendo Scully pensar que Mulder atirou nela e vice-versa.
Mas desta vez não eram quaisquer bobinhos que os fantasmas estavam enganando... era tudo uma ilusão para que eles realmente matassem um ao outro. Mulder percebe o truque e fogem antes de meia noite... apavorados!
O finalzinho fofo é um bônus, dá dó de ver a tristeza de Mulder sozinho em casa e como ele acha que bateram na porta do andar de cima... (nem dá pra condená-lo por tentar atrair Scully para uma roubada, mas por quê simplesmente não a convidou pra jantar, né?). Scully chega na casa dele de madrugada, e entra sem nenhuma cerimônia, eles tem uma intimidade engraçada...
É legal que eles negam o que os fantasmas disseram ou tentaram fazer com que eles acreditassem, a afeição que dividiam era maior do que aquela bobagem, eles sabiam. E acabam de certa forma admitindo que gostam de estar juntos, os momentos que passam juntos importam, e trocam presentes mostrando o quanto já fazem parte um da vida do outro, muito além do profissional.
[/Cleide]
Quotes:
Scully: Mulder... nada daquilo aconteceu de verdade esta noite. Foi tudo imaginação, não foi?
Mulder: Deve ter sido.
Scully: Não que meu maior prazer seja provar que está errado.
Mulder: Quando já fez isso?
Scully: Por que me quis lá com você?
Mulder: Não quis estar lá? ... Estou sendo farisaico e narcisista ao dizer isto, não é?
Scully: Não, quer dizer, talvez quisesse estar lá com você.
Mulder: Sei que combinamos de não comprarmos presentes, mas tenho algo para você.
Scully: Mulder...
Mulder: Feliz Natal.
Scully: Também tenho algo para você.
Outras Imagens de HTGSC:
Fonte de GIFs e edits: x x x x x x
Roteiro: Chris Carter
Resumo: Na noite de Natal, Mulder e Scully ficam presos em uma casa mal assombrada por fantasmas que fizeram um pacto suicida de amor... e passam a eternidade "encorajando" outros casais a fazerem o mesmo.
Comentários:
[Fê Monteiro]
Adooro o tom sombrio e gótico, com direito a órgão, que o episódio começa. E, apesar disso, é o episódio de natal mais leve que já houve em AX.
“Have yourself a Meery little Christmas...” - e eu sempre associarei essa música a natais cheios de solidão e melancolia...sorry Bing Crosby :/
“Se ouvisse 'Noite Feliz' mais uma vez começaria a fazer vítimas” - Eu te entendo Scully.
Sabe, pra mim ao menos, o Natal realmente remete a uma época mais para tristeza do que para alegria. Provavelmente perdemos seu significado, como os Fantasmas dizem ao final. Tudo se baseia em compras e brigas familiares ou solidão.
Divagações à parte, vamos ao episódio, que apesar de tudo, vem afirmar a atmosfera cômica e mais leve que a sexta temporada ( e LA ) trouxe para Arquivo X.
Claro, que o episódio em si é quase uma sessão de terapia de casal, porém nossos queridos agentes são mais do que isso e muito mais complexos do que qualquer psicologia pop poderia tentar explicar.
Scully: "Conte-me os detalhes."
Mulder (fazendo doce): "Já que você tem coisas natalinas para fazer..." - ahhhh, que carentão! Abraça ele logo!
Mulder narrando a história do trágico casal é algo para se guardar na memória. E é tão bonitinho ver os dois ali juntinhos. É muito legal a forma, quase ensaiada, com que ele dramatiza o caso, na tentativa de atrair sua parceira para dentro daquela aventura às vésperas do Natal. Muito embora nossa querida ruivinha esteja com o carro lotado de embrulhos. E eu pergunto, para quem tanto? Sem querer soar a cruel mas não sei nem se o Bill estava aparecendo mais para as festas (não que faça falta também). Vai saber...
Mulder (trabalhado no espanto): "Você não acredita em fantasmas???"
