sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

10x03 - Mulder and Scully Meet the Were-Monster Reviews


Direção: Darin Morgan
Roteiro: Darin Morgan

Resumo: Mulder e Scully investigam uma série de assassinatos ligados a testemunhos de aparições de um monstro.


Tonight! Don't miss The X-Files at 8/7c on FOX!
Publicado por The X-Files em Domingo, 31 de janeiro de 2016

Comentários

[Fê Monteiro] Um presente para os fãs chamado “Mulder & Scully Meet the Were-Monster”.

Tantas referências, tantos easter-eggs, que a gente se sente homenageado do início ao fim do episódio. Pelo título já é possível perceber algo diferente. Me lembro de ver a lista, logo quando foi divulgada, com os nomes dos episódios e me pegar pensando: essa é nova, um episódio com os nomes dos agentes no título? Pois sim.

Darin Morgan escreveu aqui sua obra prima! Uma obra com cobertura de bobeiras absurdas (aquelas que amamos em Arquivo X), mas recheada com um profundo existencialismo. Quem mais consegue isso? Tive que assistir duas vezes para compreendê-lo realmente (ou achar que compreendi, pois como acontece com a maioria dos episódios de AX, a cada assistida uma nova interpretação surge).

Comentando brevemente, sem analisar cena a cena - pois acredito que mais pessoas farão isso e que vale assistir e saborear cada momento – vou enumerar alguns elementos, situações e cenas que devem ser mencionadas:

- A dupla de drogaditos que esteve presente em Quagmire e War of The Coprophages. Confesso que dei gritinhos e ri sozinha logo no teaser só porque os vi. Quão fantástico (e spooky) é ir buscar dois personagens que apareceram em apenas dois episódios, anos e anos atrás, e trazê-los no mesmo contexto? Certas coisas não mudam, chega a ser reconfortante...

- Scully está realmente se divertindo neste episódio. Ela está leve, empolgada. Totalmente diferente dos episódios anteriores. Afinal, é ela quem arrasta Mulder investigação afora e fica colocando pilha, é quase uma inversão de papéis. Até se refere ao pôster como sendo dela (own). “That's how I like my Mulder” - quem vai tirar essa frase da cabeça? E, na verdade, a inversão de papéis termina justamente aí. Ela consegue o que queria: trazer o bom e velho Mulder de volta. Como eu disse no review do primeiro episódio, ele ter ficado sem trabalho e sem ação e com suas crenças abaladas, mas ainda com suas paranóias e buscas pessoais o atormentando, foi o que deu cabo da relação. E não que isso signifique levá-lo a crer em qualquer coisa como antes, mas em reacender sua curiosidade, sua gana de investigador e tudo o que leva a sua cabecinha brilhante a produzir as melhores teorias, mas agora com bagagem e embasamento. E quando ele pergunta se ela então concorda com ele... “Claro que não!” hahahahahahaah...afinal, é assim que ele gosta de sua Scully também. Tudo no seu devido lugar.

- Aliás, vemos Mulder amadurecer existencialmente neste episódio. Ele começa desacreditado e derrotista: “E se isso não explicar, provavelmente foi o gelo” - achei demais essa frase! Diversos casos de monstros e fenômenos que passaram por sua mão se mostram hoje como 'fakes', uma mistura de pegadinhas com jogadas de marketing entre outras coisas. Então o vemos finalmente se empolgar com o caso, depois de ver muita coisa e conversar com testemunhas. Só que, por um instante, ele volta a ser o antigo Mulder: crente, sedento por um monstro de verdade, ignorando a vida como ela é. Como ele mesmo diz para Scully no celular, ele tem uma recaída...rs. E, ao final ele tem sua prova, quase metaforicamente (se não fosse literalmente) ele olha o monstro nos olhos e lhe aperta a mão. Quando o ser desaparece na floresta, a gente fica com uma das mais maravilhadas expressões que já vimos em seu rosto. Sim, coisas fantásticas existem, mas provar e caçar essas coisas não deve ser o objetivo da vida, entendê-las e apreciá-las talvez.

- Bem, não tem como não citar todo o charme e sedução que Gillian colocou em Scully aqui não é? Confesso que na primeira vez que assisti a cena da pegação com o Guy/lagartão fiquei bege (roxa, pra ser franca). Gritei, ri nervosamente, e entoei mantras de “não acredito, não acredito...”. Mas na segunda vez, já não me choquei, até por entender a história como um todo. Ficou de fato muito engraçado. Mais uma vez Scully povoa o imaginário e as fantasias de um monstro da semana (lembram da cena da cama em Milagro?). Mas além dessa cena, temos ainda todas as indiretas e flertes com Mulder. E é divino apreciar Mulder em toda a sua elegância, entendendo perfeitamente as indiretas, aceitando e se mantendo o mesmo fofo de sempre. Acho demais ele falando pra ela que eles têm que sair daquele motel (apontando para a máscara de raposa), pensando que o cara talvez a usasse para espiá-la, quando na verdade estava espiando o fofo de sunga a la red speedo... (gente, quem dorme daquele jeito, todo arreganhado? rsrs). E depois pedindo pro Guy/lagartão parar com a história do amasso com a Scully....hahahahaha. Acho que na hora que o cara começou a contar ele já se imaginou fechando a blusa dela na hora em que ela abriu. Esse é Mulder <3

- Não tenho como enumerar todas as referências a episódios e personagens que habitam essa história. Uma rápida pesquisa dá conta disso melhor que eu. Mas, como muitos, amei: a homenagem a Kim Manners, a citação à imortalidade de Scully, Mulder atirando os lápis (dessa vez no pôster), o cãozinho Dagoo (posteriormente levado por Scully, esperamos que em segurança), o toque do celular do Mulder (pirei), etc etc...

- O monstro não é o primeiro da série a ser mais humano que muitos humanos. Mas, é o primeiro que faz refletir sobre o que é de fato ser um humano. O que nos faz humanos. Ter um trabalho, pagar contas, se vingar, matar por matar, mentir e fazer coisas sem propósito. Triste não?

- Primeira vez em que Mulder sai de uma floresta não machucado e não frustrado! [Fê Monteiro]


[Andrey] Ainda que as escolhas de Chris Carter ao criar uma nova mitologia dentro da retomada de Arquivo X soem estranhas, a coesão criada até então é de se aplaudir. Claro que o comportamento dos personagens durante essa transição acaba soando um pouco rápido demais, pois as etapas para o desenvolvimento são curtas. Afinal, são apenas seis episódios. Com isso, é improvável que tenhamos o mesmo perfeccionismo criado por Chris, Gillian e David na naturalidade e na intimidade empregada pelos agentes com o passar do tempo, conforme os casos eram elucidados. Por exemplo, apenas no final da primeira temporada que Dana Scully ouvia Fox Mulder dizer que a achava bonita, durante uma conversa casual. O resultado era um sorriso quase imperceptível da agente, que finalmente reconhecia o desejo do parceiro.

E é claro que os casos deram inúmeras possibilidades de transições dramáticas, da mesma forma. Mulder e Scully constantemente assumiam um o papel do outro, com ele cético e ela crente - como o brilhante Beyond the Sea, onde Dana era confrontada com a ausência do pai e acreditava que um criminoso no corredor da morte podia se comunicar com o ente querido. Mas nem ela ou Mulder, ou qualquer outro, poderiam se opor a tudo o que encontraram durante as nove temporadas que passaram juntos. E o quanto ambos vivenciaram.

