domingo, 1 de novembro de 2015

06x08 - The Rain King (A Dança da Chuva)

Direção: Kim Manners
Roteiro: Jeffrey Bell

Resumo: Mulder e Scully seguem até uma pequena cidade para investigar o caso de um homem que aparentemente tem o poder de fazer chover. O prefeito da cidade desconfia que para obter lucro ele também está causando a maior seca da história local.



Comentários:

[Cleide] Tenho pra mim que “The Rain King” tem um objetivo principal: mostrar como Mulder e Scully já eram praticamente um casal e não percebiam, ou tentavam não perceber, ou percebiam e tentavam disfarçar para que ninguém percebesse.  Neste caso, os detalhes e lances do monstro da semana servem também para fazer esta narrativa.  Desde o teaser com a chuva de corações e música romântica ao encerramento com um dos finais mais felizes dos monstros da semana ao som de “somewhere over the raibow” tudo no episódio aponta para esta mensagem subliminar. Talvez porque os roteiristas quisessem brincar com os fãs que se auto intitulavam “shippers” que eram muitos, e que depois do quase beijo em Fight the Future ficaram ainda mais animados, seja porque perceberam que não dava para ficar naquele lenga-lenga para sempre sem perder o contato com a realidade de duas pessoas maduras, mas a partir daí o clima entre os dois agentes vai os colocar cada vez mais próximos da revelação de seus sentimentos. 

Logo na chegada em Kroner, Mulder e Scully são confundidos pelo prefeito com um casal, “se eu soubesse que você traria a esposa teria arrumado melhores acomodações”, Scully, que na maior parte do episódio morre de “vergonha alheia” (podem reparar, é muito engraçado!) logo desmente, mas Mulder adorou!!
(sério, eu ficaria horas olhado este gif huahuahua é hipnótico). Enquanto ela sempre fica constrangida, ele parece que se diverte cada vez mais com as confusões.


Na estação de TV de novo pensam que são o casal vencedor da promoção, e aí que conhecemos o nosso “monstro da semana”: Holman Hart, que é na verdade um querido... quem já viveu amores platônicos longos como eu vivi, sabe exatamente o que ele estava passando e como é uma tortura não ter coragem de dizer o que sente e ter que se reprimir.  E como quando vivemos estas histórias de amor à distância, nossa visão fica distorcida, observando de fora, acho Holman totalmente compatível com a espalhafatosa Sheila, e ele se acha infinitamente inferior, pois colocou a amada em um pedestal inalcançável.

A cena da vaca, que segundo Mulder tinha endereço certo, é mais uma desculpa para a confusão que se perpetuava: “Coloquei seu namorado no seu quarto”“ele não é meu namorado e queremos quartos separados”“à moda antiga?” (tradução livre minha), Scully toda hora desmente que são um casal, mas não perde uma oportunidade de cuidar do parceiro e o cercar de cuidados... assim fica difícil desmentir as aparências... 

O que me deixa sempre intrigada nessa coisa toda, é que Mulder conversando com Sheila (sendo fofo como de costume), percebe quase que num lance, que alguém estava por detrás do tempo e não era a moça – era o meteorologista. Como ele pode ser tão sensível aos sentimentos dos outros a ponto de perceber pequenas nuances, e ter uma vida tão solitária – pelo menos até Scully aparecer. Ele é uma pessoa que tem uma habilidade de alteridade e compaixão muito afloradas, mas sua própria vida, seus amores são complicados.

Sheila, que não é nada boba, percebe que Mulder é como diríamos “um partidão” – imatura como uma colegial, já constrói um romance todo em torno de si e do agente, sem sequer se perguntar se ele seria comprometido. Sheila é meio como uma versão alegre, feminina e colorida de Padgett (mas isto fica para outro review), e Holman, vamos ver à seguir, conseguiu ler Mulder como um livro. 

Até agora não falei nada do homem que dá título ao episódio, mas ele é patético e de cara os agentes percebem que é uma fraude, a cena da chuva no início entretanto é muito divertida, a dança dele simplesmente nos causa mal estar (e na Scully também) de tão... tão... ah, sei lá!