Gente, até eu fiquei surpresa! Quem não acredita em fantasmas afinal? É uma coisa tão óbvia! ETs, conspirações governamentais, monstros humanoides, são passíveis incredibilidade. Mas fantasmas? Achei que fosse uma unanimidade.
A carinha de frustração dele quando vê que não vai conseguir convencê-la a participar da brincadeira dói até na gente. Até porque, ele planejou tudo aquilo pra ela. Tenho pra mim, após muito assistir ao episódio, que não existe nenhuma outra explicação para ele estar ali, numa véspera de Natal, com a história toda ensaiadinha na ponta da língua – uma história sobre amantes trágicos – a não ser a de que esse é o jeitinho Mulder de levar a sua parceira para se divertir. Afinal, não era nenhum caso ao qual ele fora designado. E se ela não entrasse com ele, qual seria a graça?
Por isso mesmo ele encarna o adolescente curioso que invade propriedades abandonadas e que leva junto a “amiguinha” cética e inteligente que racionaliza tudo para pregar uns bons sustos nela e curtir suas reações.
Até hoje tenho minhas dúvidas se foi Mulder quem escondeu as chaves do carro da Scully, se foi ela que bancou a fingida ou se foram os fantasmas. Porém tendo mais para o Mulder mesmo, até porque quando Maurice o questiona sobre isso, ele faz aquela carinha de “I'm a guilty man”. Mas, de qualquer forma, Scully jamais iria deixar o nosso fofo passar o Natal assim sozinho. Fatão!
Um ligeiro arrependimento deve ter passado pela cabeça do Mulder com Scully se auto-afirmando sobre não ter medo e não parando de falar nem um minuto justamente para disfarçar o medo. Levou até um “Shhhh” do parceiro! Eu dela fazia a aterrorizada e grudava nele. Mas falar o que dessas oportunidades perdidas....tsc tsc
Vou falar que esse epi nunca me deu medo, até porque não é a intenção. Mas, ver aquela cena do relógio na entrada com o relâmpago e a suave aparição do fantasma da Lyda, assistindo provavelmente às onze e cacetada da noite, na escuridão da minha sala, de lado para um corredor e sozinha...confesso que rolou um medinho. Irracional é claro :p
Mulder: “Eu te dou cobertura” - valente feito uma marmota!
Engraçado como as pessoas podem, literalmente, enfrentar de tudo. Mas ninguém é corajoso depois que ouve um barulho em casa, sozinho, à noite.
Cena preferida #1: Como não amar o clássico susto da lanterna abaixo do rosto? Scully adora também...SQN.
Scully: “Sabe o que é estranho? Ela está usando a minha roupa.”
Mulder: “Que embaraçoso.” - e não é mesmo? Nenhuma mulher gosta disso. Mas se fosse um daqueles modelitos clássicos da Scully das primeiras temporadas, tenho certeza que nem o esqueleto ía imitar.
Demora, mas a ficha deles cai e descobrem que os corpos são eles amanhã...ou hoje mesmo no caso.
Agora, tenho que falar. Do alto de toda a esperteza e inteligência reunidas nessas duas cabecinhas, o que eles fazem quando se deparam com o fato de não haver saída? Se separam, lógico.
E então começam as sessões de análise. Só em Arquivo X para aparecerem fantasmas PHDs. Também, depois de décadas presos numa casa para toda a eternidade, há que se arrumar um hobby!
Maurice: “Você se considera coerente, mas tende a ser obsessivo compulsivo, viciado em trabalho, antissocial...”
Mulder: “Acho que não me enquadro.” - Pior cego é aquele que não quer ver...