Assim, a nova mitologia proposta, com o governo controlando tudo e os rebeldes e os greys apenas como coadjuvantes soava uma tentativa desesperada de relevância que não parecia oportuna, já que Carter simplesmente poderia retomar as experiências sem que se desvinculasse da mitologia clássica. Principalmente, o primeiro episódio do especial da 10ª temporada retoma a discussão que séries como Person of Interest e outras já fizeram. Sim, o governo controla tudo o que você pensa, mas a pergunta que deveria estar sendo feita é: até onde vai esse controle? Ela passa pelas esferas experimentais, de abdução?

Na teoria, episódios como Jose Chung's From Outer Space já desvendaram um pouco disso: havia uma farsa proposta pelo governo, porém que servia como um disfarce perfeito para a invasão alienígena dos greys. Não era o que o My Struggle, primeiro da 10ª, raciocinava. Nele, tudo o que Mulder havia visto ou perseguido, durante toda a carreira, seria uma farsa. Histeria coletiva, quem sabe. Era difícil conceber essa ideia.

Em compensação, é uma teoria que cada vez levo menos em consideração. Embora o segundo episódio esteja um pouco deslocado também, acumulando muitas coisas e sem o ritmo necessário para isso (as inserções dos sonhos com o William são os maiores exemplos), a base começa a se estabelecer. A ideia é de que o diagnóstico de Scully sobre Mulder está corretíssimo e, carente de filosofia de vida, já que teve todas as suas resoluções no final da nona temporada, ele necessita fisicamente de uma nova paixão, uma nova verdade, um novo inimigo, para que possa manter alguma chama acessa dentro dele. Encontrou na figura do apresentador interpretado por Joel McHale uma salvação. No fundo, Mulder não acha que tudo não passa de conspiração ou que os OVNIs, greys e rebeldes sejam apenas uma farsa, mas é algo que aceita para poder retornar à sociedade. Ressurgir de alguma forma.

Isso é o mais latente nesta nova obra-prima da série, Mulder & Scully Meet the Were-Monster. O nosso Mulder, cujas palavras de Dana servem como um espelho do próprio público, retorna às origens ao se deparar com um dos casos sobrenaturais que destinou sua vida. E nunca em vão. Depois de tanto tempo, Mulder havia esquecido o que é estar em campo, ver coisas que a ciência não pode explicar e, claro, divertir-se no processo. Entretenimento, em episódios como o dessa semana, sempre foram pontos importantes; coadjuvantes, no entanto. É o tom maduro ao lidar com temas tão absurdos que mantém Arquivo X como uma série a ser batida. No tratamento de monstro e sociedade, cujo resultado lembra o melhor trabalho de Mary Shelley, Frankenstein. A criatura do terceiro episódio é exatamente isso: um retrato perfeito sobre nossos próprios problemas.

Mulder não enxerga mais o que está em sua frente e isso o faz desconfiar ainda mais de si mesmo (a simbologia do verdadeiro monstro ser um ser humano é lindíssima, além de sempre estar perto dos agentes, debaixo de seus narizes). É aqui, em Meet the Were-Monster, que Arquivo X ressurgiu. Não apenas no toque de celular de Fox, mas na conversa na frente da lápide do falecido Kim Manners (que dirigiu 52 episódios do seriado). Quais são as etapas para você ser aceito numa sociedade? E realmente queremos isso?

Quase uma cruza entre The Unnatural e The Post-Modern Prometheus (a comparação mais óbvia, quando comparamos os discursos dos "monstros" criados pela sociedade), a condução de Mulder a voltar a acreditar ou querer acreditar nunca esteve tão palpável na série. Tanto quanto sua persona encarnada em Redux, primeiro episódio da 5ª temporada. Sim, é verdade que é uma nova fase de Arquivo X. Todavia, o gosto clássico, nostálgico e brilhante nunca esteve tão presente. [/Andrey]


[Raffa] Episódio do Darin Morgan. Daí, você já tem uma ideia do que será. Eu AMEI!

De início, temos um Mulder em crise de meia-idade, entediado e questionando, mesmo que de forma cômica, a volta ao trabalho.

Peraí! Não foi você que perturbou tanto a cabeça da Scully com esse danado desse trabalho, o que custou até mesmo o relacionamento com ela (segundo a chatonilda da Sveta)? E agora me vem com essa? Chute na sua canela, Mulder!!!

Mas não priemos cânico! Teve climinha na cena da autópsia, quando Scully diz que havia esquecido de como esses casos eram interessantes. E como sempre, ela mesma cortou o clima que ela mesmo criou...huahuahua. Clássico!

Pergunta: O que é que o dono do hotel estava bebendo? Soro fisiológico? Cruzes.

Mas o que interessa é que tudo isso nos leva a Mulder  olhando Scully pela parede e depois até a RED SPEEDO e então “THIS IS HOW I LIKE MY MULDER”!!!! Qualquer coisa que eu vier a falar sobre esses dois momentos será redundante.

“Corporação agro-farmacêutica-militar”, Mulder? Você anda fumando com os amiguinhos de Guerra das Baratas, é? Huahuahuahua. E repitam rápido comigo: "You're  batcrap crazy!". Trava língua safado!

Gillian...cof...Scully ceguinha tentando enxergar a foto no celular que Mulder mostra pra ela no quarto.

E o psicanalista? Muito bizarro (como a maioria), mas ele bem que tem razão. A gente projeta as coisas nos outros (ou em qualquer coisa fora de nós) para não encararmos nossos próprios defeitos e medos. Cara...Parênteses aqui. Eu sempre estranho que o Mulder tenha dúvidas sobre psicologia, sendo ele psicólogo, mas enfim, Talvez ele seja fake como eu. Ou, o que deve ser mais provável, o roteirista tem que explicar pra gente, então faz essas perguntas para as quais Mulder já deveria saber as respostas como forma de ensinar. Mas que é estranho ele fazer é. Às vezes, é até a Scully que explica pra ele. Pode ser que ele tenha comprado o diploma também. Pensando…

Mas vamos voltar ao episódio.

Não consigo me acostumar com eles usando roupas modernas. Estão lindos!!!

Dito isso, posso começar a reclamar de Mulder deixando Scully no vácuo duas vezes em uma mesma cena. Por isso que ela teve que largar ele de mão. Muito difícil viver assim! A mulher deve ter que simular uma convulsão pra poder ter uma DR com ele.

Daí, vem a propaganda da Ford...blá blá blá.

E túmulo do Kim Manners...snif + carinha hilário simulando um ataque ao Mulder. Tosco ao cubo, Mrister. huahuahuahua

Gente, o homem não era homem até ser mordido por um homem. Ser homem pra ele é ser um monstro. Cool! Até então, ele tava lá deitado na floresta (err...do mesmo modo que eu costumo deitar) curtindo a lua. Morri de rir do modo como ele corre!!!