Quando a farsa do rei da chuva cai por terra, é hora dos agentes voltarem à sua vida “normal” (se é que há normalidade para Mulder e Scully), Mulder então vai se despedir de Holman – que está furioso de ciúmes pois à esta altura Sheila já tinha pedido conselhos sobre sua nova paixão. Parece irracional, mas é normal a gente sentir raiva de quem a nossa paixão platônica se interessa, mesmo que Mulder sequer aventasse esta possibilidade (o rapaz não é bom para perceber estas coisas do coração).  Holman antes de despedir-se, pede ajuda a Mulder com seu amor “encroado” por sua musa... e aí acontece um dos meus diálogos favoritos da série. O descrédito de Scully nas capacidades de paquera de Mulder seria hilário, se não fosse trágico... 

O diálogo dele com o meteorologista é muito bom, especialmente a parte que nós não escutamos (como Chris Carter é mau por fazer estas coisas). Holman diz que invejou homens como Mulder a vida toda (lindo, bem sucedido...), o agente desfez um mito na cabeça daquele homem inseguro. Adoro quando ele fala que esperava que Mulder fosse mais experiente, fiquei pensando o que ele falou??? Aí, ele fala do óbvio, “você passa os dias todos com uma mulher linda e atraente como a agente Scully, não acredito que nunca aconteceu nada, eu reparei como vocês olham um para o outro”... e o cara de pau do Mulder fala que não olha para Scully, ele nega para tentar convencer até a si mesmo do que todo mundo já reparava.

O pior é que na hora de se declarar, a deslumbrada da Sheila diz que ama Holman mas está apaixonada por Mulder, tem gente que é confiante nessa vida né? Holman percebeu a inclinação de Mulder pela parceira, a iludida sequer viu Scully como uma provável rival. A cena do flagrante do beijo é muito engraçada e constrangedora, o apaixonado Holman fica louco da vida, e Scully, mesmo sabendo que Mulder não tinha a maior intenção, não faz uma cara muito boa, como se apesar de tudo foi uma coisa desagradável de se ver...

Adoro Mulder tentando mudar de assunto... E a outra achando que foi um beijo pra valer...








A festa de reencontro da turma de High School também é legal demais, a situação estava cada vez mais delicada, Sheila sem a menor noção ou sensibilidade fica flertando com Mulder... o chama pra dançar, o panguá fica sem ação, e Scully conserta dizendo que Holman estava doido para dançar, é hilário o olhar que ela lança para a agente – neste momento ela começa a ver Scully como rival – e a cotovelada que ela dá em Mulder para ele confirmar. Eles mandam então que Holman se declare logo, só aí com tudo às claras que Sheila finalmente entende o que estava se passando.

Ah gente, quem estava doidinho pra dançar eram os dois. 

Aí vem outro diálogo memorável que é o papo entre mulheres. Mas de cara Sheila joga pra Scully (com um tom tão adolescente) que ela estava com inveja da conexão entre ela e Mulder (iludida demais, nem imagina como era a história dos dois e o que já haviam passado juntos). Scully fica catatônica... rsrsrs e Chris Carter nos omite mais um pedacinho do diálogo, o que será que a agente confessou para Sheila naqueles instantes? O que Scully disse para Sheila passar de rival a conselheira amorosa??? A carinha de resignação de Scully quando ela pergunta “Mas nem um beijinho?” diz tudo!  

E a melhor definição da relação dos dois também aparece neste monólogo... e é tão forte e cheio de significado que convence Sheila a dar uma chance ao Holman...

De certa forma, é a primeira vez que ela admite em voz alta que a única pessoa com quem ela se imagina é Mulder (isso até justifica uma fala dela com Padgett uns episódios adiante: “A solidão é uma escolha”, no caso a escola de só querer estar acompanhada se for com aquele “alguém” específico).