Maurice: “Eu sei porque você faz isso. Escutar pacientemente (oi?) as racionalizações monótonas dela. Porque tem medo. Medo da solidão. Estou certo?” - Não fio, não está. É amor mesmo :D
Lyda (para Scully): "Talvez você reprima as razões pelas quais está aqui, fingindo ser por obrigação ou lealdade, incapaz de reconhecer seu segredinho: a única alegria em sua vida é provar que ele está errado." - hum, tem outras alegrias heim ;)
Sabe, na verdade, toda essa sessão de terapia feita em nossos queridos são meias verdades, que eles próprios tentam esconder sim. O tempo todo os fantasmas estão fazendo esse joguinho psicológico para atingir sua meta de véspera de Natal do ano. Porém, eles não contam com o fato de que esse casal em especial (que ainda nega o fato de ser um) é muito mais profundo e complexo que todas essas baboseiras que podem até colar com outros casais. Não é um mero jogo de ilusões que os colocará um contra o outro. Todo esse papo é muito mais um presente para nós, algumas revelações que eles nunca diriam, mas que afirmam com o olhar e gestos, como o suspiro que o Mulder solta quando explica que ele e a parceira não são amantes. Isso diz muito, muito mesmo!
Cena preferida #2: Levando em conta que esse foi o episódio de custo mais baixo da temporada, o efeito dos buracos nos corpos de Maurice e Lyda são demais! Amo a cara da Scully e sua reação, apesar de que, para alguém que lida tanto com mortos em estados muito piores, ela fica um pouco alterada demais. Só porque esses mortos estão vivos (oi?).
Lyda: “Eu espero que sua parceira o ache mais charmoso do que eu acho.” - Opa! E como! Charmoso, lindo, gostoso, necessário...ai, me empolguei...
Cena preferida #3: Os livros saindo das prateleiras. Sempre quis ter esse poder :)
Lyda: “Deveriam ter conversado sobre seus sentimentos antes de virem” - pois é fofa, a gente vive falando isso pra eles!
Depois que assisti à entrevista deles do NY Comic Con Paley Center é impossível assistir esse epi sem lembrar do DD falando sobre a cena em que Mulder dispara contra Scully, sobre a expressão dela, como a situação é triste. E é mesmo, naquele ponto do relacionamento deles, fico pensando como ela se sentiu na hora, sem saber que não era ele. Também é impossível não ter pensamentos pervs sobre os presentes trocados, após as sugestões dadas... :x
Pena que os créditos, para variar, aparecem cedo demais, nos deixando no mínimo curiosos. Mas faz parte do mistério né... [/Fê Monteiro]
[Josi] Este é um de meus episódios prediletos. Amo absolutamente tudo dele. Todo ano eu o assisto no dia de Natal... já é tradição. E o que isso significa? Já tenho decoradas todas as cenas e cada expressãozinha que eles fazem. :D
O primeiro shot é perfeito. A música gótica com clima de filmes de terror de décadas atrás passa um sentimento de nostalgia e suspense. Corta para Mulder sozinho num carro e música clássica de Natal. Linda, aliás...
"Have yourself a merry little Christmas..." - Tenho essa música em umas 10 versões diferentes. Essa de AX é de Bing Crosby.
Logo de cara, quando eu o vi pela primeira vez, eu me apaixonei por aquele sorrisão da Scully no início. Como eu comecei a assistir a série pelas maluquices que a Record fazia na época, meu primeiro contato com ela foi um mix de episódios da terceira e quarta temporadas, ou seja, eu os peguei numa época meio obscura e os sorrisos de Scully eram muuuito raros, ainda mais estes assim tão genuínos.
Amo a forma dramática com que Mulder conta a história dos fantasmas do casarão... oh Mulder. Você é um ótimo contador de histórias... especialmente quando guarda as informações mais importantes e chocantes para o final justo quando Scully está se desinteressando pelo caso. rs
Mas... tenho que concordar com os fantasmas... Mulder deveria mesmo estar querendo apenas a companhia de Scully ao chamá-la para aquele programa sem noção em pleno Natal. Interessante como a família de Mulder sequer tentava fingir qualquer normalidade. Nem mesmo nessa data, ele ia ver a mãe que não tinha mais ninguém como família também...
Mulder: "Você não acredita em fantasmas?"
Scully: "Isso te surpreende?"
Eu: E todos os casos de fantasmas que vocês já resolveram, criatura?
O que os fantasmas fariam se Mulder não tivesse chamado a Scully? Se roeriam de raiva e pronto né? Afinal, a maldição deles funciona apenas para casais... E Mulder iria para casa frustrado...