EU SIMPLESMENTE AMEI ESSA PARTE DO GUY MANN EXPLICANDO COM SE TORNOU UM MONSTRO, digo, humano!!! Aliás, eu amei o Guy Mann!!! E por isso, ficarei um bom tempo nessa parte. Sou livre como Mulder em Closure, então, eu posso.

Vams começar com...

“Meu desejo não seria saciado até encontrar um trabalho fixo.”

Preciso comentar isso? huahuahuahuahuhauhuahuahuahuhaua

Sobre o trabalho: “Era perfeito pra mim. Não fazia ideia do que dizia e nem os meus clientes”

TIPO EU! Huahuahuhauhauhua

“Não consigo entender metade das coisas que estou dizendo a você”.

Nessa hora eu comecei a ficar preocupada com as semelhanças, parei e comecei a refletir: Será que eu também sou um lagarto em forma de humana?

Obtive uma série de confirmações a partir da cena seguinte: Ele foi relaxar após o trabalho comendo um cheeseburguer com batata frita.

E depois acordou com o despertador, muito irritado, e se sentindo um humano deplorável que tem que ir trabalhar.

Depois, percebeu que precisava de café e que odiava o trabalho.

E então, foi tomado por todas as preocupações que a necessidade de dinheiro traz, como contas e aposentadoria...

Foi quando me toquei de que ele também é verde como eu.

Aí nã teve mais jeito. Sim, é um fato. Eu sou o Guy Mann (tirando a parte do pornô. Obrigada. De nada)

O que foi ele  falando “Dagoo”? Huahuahuhaua. Gente, quero esse cara em todos os episódios daqui pra frente. E falando “Dagoo! Quero um toque de celular com ele falando “Dagoo”!!!

Nessa hora, ele soltou a maior verdade de todos os tempos. Muito maior do que aquela que Mulder procurou durante toda a série. Eis a pérola:

“E percebi que para ser feliz como um ser humano, deveria passar todo o meu tempo na companhia de não-humanos”

Lacrou!

Opa. Não. Peraí. Tem mais essas:

“Porque a vida é sem esperança. Alguns momentos de felicidade passageira cercada por perda e sofrimento”

“Desde que me tornei humano, não paro de mentir sobre minha vida sexual”

Agooooora sim, lacrou com fita gomada e carimbou por cima!!! huahuahuhauhua

Mais um pouco de desabafo por ser humano e então… SCULLY SEDUZ O GUY MANN E DIZ QUE QUER FAZÊ-LO DIZER QUEIJO!!! Não havia me preparado pra isso! WTF!!! Essa mulher fica um animal quando tá drogadaça ou na imaginação desse povo de AX…Épico! Huahuahuahuahua

Por que diabos Mulder tinha uma garrafa no bolso? Virou bebum?

Ele está todo sentimental nesse episódio. Parece até mais deprimido que nos outros. Até Scully ensaia um desabafo antes de ser laçada (oi?) pelo caçador de animais. Aliás, Scully resolveu o caso todo, já que Mulder estava muito ocupado sofrendo e questionando sua vida, crenças e blá blá blá. Vá se juntar ao Han Solo e  Luke e chorar nas montanhas, bebê! Homens...aff.

Hilário o sujeito ensaiando um discurso sobre o perfil clássico dos serial killers e Scully dando um pláh nele! Ela arrasou, né! Além de resolver o caso, ainda jogou na cara dele que não precisa de reforços já que é imortal!!! Clydeeeeeeee, meu amor, mandou lembranças! Clyde e o Guy formariam uma bela dupla, aliás.

De resto, temo por Dagoo.

Enfim… Não tenho palavras pra dizer o quanto amei esse episódio e não consigo entender como alguém pode não ter gostado ou achado o roteiro fraco. Ele é bem direto no que quer dizer e foi montado de forma muito inteligente. Estou apaixonada pelo ator que fez o Guy Mann!!! Darin Fluke, você é um gênio!!!

No mais, lindo ver que fizeram um episódio para os fãs. Lindo ver que estão nivelando esse retorno por cima. Todos sabem que achei o segundo filme um lixo (exceto pelas referências e por poder vê-los de novo), então, estava bem ansiosa para ver o que fariam nesse retorno.

Para as pessoas que estão vendo pela primeira vez, talvez tenha sido apenas mais um episódio engraçadinho de uma série qualquer (ainda assim acharia esse pensamento um crime). Mas para nós, fãs incansáveis, foi lindo ver tantas referências e homenagens que apenas nós poderíamos apreciar plenamente.

Isso fez com que eu me sentisse especial.

Então, só por isso, obrigada, CC e Darin!!! MUITO OBRIGADA por nos agradecer em forma de episódio. Porque a VERDADE é que Arquivo X só voltou porque nós nos fizemos notar. Nunca abandonamos nossa série. Nós não desistimos de um segundo filme, depois não desistimos de um terceiro filme… E ao invés dele, a Fox nos deu 6 episódios. Isso é bom demais. É especial demais.

Eu sempre digo que AX mudou a minha vida de muitas formas e eventos como esse (uma décima “fucking” temporada!!!) só me mostram o quanto isso é verdadeiro. Para mim não é apenas uma série de TV. E acredito que para os fãs verdadeiros não. Do contrário, não estaríamos resistindo até agora, tantos anos depois.

Sei que estes últimos parágrafos foram além do convite da Josita. Era para falar apenas do episódio, mas sei lá quando é que conseguirei fazer isso de novo, então, tenho que deixar meu agradecimento registrado.

#istillwanttobelieve

Obs.: Sobre a parte do pornô, eu até tentei ver o de AX, mas não rolou. Muito troncho. Sei lá...apenas esclarecendo. [/Raffa]


[Josi] Há muitas coisas desnecessárias na vida. Muitas mesmo. Mas este episódio definitivamente não é uma delas. Divertido, melancólico, nostálgico, inteligente, bobo... genial. Mais uma vez, Darin Morgan acerta em cheio no alvo. Ainda no passado, Darin deixou sua marca em Arquivo X com outras obras incríveis como Hambug, Clyde Bruckman’s Final Repose e Jose Chung From Outer Space, onde ele desconstrói ideias relacionadas à série e ao mesmo tempo que nos fazer rir, nos faz refletir sobre Arquivo X, Mulder, Scully e nossa existência como um todo. Em Mulder and Scully Meet the Were-Monster não é diferente… e com a adição de trocentas referências a outros episódios para o nosso deleite.

O episódio já começa no teaser mostrando a que veio. Velhos conhecidos nossos de outros carnavais, digo, histórias, aparecem provando que drogas convencionais são realmente para os fracos. Eles estão no meio do mato... cheirando tinta spray e super chapados conversam sobre a maravilha que é viver. Interrompendo a divagação deles, um grito se ouve por perto e quando eles vão conferir, há um monstro aparentemente atacando uma pessoa e outra jaz morta. Duvido que isso os choque. Pelo menos dessa vez, não foi um amigo deles que morreu de forma trágica e estranha.

Mulder e Scully, então, são designados para o caso. Aposto que, desta vez, o pessoal do FBI tá feliz da vida em tê-los de volta, pelo menos até que Mulder entre em mais uma confusão enorme envolvendo ETs e conspirações globais. Mas imagina ter que dar um caso destes a um agente normal? Terrível.