E para fechar com chave de ouro, Sheila acha que a coisa mais romântica que ela já ouviu foi saber que Holman influenciava o tempo por causa dela, e então temos o beijo guardado há décadas (imaginem como este dia foi especial para o meteorologista?), e uma vez desfeitas as amarras e declarados os sentimentos, por que não devolver o bem que recebeu? “Vocês deviam tentar uma hora dessas!” Scully quase morre de vergonha, mas reparem o sorrisão do Mulder. [/Cleide]



[Fê Monteiro] Lembro a quantidade de spoilers que li sobre esse episódio quando estava para ser lançado. Eu que não tinha internet ainda, ficava sabendo por amigos com os quais me correspondia, pelo que saía nas revistas, enfim, tudo vinha picado. Resultado: os fãs shippers enlouqueciam com o que vazava. Sabíamos que tinha uma loira que ia dar em cima do Mulder, que rolava um beijo no episódio, que eles dividiriam o quarto e, claro, vazou também aquela declaração bomba da Scully (que viríamos a descobrir que seria um conselho dela para a Sheila) sobre as melhores relações, aquelas que duram, começarem com uma amizade e tal, e tal...pois é. Imaginem...surto geral!

Quando finalmente o episódio chegou ao alcance de nossos olhinhos e ouvidinhos excers, muitas pessoas já tinham feito um quadro completamente diferente do episódio. Não eu (mentiiiiiira).

O fato é que The Rain King, apesar de toda a expectativa que gerou, é muito legal! Divertido e shipper, como só a 6ª temporada soube ser, num estilo monstro da semana completamente leve. Sério, não consigo me lembrar de um episódio mais leve e colorido que esse. É fofo.

Sempre que assisto não consigo evitar a comparação da Sheila com a Miss Piggy dos Muppets...o jeito de se vestir, o cabelo, a maquiagem, o romantismo pegajoso, tudo! Só que a Sheila é mais meiga que a Piggy...fatão.




Scully: "O agente Mulder foi um pouco vago a respeito do caso."
* cara de bolinha do Mulder *

O caso é que tem um sujeito que semeia nuvens e cobra para fazer chover, segundo a crença da maior parte da população, claro. E do prefeito, que os chamou para o caso. Descobrimos, que esse sujeito é aquele encardido que acaba com a Sheila no teaser inicial, bem no dia dos namorados. Sensível e delicado como um elefante no cio. 

Outra coisa fofa (e tem muitas nesse epi), é que Mulder e Scully são confundidos com um casal constantemente, desde o momento que colocam o pé na cidadezinha. Me divirto com as reações deles. Enquanto Scully tenta corrigir o mal entendido rapidinho, Mulder - sem tanta pressa – se diverte com a situação e com o incômodo da parceira. Racho de rir com eles sendo confundidos com o casal vencedor do concurso do canal do tempo. “É como olhar para um espelho” - Mulder <3

Outra fofice: Mulder cavalheiro, abrindo portas...não é sempre heim gente. Não que ele não seja um gentleman, é que ele geralmente é muito distraído. Amamos ele assim mesmo, né?!

Outro fofo é o Holman, tenho a maior dó dele. Uma boa sessão de terapia ou de repente umas aulas de teatro teriam ajudado a destravar ali heim. Imagina guardar tanto sentimento assim? E ainda por cima, guardar também o segredo dos seus poderes meteorológicos...quem aguenta? Não sei, mas pra quem sobra? Pras vacas, coitadas! - pausa para lembrar de Twister – e quase sobra pro Mulder também, afinal, a vaca tinha seu endereço.

Entendo Scully checando a cabeça do parceiro, pra ver, sabe, se ele não bateu a cabeça. Ah, vem com essa ruiva! Você sabe muito bem que ele tem vários parafusos soltos, quer fazer um cafuné vai sem desculpa! A gente apoia! Daí surge a Sheila desesperada, achando que é ela a autora das intempéries, uma vez que a presença do FBI a estava deixando incomodada. Acho ótimo a Scully segurando a caixinha de lenço pra Sheila, tentando acalmá-la, sem o menor jeito. Enquanto Mulder, todo gentil e delicado a acalma rapidinho e, sem se dar conta, também a seduz...hahahahaha, amo a inocência do queridão! Scully que não nasceu ontem, já pesca na hora e faz aquela expressão impagável. Será que rola um ciúmes ali gente? Sério mesmo? 

Mulder - que pra assuntos românticos é uma porta mas para qualquer outra coisa é um gênio – saca que o único e verdadeiro (e literal) homem do tempo, é o próprio Holman, com seus sentimentos reprimidos. E o que ele faz? Vai lhe dar conselhos amorosos. Como diz Scully: o cego guiando o cego! 