Agora... concordo com Scully... Nosso medo irracional por coisas que não estamos esperando faria qualquer um tremer num cenário daqueles. Não apenas por todo o clima, mas também pelos barulhos e surpresas do tipo a porta se fechando de repente.
Mulder: "Fantasmas são criaturas benevolentes. Quase sempre." - Tendo acabado de assistir à primeira temporada, eu não acredito que ele falou isso. omg
Eu sou tão Scully que dói. Eu também tentaria racionalizar o máximo que pudesse... entenderia que aquilo era algo irracional. E, no final, sim, eu iria até aquela bendita porta. Morrendo de medo, mas iria. kkkk
Mulder: "Três homicídios duplos nos últimos três anos..." - E você acha legal ter um encontro com a Scully aí??? (ahh... isso foi um "date", gente... à la mulder. kkkk)
Cara... eu o matava. Eu bateria nele até que ele estivesse estirado no chão inconsciente. Que desgraçado! Medo da moléstia!!! Tadinha da Scully!!!
Agora... um esqueleto aparentemente feminino de cabelos ruivos acima da altura dos ombros e outro aparentemente masculino de cabelos escuros... e eles ainda demoram pra ver que são eles. huahauhaua ok.
Eu nunca me conformo deles se separarem... já vi este episódio mais vezes do que eu posso contar... e nunca me conformo! Havia outras maneiras de confirmar se era uma formação triangular ou o que quer que eles queriam saber... eles não precisavam se separar!
Mas como duvidar que o senhor é mesmo um fantasma se ele não dá a mínima pra arma? Qualquer um se sentiria um pouco incomodado... a não ser que a coisa não oferecesse nenhum risco para ele, não é?
Maurice: "Você sente um impulso incontrolável de fazer as pessoas acreditarem em você?" - QUEM PERGUNTA ALGO ASSIM??? KKKKKKKKK
E aquela categoria??? Ele tá te xingando, Mulder! Deixa não!
Mulder: "Para-masturbatório?" - Né? Isso existe? hahahahahaha
Dúvida: Então Mulder realmente roubou as chaves de Scully? aff
Bom, como os fantasmas devem investigar as mentes de Mulder e Scully, eles sabem bem como lidar com eles. Com Mulder, eles o fazem duvidar da realidade... Com Scully, eles a reasseguram dos fatos. E assim, eles os desestruturam emocionalmente...
A pobrezinha da Scully. Acho que o medo irracional foi demais.
Maurice: "Essa psicologia barata é horrível. Só os irrita." - Fato.
Lyda: "Ninguém se sente desesperançoso no Halloween..." - Né? Menos diversão pra vocês... Mas são fantasmas adoráveis, não é? Eles só querem se divertir fazendo pessoas se sentirem miseráveis até terem pensamentos e atos suicidas. Mas são fofos e adoráveis. rs
Assim, vamos conversar! Lyda fala que aquele seria o último Natal que Mulder passaria sozinho. Assim... este mesmo ele passou com Scully... daí o próximo, nas minhas teorias, eles já estavam juntos... então, Scully pode ter jantado com a família e tal... mas provavelmente voltou para ele, certo? Eu não acredito muito naquele "Merry Christmas" de Mulder lá de dentro do buraco... acho que tudo faz parte da performance deles para o mundo... Quando foi o Natal depois daquele de Millenium? Eu não lembro... Foi com Mulder morto/desaparecido? O.o
Voltando... Scully, fia... Você viu a cabeça dele estourada... essa arma não adianta de nada. hihihi
Ai, gente que bonitinho que eles pensam que um atirou no outro mas não têm coragem de se vingar. Aposto que Lyda e Maurice não esperavam por esse tipo de amor. ;-)
Daí quando eles finalmente percebem que é mesmo tudo um truque, saem correndo em disparada. kkkkk Ah, Mulder... como Scully já disse uma vez, alguns mistérios é para continuarem sem resolução. Deixa esses fantasmas quietos!