O fato é que nossos queridos não são mais os mesmos e enquanto Mulder questiona tudo o que antes ele acreditaria num piscar de olhos e não se anima diante de um caso esquisito (maturidade ou sintoma de sua depressão?), Scully não torce o nariz para as peculiaridades que encontram e parece se divertir ao provocar o parceiro com elas.

Algo bem interessante de se notar nesse roteiro é que quase tudo é tipo... você ouve e sua primeira reação é rir, mas daí você pensa um pouco sobre aquilo e bate uma tristeza inesperada. Por exemplo, quando Mulder está lá falando sobre casos esquisitos com monstros de nomes engraçados vem Scully e joga um balde frio na sua alegria ao te lembrar da depressão dele.

Mesmo cético e desmotivado, Mulder segue junto com Scully para o local dos assassinatos e, ao ver que as evidências vão sendo confirmadas por testemunhas... não muito confiáveis mas a falta de relação entre elas faz a palavra delas mais crível..., ele vai ficando cada vez mais animado até chegar a voltar a ser completamente como ele um dia já foi. Animado, jovial e falando pelos cotovelos coisas absurdas. O que Scully e todos os fãs adoram ver. :)

Até este ponto, sabemos pouco do tal monstro, mas já se passaram cenas hilárias. Destaque para Mulder e seu novíssimo aplicativo para smartphone que Deus sabe pra quê ele instalou mas que definitivamente não sabe usar. Quem não se acabou de rir ao ver Mulder sacar o celular no lugar da arma e sua maravilhosa troca de palavras com Scully? “Se esta coisa for o que dizem, eu quero ter uma boa foto dele”/ ”Se esta coisa for o que dizem, eu vou descarregar minha arma nele”. Sim, Mulder e Scully podem ter mudado, amadurecido, estarem marcados por traumas... mas... ainda são Mulder e Scully. RS

O restante da perseguição ao monstro também não deixa a desejar. Conhecemos o personagem de Kumail Nanjiani, um funcionário do controle de animais da cidade que, esperto, corre em direção contrária de onde falam que há monstros. Lembrei de Supernatural agora, de um episódio em que Dean fica covarde, daí em um dado momento, ele grita algo como “Nós perseguimos monstros! Sabe quem faz isso? Pessoas loucas!”. HAHAHAHAHAA Bom... ele não está muito errado. Veja que, apesar de ter se divertido com as teorias e a animação de Mulder no necrotério e depois no hotel, a primeira reação de Scully é dizer que ele é maluco. É reconfortante ver que algumas coisas não mudam, não é? Vocês lembram quando ela o chama de louco (depois que ele pede, claro) logo no primeiro episódio depois do Piloto?  E depois em O Espaço Sideral? rs

Falando no hotel, deixa eu falar um pouco daquele lugar. Primeiro, o que passa pela cabeça de Mulder e Scully para ficarem num lugar como aquele? Meu Deus, eu teria pesadelos! Acho que a ideia ali era apontar para a hipocrisia nossa de cada dia. O dono do hotel, além de ser uma criatura nojentinha que espia os quartos dos clientes (notaram como ele ficou animado com Mulder? rs), ainda acha legal decorar o local com animais mortos, mas não constrangeu em gritar que o carinha lá era um monstro baseando-se unicamente em sua aparência. A confusão faz Mulder ir investigar, descobre a passagem secreta e por acidente vê Scully dormindo. Perceberam que ele faz uma carinha meio triste por um rápido momento? :(

A partir desse momento, Mulder tem certeza de que homem e monstro são os mesmos e se anima mais ainda em encontrá-lo. E logo nós veremos o “monstro” bem de perto. Mais perto do que muitos se sentem confortáveis em ver.

Seguindo a pista de uma medicação dentro do quarto destruído, Mulder vai falar com o psiquiatra responsável por sua prescrição. O diálogo que eles produzem não dá muita coisa para Mulder, mas para nós é único. O homem em si me lembrou do escritor de Do Espaço Sideral, só que mais excêntrico. “Nós acreditamos que há monstros lá fora, mas nos recusamos a ver o monstro que há dentro de nós.” Ideia meio batida, né? Cristo já falava disso a mais de 2000 anos atrás, mas esse tipo de conhecimento ainda é uma das coisas mais difíceis de se alcançar. Ah, nota para a fórmula que ele passa a Mulder de se acalmar: ir ao cemitério e perceber que todas as nossas aflições acabarão ali. O.o

Quem encontra o suspeito, na verdade, é Scully. Perto do hotel em que eles estavam e empregado como uma pessoa absolutamente normal (Eu tenho vontade de colocar aspas sempre que eu uso as palavras “monstro” e “normal” rs). A risadinha dela quando ela liga pra Mulder para lhe dar essa informação é absurdamente adorável. Ah, Scully... você está realmente se divertindo.

Quando Mulder não o encontra na loja, ele parte para o cemitério e aí sim Mulder (e nós) tem um verdadeiro tête-a-tête com o monstro, cujo nome é “Guy Mann”. Segue-se a história mais fora do normal que você poderia ter ouvido na vida.

Aqui eu tiro um momento para comentar do meu momento de decepção com esse episódio. A inclusão de uma personagem transgênero é interessante até o momento em que você percebe que além dela ser colocada de forma estereotipada (como alguém que vende sexo nas ruas), ainda usam diálogos de gosto duvidoso além de comparar o processo de transição à transformação de lobisomens e coisas do tipo. Mulder negar com firmeza e explicar que não tem nada a ver diminui pouco a ofensa. Acho que poderiam ter passado sem isso. Creio que tem que haver diversidade sim, mas é importante ter cuidado em não fazer isso de forma ofensiva. E, honestamente? “Ela me bateu como um homem” também foi sexista.

Fora esse imenso tropeço, a história de Guy é incrível. Como Mulder comenta, parece bobo. Mas qual é a definição exata de bobagem? Será que nossa sociedade humana não romantiza demais a violência e os grandes dramas? Eu acho que só muito raramente animais irracionais são descritos de forma fiel. Mas se não conseguimos sequer nos colocar no lugar de outras pessoas que são diferentes de nós e que gritam nas ruas que precisam de respeito também, imagina de criaturas que não fazem campanha para si mesmos?

Guy segue contando sua história e você vai simpatizando tanto com a criatura! Não apenas porque ele está passando justamente pelas coisas que todo mundo um dia já passou ou mais passar e reclama daquelas coisas absurdamente chatas do cotidiano, mas porque ele é um lagarto! E ele se comporta como! Prestem atenção em seus olhos... em como ele tenta enganar Mulder a acabar com seu tormento. E depois... “Você está mentindo pra mim agora?”/ “Talvez! Eu não entendo metade do que eu falei pra você!” E duvido que ele estivesse exagerando. Ele acima de qualquer outra coisa até bem pouco tempo era um animal que não tinha consciência sequer que a morte era uma realidade sem escapatória. E agora que ele, tragicamente, se tornou humano, ele continuou fazendo tudo mais por instinto.

Um dos poucos pontos fracos que eu vejo nesse episódio é justamente o tempo que passam para contar a história sob a perspectiva de Guy. Mas eu só penso isso tecnicamente, porque eu acho tudo fascinante. O ator é perfeito no papel. O olhar de Guy mostra toda a sua ingenuidade.