Como não amar o Holman chocado com a inexperiência amorosa do Mulder?? Todo o looser que se aproxima dele fica passado que com toda aquela boa pinta o cara simplesmente não manja nada dos paranauê! E dá-lhe citar a agente Scully, que é uma bela mulher, e juntos o dia todo, e como assim nunca rolou nada? E a forma como eles se fitam? Hahahahahahahaha...já falei que amo o Holman né? Nosso porta-voz. Mas o Mulder, sem ter o que responder, ao menos de cara, muda o rumo da conversa e diz que está satisfeito com sua amizade com a agente Scully – por isso que ele tentou beijá-la no corredor do seu prédio alguns meses antes, inclusive. “I do not gaze at Scully” - claro que não! E não há mais do que umas 20 mil imagens que te deixam mentir.

Bom, o fato é que o estrago tá feito. A Piggy...digo, a Sheila, resolve que precisa mesmo é de um homem como Mulder (quem não precisa fofa? Entra na fila!) e o coitado do Holman fica de lado mais uma vez. E, quando o queridão defende ela do rei da chuva, ganha uma bitocona violenta na boca. Alguém segura essa mulher! Ele tenta se esquivar, gente, é muito engraçado. E, mais uma vez, a Scully chega na hora, junto com o Holman. Sabe aquele momento estranho, que rola aquele climão? Pois é. 

E daí tem o baile da saudade. O que são aqueles modelitos todos? 
Sheila chama Mulder pra dançar. Não vejo como ele poderia ficar mais sem graça num episódio só. O rapaz é quase um adolescente gente, simplesmente trava. Mas Scully está lá para ajudá-lo (com uma sutil cotovelada) e empurra o Holman para dançar com ela. 


Temos então a edificante cena dos agentes balançando feito dois pêndulos enquanto observam Holman tentar a sorte. Não rola.

Scully, corre atrás e decide que é hora de uma conversinha de mulher pra mulher (Mariiisa – sorry, não resisti) e a aborda no banheiro. Fala, fala, fala e a Sheila só filmando pra soltar sem aviso prévio na cara da ruiva: “Você o ama né?” 

Lida com essa agora! E lá vai ela tentar explicar o inexplicável, que nunca rolou nem um beijinho. E a Sheila dá a dica ainda: ele beija bem. Afe, ela espremeu o coitado num selinho e sai se gabando. Calma que a ruiva vai descobrir como ele beija bem de verdade. Tempo ao tempo.

*Pausa para dizer (talvez repetir) que eu acho muito fofo no Mulder que em todas as tentativas e fatos consumados de beijos que eles deram ao longo da série, reparem que é sempre ele quem toma a iniciativa com ela. Com qualquer outra que por ventura tenha aparecido, ele sempre foi beijado passivamente. Com Scully ele é o agente ativo, e isso diz muito, muito mesmo.*

Ai, ai...voltando...rs

Temos então o monólogo sobre relacionamentos da Scully (que gerou bafão geral). Sheila volta pro salão, se acerta com Holman, todo mundo se beija no baile (nem todo mundo) e vivem felizes pra sempre! Com direito a bebês, dias ensolarados e ao som de “Somewhere Over The Rainbow”.
[/Fê Monteiro]


[Josi] Esse episódio é uma delícia de se assistir. Tão leve e fofo... você passa o tempo inteiro rindo e fazendo "ooownnn".

De primeira, somos apresentados a Sheila! Lá está ela escrevendo um cartão de dia dos namorados... quer dizer, só assinando. Como você dá um cartão e só assina? Nem uma mensagenzinha pessoal? aaafff kkkk Não que Daryl mereça. Dois minutos em tela e já sabemos que ele é um namorado abusivo. Só contar quando ELE decidir? Falando mal do traseiro da moça? Menina... dê graças a Deus que ele foi embora!

Saindo da casa da recente ex, Daryl continua sendo ele mesmo... e faz difícil da gente ter pena acidente e todas as consequências... :P

Ok... mas... chuva de granizo com o gelo em forma de coração foi um toque de mestre! Combinou perfeitamente com todo o tom do episódio.