Scully: "Nada daquilo realmente aconteceu. Tudo estava nas nossas cabeças, não é?" - Lógico. Tanto que nenhum de vocês está machucado, não é? :P
Mas um pensamento me ocorreu agora. Eles deviam voltar lá em outro dia. Pra saber como a casa é realmente sem estar sendo assombrada. Né? Ai meu Deus! Agora fiquei curiosa. rs
Ah, esses dois... admitam logo seus sentimentos, seus bestões! Sim, Scully, você nada na negação. E, sim, Mulder, você é muito arrogante, baixe a bola e pare de pensar que Scully tem que falar antes. ;)
Então, chegamos ao grande mistério de Arquivo X! O QUE HÁ NESSES PACOTES???
Ei... eu acho que Scully deu uma fita cassete pra Mulder. Tá no formato certo, né? Eita! E o presente dela? O que seria? Mistéeeerio.
Acho esse episódio brilhante... lindo, engraçado, nostálgico... Honestamente, eu não me canso de assistir. Aliás, estranho vê-lo sem ser Natal. rs E como Maurice disse, tudo o que eles falam é apenas psicologia barata. Algo que uma pessoa desavisada acharia deles superficialmente. Os sentimentos dos dois vão muito além de apenas uma necessidade baseada na solidão e na excitação do perigo. Afinal, antes de qualquer outra coisa, as mentes deles que se apaixonaram primeiro. [/Josi]
[Tessa] Eu fiquei pensando como a infância do Mulder deve ter sido difícil… se a família dele já não era um modelo de honestidade, depois da abdução da Samantha a coisa deve ter virado um inferno.
Como vimos em Surpresa no Natal, o Mulder passa os natais sozinho... diferente da Scully que é sozinha por escolha, o Mulder não tem ninguém por que como ele mesmo disse: “eu sou difícil de se conviver”.
Reparem que o Mulder pendurou uma meia listrada perto do aquário... foi o mais perto de uma decoração natalina que ele chegou... não sei se choro ou acho graça!!! [/Tessa]
[Cleide] Este episódio, se não me engano, é o primeiro (talvez único) episódio fofo de Natal de Arquivo X, acho que tudo isto tem a ver com a leveza da sexta temporada, sim, nesta fase podemos dizer que nossos protagonistas foram por algum tempo relativamente felizes... estava à vontade em seu trabalho e sua parceria, apesar dos problemas e frustrações que todo mundo tem.
Scully até se dá ao luxo de participar de eventos sociais e familiares, como comprar presentes de Natal e comemorar em família (na quinta temporada vimos a inadequação dela nestes eventos, a experiência de quase morte parece ter mudando seu ponto de vista). Mulder, por sua vez, é bem solitário nestes eventos, filho de família desfeita... o mais próximo de família que ele tem é a parceira, e por isto eu acho que inventa suas peripécias para atrair a parceira para suas aventuras. De certa forma, acho que visitar uma casa assombrada com uma história de amores infelizes faz parte de seu entendimento de “encontro”. Temos que destacar também a sua maturidade, quando Scully fazendo piada com o clichê da situação, diz ter soltado um pum... parece o humor dos meus alunos da educação infantil... (mas é tão adorável quanto).
Acho muito persuasivo o jeito que Mulder romantiza toda história de amor dos fantasmas, Scully “escaldada” não cai e ele sabia que ela não cairia mais – a este ponto já se conheciam bem demais - e engana Scully pegando a chave do seu carro... Scully, apesar de negar, pela expressão do rosto sabemos que ela adora o jogo, ser “seduzida” para mais uma aventura doida de Mulder. Provavelmente por este “vício” que ela desenvolveu, colocou como resolução de ano “não cair nas roubadas de Mulder” ... pobrezinha!
O visual do episódio é muito legal, homenageando os filmes clássicos de terror, nos faz quase voltar na infância, quando gostávamos de brincar de castelo mal assombrado, evocando os mesmos clichês. Dentro da casa, percebemos pela maneira que Mulder fala, que parece que nem ele estava levando a sério toda história, e sim tentando manter Scully com ele e assustá-la, para se divertir, lembrem-se era um “encontro”.