Eventualmente, ele descobre que Mulder está o investigando e sai correndo acusando o agente de tê-lo enganado e que isso o tornava um verdadeiro monstro. Rs

Enquanto tudo isso acontecia, Scully fazia o bom e velho trabalho policial (Dogão ficaria orgulhoso) e termina pegando sozinha o assassino. Eu acho isso tão legal. Mostra como ela pode não ter tanta vontade de decifrar o oculto tendo Mulder ao seu lado, mas ela é sim uma excelente agente do FBI. Inteligente, perspicaz, durona e... ladra de cachorros. Kkkkk

Quando Mulder vê que ela está bem e que o assassino afinal não era Guy, ele percebeu que talvez... talvez ele estivesse falando a verdade. Então ele corre pra encontrá-lo (não me perguntem como) e temos outro episódio pra entrar no rol de finais fofos. Eles conversam embalados por uma versão do tema da série e Guy acaba se transformando na frente de Mulder, o deixando fascinado e certamente com sua fé restaurada.

Outros pontos interessantes do episódio:

- Todas as milhares de referências que ainda vão constar de um post só para elas;
- “Daggoo. Daggoo! Daggoo? Daggo????? Daggooooooooo!!!”
- “Mulder, você esquece que eu sou imortal!”
- “Agora você acredita em mim?”/ “No! You’re batcrap crazy!” (Muito bom pra ser traduzido. Rs)
- A felicidade de Guy ao voltar ao “normal” e pensar que não voltaria a ser humano nunca mais.
- A carinha de satisfação de Scully durante todo o episódio. [/Josi]


[Cleide] Me desculpe quem está assistindo a série desde recentemente, ou quem diz ser fã mas tem muitas restrições a vários episódios que também definem a essência da série, mas este episódio foi uma homenagem aos fãs old school... que viram, reviram... nos tempos do VHS, voltavam e assistiam a cena até decorar com riqueza de detalhes e fala por fala.

Desde a primeira vez que Darin Morgan escreveu seu um episódio – Humbug – inaugurou-se um novo estilo em Arquivo X, uma forma de fazer humor muito específica, peculiar... ácido, inteligente e que beira o inacreditável. Ninguém fazia humor assim e o divertido é que no universo da série, soluções assustadoras, absurdas, inverossímeis, cabem no roteiro... e é isso que Darin faz melhor.

Nós sabemos que pode-se esperar de tudo nos episódios cômicos de Arquivo X, desde que em Humbug o tal “piranha humana” simplesmente deglute o suspeito deixando Mulder e Scully com cara de paisagem ao juntarem as peças do crime... ou em Guerra das Baratas que termina com Mulder e Scully cobertos de esterco, ou em Quagmire em que o pobre cachorro da Scully é comido pelo monstro, o caso é encerrado com os agentes com cara de bestas, pois o tempo todo, o monstro era um “jacaré”, para apenas nós, telespectadores admirarmos o Big Blue em toda sua magnitude!

O episódio Mulder and Scully meet the Weremonster foi uma ode à série e a nós! Percebemos no carinho de cada detalhe. Quem não deu uma risada quando viu logo na primeira cena, os dois “noiados” que eram adolescentes quando apareceram na terceira temporada cheirando esterco ou lambendo sapos? E a cara de Mulder quando pergunta Scully se ia querer entrevista-los?

O roteiro foi montado de uma forma muito interessante, pois nós pensamos que Mulder voltaria com todo gás para seus casos sobrenaturais tão amados, mas o encontramos em uma crise de identidade sem tamanho, usando o seu pôster “I Want to Believe” (como ele tem sofrido nessa temporada) para jogar seus lápis (que ficavam colados no teto), e mostrando para Scully, como que tendo amadurecido os casos de monstros que eles investigavam pareciam tão bobos... vários podiam ser resumidos em trotes, derretimento de gelo e outras coisas corriqueiras. Scully até o questiona se ele está tomando a medicação direitinho (coitado de Mulder, em algum momento ele teria de ser medicado, né?), e ela se mostra mais aberta, até animada pra ir conferir a história de perto, afinal haviam vítimas.

Mas chegando na cidade, vendo os corpos, as fotos, conversando com testemunhas, Mulder se anima – afinal, quem sabe é um monstro mesmo? E resolve tirar uma foto da criatura... A cena à noite deles correndo para ver o monstro me matou de dar risada... o que é aquela corrida da criatura? Desengonçada de propósito, como se fosse mesmo para não parecer real, e Mulder tentando se acertar com o celular. O desfecho da cena, no banheiro químico, é uma clara referência ao “The Host”, episódio que nos apresentou o Flukeman  - representado por nada mais nada menos que Darin Morgan.

O hotel em que eles ficam, é típico cenário para episódios do Darin, com direito a dono voyeur. Mulder descobre isto vendo Scully dormir através dos olhos de uma raposa, a perfeição mora nos detalhes. A cena da passagem secreta me lembrou a casa de terror em que os agentes entram em Humbug, e o recepcionista é do elenco de Clyde Bruckeman’s Final Repouse. O relato do dono do hotel é tão louco, que ficamos mesmo como Scully sem acreditar em nada, mas ele não parava de beber uma birita das fortes! Pensem na sutileza, a transexual (que foi representada pela Shangela, super polêmica drag do RuPaul’s Drag Race) era usuária de crack, o dono do hotel visivelmente bêbado... e as duas testemunhas do início do episódio, sob o efeito de entorpecentes desconhecidos.

Mulder se empolga, e é tão legal ouvi-lo falar sem parar criando teorias cada vez mais insanas, que nós também falamos junto com Scully “This is how I like my Mulder”... gostamos mesmo! Ainda que achemos as teorias dele doidas demais. De qualquer forma, eles tinham um suspeito. Aquele homem era a chave do mistério. Nenhuma teoria mais louca de Mulder alcançaria a loucura da verdade. Ele achava que se tratava de um metamorfo: um homem que virava lagarto... (lembrando que as vitimas tinham mordidas humanas), mas restava saber como aconteceu. Então, Guy Man (que nome é esse?) conta sua história – como ele diz a Mulder – seria necessário tomar uma bebida para dar conta. E só em um episódio de Darin Morgan uma virada dessas faria sentido, ele não foi um homem que se transformou em lagarto, e sim era um animal, feliz da vida, livre na natureza, que foi mordido por um homem (possivelmente o verdadeiro assassino), e quando amanheceu, tinha se tornado homem.

Parece uma ideia muito maluca à primeira vista, mas por que não, a condição humana poderia ser considerada uma doença para um animal. Eu achei genial a sutil crítica social que é feita, ele acordou humano, com consciência de si, da nudez... e de repente sente necessidade de trabalhar. Mas logo que começa a trabalhar, acha aquilo tudo um inferno, e logo gostaria de voltar a ser monstro... então à noite ele voltava a sua natureza, mas amanhecia humano para seu desespero. A única alegria que ele consegue obter, é ter um bichinho de estimação. Misturando mentira e verdade, a história fica muito louca, e ao contar o episódio de ser assediado sexualmente com Scully, Guy perde toda credibilidade de Mulder. O “monstro” no final das contas, ficou horrorizado com a monstruosidade do ser humano, e gostaria de que o matassem para que acabasse com toda essa confusão, e foge, deixando Mulder atônito, e bêbado. Adorei que o toque do celular de Mulder é igual ao meu!