As boas-vindas do prefeito para os agentes foi tão à moda antiga que veio até com uma pequena dose de machismo e heteronormatividade. Não podia faltar, né? Sim, pessoas... sei que a gente tende a achar fofo sempre que confundem Mulder e Scully com um casal... mas dessa vez... errr... nope. Ele viu a Scully e assumiu automaticamente que ela só podia ser sua esposa. A interação entre eles foi quase zero aí... não é como se o cara tivesse notado como eles são... errr... próximos.

E claro que Mulder não conta exatamente a parceira como é o caso. Acho que a esse ponto, ou ela faria muito pouco caso ou simplesmente não iria. Mas acho que ela deve até preferir assim... ela poderia ter insistido em mais detalhes, não é? "Que é isso, Scully... até parece que eu te enganei de propósito". Que é isso, Mulder, até parece que é a primeira vez. Ela já deve estar acostumada, a pobre.

Na estação de tv, eles são confundidos de novo com um casal. E de novo não é romântico... é só engraçado mesmo... e muito. A confusão se teve porque eles estavam realmente esperando um casal ali. E gente... Mulder está certíssimo, é mesmo como se fossem uma cópia dos dois. Minha nossa!

"Bem que eu achei que vocês não se vestiam como fazendeiros" Né??? rs Mas Sheila nunca vai ganhar prêmios por sua observação apurada.

Jamais eu poderei julgar a paixão de Holman ao descrever a meteorologia daquela cidade. Entendo o sentimento de amar assim sua profissão. Algumas coisas parecem mágicas e quando você vai tentar explicar para outra pessoa é impossível de conter a empolgação.



Eles seguem então para falar com o Rei da Chuva. Aquele ser asqueroso.

"Eu sou 1/64 cherokee" - Daryl tentando explicar o seu "dom". E ele segue para a dança da chuva mais ridícula que já se teve notícia. A cultura indígena não merecia ser associada àquilo. rs

Depois de mais de 5 anos nos Arquivos X, Scully podia esperar mais um pouco antes de tecer suas observações. Sei que a situação estava ridícula de tão ruim, mas... ela só ganhou um terno molhado e uma cara de tacho...

Sheila é uma fofa. Ingênua e sonhadora, mas fofa assim mesmo, vá. Tão sonhadora que nem via como Daryl era um lixo e que, nisso Holman estava mais do certo, ela merecia coisa melhor. Dá pena ver como ela continuava ligada aquela coisa deprimente e não é como se ela não tivesse vivência. Ela devia ter seus 37/38 anos ali e era divorciada.


Vamos falar Holman agora. Aquele devia fazer terapia constante. Tudo bem que não dá pra controlar de quem você gosta, mas ele já estava machucando seriamente outras pessoas. Mulder poderia ter morrido ali com aquela vaca. O.o E tudo porque Sheila reclamou que os agentes a estavam perturbando. uau

Aliás, uma vez eu li alguém comentando como os escritores de fanfic fazem milhões de rodeios e histórias complicadas para Mulder e Scully terem que dividir um quarto, daí vem a própria série e TRAAAA faz um mini tornado jogar uma vaca em cima da cama de Mulder.

"EU MATEI AQUELA POBRE VACA" - Gente... kkkkkkkkkkkkkkk Ok, sorte dela que Mulder já estava desconfiado de Holman. Nada a ver ele vir se desculpar por aquilo. 

"Holman foi hospitalizado 5 vezes por colapso nervoso" - Viram? Não estou errada neste ponto. Ele realmente precisava de terapia. Só errei quanto ao tempo. Ele precisa DESDE SEMPRE. A escola foi destruída por causa dos sentimentos sem controle dele!!!

Mas o pobre... está lá ensaiando sua declaração de amor... daí a outra telefona e inocentemente aumenta suas esperanças apenas para derrubá-las logo em seguida. "O que você pensa do agente Mulder?" Péssima ideia, fia. Primeiro, Scully-fu é uma realidade. Segundo, você não aguentaria dois dias ali... Mulder é muito maluquete... você nem tem ideia.