Curiosamente Scully entra numa racionalização e falação, além do comum, como uma válvula de escape para o medo irracional que ela sentia na situação. Conforme os fenômenos vão aumentando, os dois ficam com medo, embora Scully racionalize bastante. Só com os dois presos na casa, sem poder sair, que nosso querido conta à parceira dos assassinatos duplos que acontecem na casa em todo Natal. É muito divertido ver os dois ficando cada vez mais histéricos!
O maior truque dos fantasmas é fazê-los encontrar os dois cadáveres com as roupas iguais a que estão vestidos... creeeeepyyy! É muito divertido vê-los com medo, pois são sempre tão destemidos, já viram tanta coisa estranha... é até fora do comum imaginar que umas portas batendo e umas luzes acendendo os assustaria depois de Home, Calusari, entre outros...
Os diálogos dos fantasmas com os agentes são muito bons. É legal ver Mulder com o fantasma tentando confundi-lo, inicialmente com o objetivo de fazer o agente parecer doido e depois passa para a análise da personalidade de Mulder : “Egomaníacos, narcisistas, super zelosos, hipócritas” entre outros, e cai na crença em extraterrestres, até chegar na causa: solidão e desajuste social... e é hilário ver que Mulder parou no para-masturbatório. Por fim, a entidade o truque de Mulder: “Você roubou as chaves dela?” e emenda: “escuta pacientemente as racionalizações monótonas dela por que tem medo, medo da solidão”.
Scully está atipicamente histérica neste episódio. E seu diálogo/análise com a fantasma não é menos intrigante: “sua vida deve ser tão pobre, passando a véspera de Natal com ele, atrás de coisas que nem acredita(...) está na sua cara o medo, as ânsias conflitantes, o desejo inconsciente de se realizar em outra pessoa. Intimidade pela co-dependência. Talvez você reprima os motivos de estar aqui, fingindo ser por obrigação ou lealdade, incapaz de reconhecer seu segredinho: sua única felicidade na vida é provar que ele está errado. ” achei tão cruel... mas o objetivo dela não era dizer a verdade e sim deprimir as presas para conseguir seu objetivo.
Uma coisa que me surpreende: Scully desmaiar quando eles mostram os buracos – tadinha! Dá pra acreditar que depois de tantas autópsias, isto ia derrubá-la? A motivação dos fantasmas, seu espírito e tradição de natal era mostrar às pessoas o quanto a data poderia ser solitária...
Quando os fantasmas trocam de vítimas, eu quase morro de rir, por que Mulder dá uma de malcriado tocando na fantasma para ver se não é fantasma, e a chama de “desleixada”, Mulder voltou aos 7 anos neste episódio. E é de dar risada quando ela o acusa de abuso e de ser xingada de nomes... “Já fui jovem e bonita como sua parceira”, “Deviam ter discutido seus reais sentimentos antes de vir aqui” a cara de Mulder ouvindo estas coisas é impagável! “Não mostro meu buraco pra qualquer um!” “Por que está mostrando pra mim???” huahuahua
Ambos fantasmas tentando convencer Mulder e Scully de que há um pacto de amor subconsciente para eles se matarem, e como eles parecem não cair muito nesse papo, trapaceiam fazendo Scully pensar que Mulder atirou nela e vice-versa.
Mas desta vez não eram quaisquer bobinhos que os fantasmas estavam enganando... era tudo uma ilusão para que eles realmente matassem um ao outro. Mulder percebe o truque e fogem antes de meia noite... apavorados!
O finalzinho fofo é um bônus, dá dó de ver a tristeza de Mulder sozinho em casa e como ele acha que bateram na porta do andar de cima... (nem dá pra condená-lo por tentar atrair Scully para uma roubada, mas por quê simplesmente não a convidou pra jantar, né?). Scully chega na casa dele de madrugada, e entra sem nenhuma cerimônia, eles tem uma intimidade engraçada...
É legal que eles negam o que os fantasmas disseram ou tentaram fazer com que eles acreditassem, a afeição que dividiam era maior do que aquela bobagem, eles sabiam. E acabam de certa forma admitindo que gostam de estar juntos, os momentos que passam juntos importam, e trocam presentes mostrando o quanto já fazem parte um da vida do outro, muito além do profissional.