Scully tinha recebido os resultados, e sabia que se tratava de um humano, é muito engraçado o tédio dela e Mulder com seriais killers – se você viu um, viu todos! Quando Mulder chega aonde ela estava, a danada tinha já o assassino sob seu domínio, ao que Mulder reage com assombro: é a segunda vez que você aborda um suspeito sem reforços... e ela responde que ela é imortal (referência a Clyde Bruckeman e Tithonus). Ah, Scully recolhe para si o cachorrinho do Guy... lembrava Queequeeg ownnnn! E seu nome, assim como do finado cachorro, faz referência a Moby Dick.

Eu achei o final tão singelo, quando Guy entra na selva para hibernar por 10.000 anos e ele diz que gostou muito de conhecer Mulder, e lhe aperta a mão, e então se transforma em frente aos olhos do agente, e Mulder responde “igualmente”... e lhe foi devolvida a fé, afinal, nem todo monstro era trote, ou brincadeiras de mal gosto... [/Cleide]


[Ana Paula] Darin Morgan... Nós te amamos! Que episódio delicioso de se ver... Leve, mas sem deixar de lado toda a profundidade que um Arquivo X deve ter. Eu amo os episódios cômicos. Porque eles nos colocam de frente com o absurdo extrapolado aos seus limites e nos chama a atenção para coisas comuns do nosso cotidiano.

Rever o ambiente florestal, já no teaser traz aquela nostalgia gostosa dos primeiros anos da série.  Mas, o diferencial está no quanto tudo parece muito mais explícito. Quando a abertura começou o assassino já havia sido identificado, o caso estava solucionado, só faltava prendê-lo e saber o que lhe tinha acontecido para que se transformasse num mutante comedor de carne humana, certo? Bom... Ainda bem que Arquivo X sempre tentou fugir do óbvio.

Quando vemos Mulder usando o pôster (que, ironicamente, agora pertence a Scully – que sacada genial!) como alvo para seus lápis, já percebemos que será um episódio sobre ele. Depois de entender que foi enganado por anos, fica difícil voltar a acreditar em possibilidades extremas. E, poxa... um homem de meia idade perseguindo monstros? Sério, eu também teria aquela sensação de “o que eu tô fazendo com minha vida”.

Mulder está em crise em todos os aspectos de sua vida: saúde, profissão, relacionamento... Sua descrença é justificável. Mas então, Scully, como boa o instiga encarar aquele caso.

Na minha opinião, esse episódio está dividido em duas partes: na primeira, uma comédia bem bobinha, “Sessão da Tarde”. Scully está diva (isso durante o episódio inteiro) e Mulder na vibe “Oh vida... O azar”. Chega a dar agonia o tom de voz monótono dele. Ela o desafia o tempo todo. Provoca, mesmo sem acreditar... E ele por instinto, vai.

As situações envolvendo os diálogos, as perseguições, o aplicativo da câmera, a autópsia, as passagens secretas (sério, Mulder... o que é aquela cueca vermelha???) são divertidas e fazem referência à empolgação dele na primeira temporada, mas ainda não tem aquele espírito “The X-Files”.

Aí tudo muda na cena em que ele acorda Scully para lhe contar sua teoria. Na minha humilde opinião, uma das melhores de todas as 10 temporadas (e dois filmes) até agora. Genial! O timming do monólogo dele (argumentando e contra argumentando em nome dela), as expressões de Scully, que não parece mais tentar convencê-lo de nada, só deixa que ele siga e diga em voz alta sua conclusão... Apenas para terminar dizendo que tudo aquilo não passava de besteira. Isso é The X-Files em toda sua glória!

Scully está se divertindo? Claro! Imagina, a pessoa por quem você mudou toda sua vida, em quem você mais confiava no mundo é diagnosticada com “depressão endógena”... E de repente, ver essa pessoa ressurgindo das cinzas, empolgada, viva novamente? Sim, é assim que nós gostamos do nosso Mulder!

Ela está tão madura, que não o enfrenta mais. Permite que ele busque seu próprio caminho enquanto faz investigações paralelas... Que a levam direto para o assassino real. Aquele cara que sempre estava ali, mas ninguém dava importância. Ela, imortal (que delícia ver essa referência...), mostra que ainda está em plena forma e boa de briga (sim, porque Mulder sempre foi uma negação nesse quesito) e lindamente captura o culpado, ainda ganha mais um cachorrinho (que parece muito mais simpático que Queequeg).

Enquanto Scully salva o dia, Mulder fica cara a cara com o famoso monstro... que numa reviravolta genial (sim, eu já disse essa palavra algumas vezes aqui... e ainda acho que vou repeti-la rsrs) foi mordido pelo verdadeiro assassino e passa a se transformar em humano durante o dia... Não é o humano que vira monstro, é o contrário! Ele quer continuar como humano? Não! Simplesmente porque nós somos os seres mais estranhos da face da Terra! Genial!

É um monstro da semana que nos faz refletir sobre a condição humana. Sobre nossos hábitos, vícios, medos, mentiras, expectativas... Tudo isso nos escravizando e fazendo com que percamos o contato com o que há de mais valioso, que é olhar para nós mesmos e entender que somos limitados, mas ainda assim cheios de possibilidades. Darin Morgan costuma “aprontar” dessas... Ele é genial!

E Mulder ainda é Mulder. Ele se envolve. Parece até tocado com o desespero de Guy. E sim, ele conhece Scully, sabe que ela não iria para um quartinho com um cara que acabou de conhecer. Engraçado é que ele acredita em toda a parte mais fantasiosa, mas ali bate o pé. Sabe que não é verdade. Por mais que tenham dito que aquela cena foi desnecessária, acho que foi só mais uma forma de ilustrar o quanto nós seres humanos somos medíocres.

Enfim, nessa jornada, Mulder identifica-se com a solidão e falta de perspectivas. Não que elas não existam, eles só não as conseguem ver. Nosso querido agente está diante de um espelho. O absurdo somos nós. A expressão final dele, de encantamento é linda. Porque para estar no mundo, é preciso reaprender a maravilhar-se com ele todos os dias. [/Ana Paula]


[Carina] Li algo no Twitter que mexeu com meu coraçãozinho X-Files, em menos de 140 caracteres uma criatura escreveu que o episódio havia sido um grande clichê e que não era grande coisa. O que tenho a dizer ao autor dessa frase: Se não gosta não assiste, simples assim! Ok! Deixando o momento revolta, vamos ao que interessa...

“Mulder & Scully Meet the Were-Monster”, como todos fãs, amei esse episódio. No primeiro segundo quando aquela lua cheia enorme aparece na tela, já tinha certeza de que esse seria mais um para lista de inesquecíveis. Não foram somente os “Ovos de Páscoa” que o autor deixou ao longo de todos os quase 44 minutos, mas a fotografia e a trilha sonora, o retorno definitivo do mostro da semana e sem falar na reflexão de como nós Seres Humanos, podemos ser monstros piores que os monstros. O casal com o rosto dourado, para lá de Bagdá, testemunhando a fuga de um monstro que havia atacado pessoas na floresta, nos leva a julgar a criatura e condena-la de antemão. Isso resume a ideia inicial.