Quem se ferra nessa história é Scully. Ela feliz da vida pensando que ia finalmente embora e é impedida pelo tempo ruim gerado pela petulância de Holman. Ele quer conselhos amorosos... de Mulder. OMG. Querido, dá uma lista pra o rapaz de suas ex. Elas não ficam muito atrás de Daryl. E já fazem zilhões de anos desde a última. rs "O cego guiando o cego"... pois é, Scully. Tanto que a grande ideia de conquista de Mulder é... "conte a ela como se sente!"

Aparentemente, Mulder realmente conta seu histórico para Holman. A cena seguinte mostra ele falando e falando e falando da (fraca) vida amorosa de Mulder enquanto este faz cara de paisagem. kkkkkk "Estou perfeitamente satisfeito com minha amizade com a agente Scully". MENTIRAS MENTIRAS... "Eu não fito a Scully" MAIS MENTIRAS!

As cenas que se seguem são hilárias. Holman tem o mesmo resultado de Mulder quando disse "eu te amo" e pra piorar ainda tem que ouvir de sua amada como ela está apaixonada pelo outro. Segue para Sheila olhando pra Mulder como quem olha para uma das maravilhas da natureza (entendível) e logo depois ela é atacada por Daryl que não entende sua nova paixão. Daí vem Mulder e consegue ganhar a luta mais fácil de sua vida apenas para ser recompensado... sendo atacado também, desta vez por Sheila com um baita beijo cheio de batom vermelho.

Scully devia estar pelas tampas também porque ela nem pisca! Ela deve ter pensado "ok, mas uma maluquice dessa cidade sem noção com um caso sem noção e pessoas sem noção", mas ela só diz "podemos ir embora agora, Mulder, se você estiver pronto." Você é uma rainha mesmo... uma santa que não tem paz, na verdade, pois o tempo, digo, os sentimentos de Holman, mais uma vez os prendem na cidade.

OK ok... Agora vem o baile do encontro dos estudantes do Ensino Médio do ano de Sheila e Holman. Gente, Mulder não tem a mínima ideia de como lidar com os avanços de Sheila. Ele fica tão por fora! OMG! Scully o salva de ter que dançar com a moça ao rebater o convite para Holman e ainda tem que cutucá-lo pra ele reagir!

E enquanto Holman se declara, dessa vez como se deve (apesar de precisar da ajuda dela - ai gente... foi fofo!), os dois bocós, Mulder e Scully, ficam lá de longe se balançando ombro a ombro. Que lindinhos... tão bestas... ownnnn Mas Sheila não é convencida de cara e sai correndo.

"Eu construo a arca e você reúne os animais." - Adoro as piadas de Mulder!






Scully segue para conversar com a moça... mas... "Você o ama, não é? Está com ciúmes porque eu e agente Mulder temos essa conexão especial e quer me desviar para Holman". Notem que Scully não nega. A cara dela quando Sheila comenta como eles nunca sequer trocaram um beijinho quase dá dó. E essa cena nos presenteia com uma das melhores falas que Arquivo X já produziu. Os melhores relacionamentos são aqueles que nascem de uma amizade. Né? Tipo... muito melhor quando o sentimento vem baseado na realidade e não em fantasias.

Enquanto isso, Mulder se diverte com Daryl. Muito bem. Deixa ele aí rodando como uma galinha sem cabeça. Aliás, vamos terminar logo de falar desse idiota. A única coisa que eu tenho a acrescentar é que me dá muita pena que Cindy tenha voltado com ele. Ela devia ter feito uma fogueira com as pernas dele (não as de carne e osso, gente... meu deus! que maldade!) e pronto, seguido com a vida. 

Sheila decide que toda aquela manifestação do amor de Holman é a coisa mais romântica que existe e, para a sorte da cidade, eles se acertam finalmente. E quando o mais novo casal vai falar com Mulder e Scully, que estão lá parados no meio dos casais como dois patos, ainda solta indiretas para eles. "Vocês deviam tentar isso um dia". Ainda bem que eles não esperaram 20 anos também, heim?