[/Cleide]
Quotes:
Scully: Mulder... nada daquilo aconteceu de verdade esta noite. Foi tudo imaginação, não foi?
Mulder: Deve ter sido.
Scully: Não que meu maior prazer seja provar que está errado.
Mulder: Quando já fez isso?
Scully: Por que me quis lá com você?
Mulder: Não quis estar lá? ... Estou sendo farisaico e narcisista ao dizer isto, não é?
Scully: Não, quer dizer, talvez quisesse estar lá com você.
Mulder: Sei que combinamos de não comprarmos presentes, mas tenho algo para você.
Scully: Mulder...
Mulder: Feliz Natal.
Scully: Também tenho algo para você.
Outras Imagens de HTGSC:
Ambos se acabando de medo, mas Scully finge melhor |
Mulder e Scully... como cadáveres em avançado estado de decomposição |
É pra se desconfiar desse fantasma mesmo... |
Vamos falar sobre alguém aterrorizado? |
É uma fofa |
As coisas que achamos sexy... |
... e românticas com esse nosso ship... |
Alguém ainda está ressabiado |
Fonte de GIFs e edits: x x x x x x
8 comentários:
Um adendo ao seu comentário Fê, aqui no Brasil, final de ano, ficamos igual à Scully de tanto ouvirmos "Então é Natal" da Simone... o ano passa voando e vem ela com esse questionamento angustiante... kkkkk dá vontade de começar a fazer reféns mesmo! Em cada loja que entramos, ao andar nas ruas, toca essa bendita música!
Exatamente Cleide!
Afee..."Então é Natal" é pacabá :/
Oi! ^^
Demorei mas apareci! :)
Gente!! Eu nunca tinha reparado essa meia pendurada perto do aquário!! E olha que eu assisto esse episódio todo Natal (tradição minha também).
A sexta temporada é sem dúvida minha preferida e depois de "HTGSC", gosto muito de "Triângulo".
Super concordo com a frase: "Engraçado como as pessoas podem, literalmente, enfrentar de tudo. Mas ninguém é corajoso depois que ouve um barulho em casa, sozinho, à noite." Afinal, quem nunca??
Adorei os comentários que vocês escreveram sobre o epi. Concordo com tudo!
Beijussss;
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Acabei de saber que na nova temporada Mulder e Scully vão estar separados, não serão mais um casal
São muitos rumores... pode ser que os roteiristas tenham separado Mulder e Scully para tentar recriar aquela tensão sexual entre os dois nos primeiros anos, mas duvido que os deixem separados pela temporada toda sem desagradar 99% dos fãs...
Acho que essa história de tensão sexual entre Mulder e Scully não funciona mais, depois de várias temporadas brincando com isso e agora que nós já sabemos que eles até já moraram juntos. Mas acho que a separação era o destino inevitável dos dois como casal. Em I WANT TO BELIEVE fica claro que Scully quer ter uma vida normal sem ter mais que caçar monstros no escuro com Mulder. Enquanto Mulder, justamente por causa daquela teimosia que fez com que Scully se apaixonasse por ele, não consegue ter uma vida normal.
Então ou Scully abriria mão de ter uma vida normal pra ficar com ele ou Mulder abriria mão de ter uma vida anormal pra ficar com ela. Resultado? Separação.
Oi Anon! Na minha concepção, Scully tb tem uma queda pela vida anormal... senão ela não teria saído da medicina para o FBI e depois fincado os dois pés dentro dos Arquivos X... rs
Mas você está certo de que aquela briguinha em IWTB teria consequências depois... especialmente com a data da invasão se aproximando.
Vamos ver como CC fez essa separação e as razões que ele arrumou pra isso. Não sendo nada ofensivo ou contra a natureza dos personagens, eu ficarei bem com isso. kkkkk
Mas acho que a tensão pode ser recriada sim. De forma diferente, mas ainda atraente de se ver. :)
Beijos!
Josi.
Tenho mas
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