Nos levando a um Mulder entediado fazendo o cartaz do “I want to belive” de alvo para seus famosos lápis, para descobrir que o pôster na verdade é da Scully. Nosso herói está em crise, muito do inexplicável foi explicado, e ele se dá conta de que já é um homem de meia idade (não que isso importe para Scully e para nós), cansou de perseguir monstros e contrariado se desloca com nossa amada ruiva para mais uma investigação de que? De que? De um crime praticado por um Monstro, ora veja! E esse é dos bons, o retrato falado da criatura diz que ele tem chifres e três olhos. Vemos um Mulder sem muita paciência para a investigação e procurando a resposta mais simples para tudo. E levando um puxão de orelha bem dado da Scully, chamando a atenção para que um criminoso estava à solta e prendê-lo era o trabalho deles. A melhor frase foi “... mas marque minhas palavras, Scully, quando pegarmos nosso assassino, só terá dois olhos!”.

Não vou entrar no mérito se a piada com a transexual foi politicamente correta, mas que foi boa foi, jamais vou esquecer “cuecas comuns como eu costumava usar...” (rsrsrsrs).  Mulder parece ter adquirido um certo apego a tecnologia, não que anteriormente ele não curtisse isso (vejamos “Kill Switch” ou “First Person Shooter”, e a amizade com os Pistoleiros), mas ele tendo problemas com o aplicativo da câmera e correndo com aquele celular disparando flashes foi hilário, e o gritinho de mulher que ele dá ser “atacado” é sensacional. Melhor foi ver Scully tentando fazer a autopsia enquanto o chiliquento seu amado ficava enfiando o telefone na frente para mostrar as fotos que havia tirado.

Bom eu amei tudo nesse episódio, e quando finalmente Mulder vira uma metralhadora de teorias e não permite Scully abrir a boca usando a frase eu sei o que você vai dizer, emendei um “eu também” quando ela finalmente consegue falar e com uma expressão sem igual diz: “sim, é assim que eu gosto do meu Mulder”. E oficialmente o homem lagarto Guy Man é um dos meus monstros favoritos.

Algumas coisas merecem ser destacas:
- A cueca vermelha de Mulder;
- Ele observando Scully dormir;
- O psicólogo querendo receitar antipsicóticos para o Mulder;
- Guy Man contando sua história e sendo interrompido a cada pouco por um Mulder ansioso;
- Momento ciumezinho básico de Mulder, quando Guy descreve uma Scully sexy e muito dadivosa;
- O piti de Guy quando descobre que Fox suspeita dele como autor dos assassinatos;
- O novo mascote do Arquivo X Dadoo;
- O toque do celular do Mulder: <3
- Scully deixando de lado o papel de donzela em perigo e prendendo o verdadeiro assassino sozinha; \O/
- A confirmação de que a ruiva é imortal; (#EuJáSabia)
- E o fato de que Mulder não lavará a mão por um longooooo tempo.

Tá o texto ficou um pouquinho longo, para não dizer muito, mas eu juro que resumi ao máximo, pois do jeito que eu gostei desse episódio eu poderia escrever uma monografia. [/Carina]


[Helena] Este episódio já começa provocando risadas.

Um casal chapado no meio da floresta – antes de ficarem “high” já deviam ser uns bocós; que lugar para entrar em uma onda! – dão de cara com um monstro que ficou ainda mais apavorado com eles. Encontram um “cara” ferido e um “cara” morto e claro que o caso vai parar no ARQUIVO X!

O Mulder deve ter cansado de atirar lápis no teto e agora vai no pôster EU QUERO ACREDITAR, e desta vez, pulei de risos, é da Scully o pôster! E ela pergunta o ele está fazendo com o “meu pôster”. Adorei!!!!

Quanto ao nosso Fofo, ele responde discorrendo um monte de lamúrias de como tudo já foi explicado, ou é brincadeira, ou é publicidade ou formações de gelo. A Diva pergunta se ele está tomando a medicação e ele acaba admitindo que está na meia-idade e começa a questionar a própria vida e se quer passar assim o resto de seus dias “perseguindo monstros?”.  Sinceramente, nesta hora eu achei que:

a)ele não está tomando medicação ou
b) ele precisa de um ajuste na medicação ou
c)parar de fazer birra e se comportar como um menino crescido.

A Diva deve ter apostado na alternativa c, pois já o informa sobre o caso e que tem um monstro nele. O pôster leva outro lápis!

No local, o Mulder comenta que estranha não terem tirado uma foto, já que todo mundo anda com uma câmera hoje em dia. Quando a Scully mostra pergunta se ele quer falar com as testemunhas e mostra as fotos das figuras o Mulder entende tudo.

Em seguida ele fica argumentando como a Scully fazia no início, e se lembrarmos bem, por muito além das temporadas anteriores. Mas antigamente, depois de falar de leões da montanha, lobos e ursos, o Mulder já iria zombar da Scully dizendo que ela queria culpar um zoológico inteiro. Eu estava pensando isto do Mulder. Na hora então que a Scully fala de uma vítima sem roupas e o Mulder diz que o cara podia ser um nudista que foi atacado por um ou três daqueles animais ao mesmo tempo, meu queixo caiu!

“Era assim que gostaria de morrer”. Nesta hora eu tive um treco. Estou tendo outro enquanto revejo para escrever esta review!

A Scully reconhece a fase de questionamento dele. JURA!?!? E insiste em continuar a investigação. Só faltou ele fazer beicinho.

O monstro ataca uma prostituta que descreve ele e fala da cueca. Quando a Scully pergunta se era boxer ou samba-canção a moça explica que era samba-canção como a que ela usava antes da operação e de quebra reclama que a polícia não acreditou nela porque acharam que estava drogada. O Mulder pergunta se ela estava e ela diz que está...

O “cara” encontrado pelos doidinhos do início é do Controle de Animais e depois de quase morrer de susto com a aproximação silenciosa dos nossos agentes favoritos e fala dos medos dele, quando ouve um tipo de rosnado que com certeza não veio de nenhum cachorro ele corre na direção contrária. Nossos agentes vão na direção. Até aí tudo bem. Como eles seriam investigadores se também fugissem?

A Scully saca a arma. Tudo bem. O Mulder fica tentando usar a câmera do celular! E ele não sabe mesmo usar! O que ele fez durante 10 an0s?! Só ficou jogando lápis no teto? Eles acham um cadáver e o monstro passa correndo do outro lado e o Mulder de celular em punho corre atrás dele...

O Fofo encontra o sujeito do Controle de Animais, assusta ele pela segunda vez e os dois ficam tentando configurar o celular. O monstro aparece de novo, pois os dois a nocaute e o Fofo, todo feliz diz para a Scully que conseguiu uma foto. Os dois, sendo que a Scully está empunhando a arma, vão procurar o monstro e acabam interrompendo um infeliz no banheiro.

Na autópsia da última vítima o Mulder demonstra que não perdeu a habilidade de pulular em volta atrapalhando a Scully e adquiriu a habilidade de pesquisar na internet pelo celular. A Diva fica o tempo todo zombando e quando ele pergunta, ela confirma que está se divertindo.