"Eu não sabia que estas reuniões eram tão..."
"Molhadas?" - Ah, Scully, sua danadinha! rs

E a trilha sonora do epílogo do episódio é "Somewhere over the rainbow" indicando que os dois pombinhos, um ano depois, ainda estão nas nuvens de tanta felicidade. Finais felizes assim são tão raros em Arquivo X... é bom deixá-lo assim bem idílico mesmo.
[/Josi]


Quotes:

Mulder: Ele quer conselho... conselho amoroso.
Scully: Conselho amoroso? De quem?

Mulder: De quem vos fala.
Mulder: ... Alô? Ei, Scully?

Scully: Eu te ouvi...
Scully: Mulder, qual foi a última vez que você que você saiu para um encontro?

Mulder: Falo com você depois.
Scully: O cego guiando o cego...











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Sheila: ... É que eu nunca pensei no Holman dessa maneira, sabe? Ele é o meu melhor amigo. E eu nunca suspeitei...
Scully: Bom, me parece que os melhores relacionamentos, os que duram, são frequentemente aqueles que nascem de uma amizade. Sabe, um dia você olha para aquela pessoa e vê algo a mais que você não tinha visto na noite anterior. Como se um botão fosse ligado em algum lugar. E aquela pessoa que antes era apenas um amigo é... de repente... a única pessoa com quem você se imagina.


Outras Imagens de The Rain King:

O cartãozinho meigo (até demais) de Sheila 

Sheila Fontaine, nossa protagonista deste... err..
desta comédia romântica.

ownnn 

Fala sério...

Não seja tímida, Scully!

Holman Hardt, o par romântico de Sheila.

Holman: "Eu vi como vocês se olham..."
Mulder: ...

ahã Mulder, senta lá!

Sheila: "Não acerte no rosto!" - Prioridades...

Final feliz.


Bônus 1: Vejam isso rs

Fonte de imagens e GIFs: x x x x x x x x x x x x

4 comentários:

danimm disse...

Amo esse episódio!!Lindo!! Adoro a Scully passando a mão nos cabelos de Mulder.
O post está muito bom!! Parabéns!!!

Anônimo disse...

Achei interessante o que você disse sobre os roteiristas "perceberam que não dava para ficar naquele lenga-lenga para sempre sem perder o contato com a realidade de duas pessoas maduras".

Será que na vida real uma relação como a de Mulder e Scully aconteceria. Quero dizer, duas pessoas adultas, solteiras, atraentes, inteligentes e que passam muuuuito tempo juntas com toda aquela troca de olhares, flertes e até ciúmes demorariam SETE ANOS pra ter alguma coisa?!!!

Fica a pergunta de Eddie Van Blundht disfarçado de Mulder pra Scully.

"O que nos impede?

Eddy disse...

Tenho uma teoria, tem um episódio entre o filme FTF e o primeiro episódio da sexta temporada (gente eles são adultos complicados, mas quem não é) em que resolveram acertar os ponteiros- ah como tio CC é mau, nota-se pelas atitudes de ciúmes de Scully, antes mais exageradas, agora mais cometidas-como se tivesse tomado posse do território e ciente de que é só seu-Ela passa a enfrentar as adversárias olho no olho e põe o Mulder na situação de escolha tipo ou ela ou eu apenas com olhar, a raposa foi fisgada. Titio Carter queria dizer neste episódio romântico (para os padrões de AX) que M&S já estavam juntos, ainda descobrindo-se como casal, mas juntos

XFILES disse...


Danimm... Scully só tirando casquinhas, né? kkkkk <3

Anon... Não fui eu que escrevi essa frase, mas responderei assim mesmo pq sou metida. ;) Eu acho que há de um tudo nesse mundo. Devem haver pessoas que demoram até mais tempo e depois ainda casam com outras pessoas. Vai saber, né? O medo é algo que habita em todo ser humano e se manifesta das mais diversas formas...

Eddy, eu nunca tinha pensado assim, mesmo pq nesse episódio mesmo Scully nega que tenha tido qq coisa com Mulder e ela parece estar sendo sincera, maaas... acho que a blz que nasceu do fato de CC ter escondido todo o relacionamento mais íntimo de M&S da gente é justamente todas as teorias que desenvolvemos de como tudo aconteceu. :)

Beijos, pessoas! Obrigada pelos comentários e pelo carinho de vcs.

Josi.