No hotel o sono de beleza do Fofo é interrompido pelos gritos do gerente do hotel. Eu não entendi bem a cena: o cara estava passando na cabeça e bebendo o mesmo líquido?

Voltando às investigações o Mulder saca rapidinho o esqueminha de vigilância (para sermos generosos) do gerente e faz o sujeito contar exatamente o que viu.

O Mulder ainda usa cueca vermelha!!!!

Depois de ouvir a história ele deixa de birra e vai correndo contar para a Scully que tem um monstro a solta, fazendo as falas dela e respondendo antes dela abrir a boca. Claro que ela, como todos nós, adora. “É assim que eu gosto do meu Mulder”.

Sendo o Mulder ele mesmo, sem birras de questionamento vai procurar um psiquiatra que tem um paciente que acredita ser um lagarto. Terapia legal: quando estiver perto de uma crise, vá dar uma volta no cemitério. E ainda dá uma receita para o Mulder porque quem acredita em alguém que acha que vira um lagarto precisa de antipsicóticos. E o bom doutor com esta terapia maluca? Camisa-de-força?

A Diva, por outro lado já achou o suspeito. Ele trabalha em uma loja de celulares. O Mulder diz que já está indo, desliga com a Scully ainda falando e ela entra. O Mulder chega e a loja está um caos a Scully está tranqüila e o Mulder sai correndo atrás do cara sem terminar de ouvir a Scully.

O Mulder acha o suspeito no cemitério e próximos de duas lápides onde se lê **Jack Hardy e ***Kim Manners, os dois têm a conversa mais legal de todos os diálogos cômicos da série. Eu achei isto mesmo! Os roteiristas estão incríveis neste revival!

** Diretor e produtor de filmes como A Saga Crepúsculo - Eclipse, Premonição 3 e séries como Arquivo X. Faleceu em 11 de março de 2011.

*** Atuou como diretor nas séries Arquivo X, Star Trek- The Next Generation, Supernatural entre outras. Foi derrotado pelo câncer em 25 de janeiro de 2009.

Fora as crises de identidade do “monstro”, que são hilárias, as críticas a todas as bizarrices do comportamento humano, bem como nossos vícios e atitudes insanas são feitas de modo divertido, apesar de serem bem reais.

Logo de início ele já compartilha a bebida com o Mulder porque ia precisar.

O coitado do monstro foi atacado por um predador (era um humano o predador) que mordeu ele contaminando ele com “humanidade” e como o coitado não conseguia evitar a forma e as emoções humanas, ele teve que se adaptar às mudanças físicas e emocionais.

Primeiro, sentiu vontade de usar roupas, arranjou um emprego através de uma capacidade que só os humanos têm: enganar e mentir para qualquer um; comeu uma vaca (um hambúrguer); assistiu pornô e quando pensou que ia voltar a ser um monstro, adormeceu feliz. Para acordar como humano.

O coitado então sentiu algo bem humano, ter um emprego e odiar este emprego, mas precisa se preocupar com contas, um livro que nunca ia escrever e foi parar no psiquiatra que como nós já percebemos, era péssimo. Então ele comprou o nosso já amado Daggoo e descobriu que a melhor maneira de ser feliz como humano, era ficando na companhia de não-humanos. Adorei esta parte! Se alguém for aos meus álbuns de fotos no facebook, vai entender por que.

Mas cães também são danados e o Daggoo fugiu e na busca por Daggoo ele viu o homem que o mordeu e o transformou em humano e teve um acesso de algo que só os humanos entendem: vingança. Não é bem verdade, cães podem ser vingativos, uma das minhas não perdoa outra de jeito nenhum, por outro lado a grande maioria dos cães que tenho e que já tive esquecem uma rixa com outro quase de imediato...

Bem, o monstro ia arrebentar o cara, mas quando viu o sujeito fazendo isto com outra pessoa, ficou horrorizado com esta brutalidade e fugiu. Acabou levando uma bolsada da nossa amiga que estava drogada e ficou surpreso com a força dela e mais ainda com o Mulder explicando sobre cirurgia de mudança de sexo.

Sobre mudança de sexo, existe sim na natureza. Pesquisando um pouco qualquer um acha várias espécies que mudam quando há desequilíbrio que ameace a espécie de extinção.

Aí vem a parte hilária do monstro, para grande aborrecimento do Mulder, inventando uma interação sexual com a Scully.

Finalizando, que na empolgação estou escrevendo cena a cena...

O Mulder fica enchendo a cara sozinho no cemitério e é acordado pelo celular com o toque de abertura de AX, para minha confusão e delírio, ele fica divagando enquanto a Scully divaga sobre voltar a ter um cão.

Ele percebe que o agente de Controle de Animais é o assassino e corre para ajudar a Scully, que é imortal e toda poderosa e captura o assassino sozinha. Dá-lhe Diva!!! E ainda surrupia o Daggoo!!! Amei, amei, amei!!!

O Mulder repete que todos os serial killers são iguais quando o sujeito começa a soltar clichês sobre como se tornou aquilo e vai dizer ao monstro, que agora vai hibernar, que acredita nele e quando o coitado duvida, ele diz “eu quero acreditar”. Eles se apertam as mãos e o sujeito vira monstro deixando o Mulder para lá de feliz. [/Helena]


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Fonte dos GIFs: x x x x x x x x

7 comentários:

Marcilia disse...

Perfeito!
A vida de Guy é um resumo da ansiedade humana!
*Sunga vermelha....
*O que era aquele psiquiatra?
*Daggoo!!!
*A cara de Mulder pedindo para Guy parar de contar a fantasia dele com Scully, tipo a vontade de Mulder era sacar a arma, e como disse Scully, descarregar o pente todo nele!
*O final foi iluminado!

Anônimo disse...

Dane-se a mitologia. Esse monstro da semana já fez o retorno da série valer a pena. E no que depender de mim, chris Carter pode esculhambar com a mitologia à vontade desde que tenhamos mais episódios geniais como esse.

"há mais coisas entre o céu ea terra do que supõe vossa vã filosofia"

É claro que EU QUERO ACREDITAR NISSO.

Quem em sã consciência quer acreditar que a vida é apenas a mistura casual de matéria mais tempo mais acaso. Que nós somos apenas uma nuvem de átomos, subproduto acidental da evolução?

Alguém?

mada disse...

adorei o episodio,eles tirarram sarro deles mesmos,amei a homenagem ao Kim,frase inesquecivil assim que eu gosto do meu Mulder,Scully falar que sente falta de um cachorrinho e de alguem pra ouvir suas magoas,mostrando que ela sente falta dele,bom pelo menos pra mim é isso,aqueles dois se drogando reconheci eles na hora,sempre se drogam com coisas estranhas,Mulder gritando como uma mulhezinha e tentando configurar o celular ri muito<Darin excepcional<Gillian diva<e brilhante<e aquele olhar de felicidade Mulder<David mostrando que sabe atuar muito bem porque tb estava excelente<e o monstro estava certo<na verdade os humanos sâo mais monstros que os monstros<quero mais <e mais episodios atè David e Gillian estiverem de bengalas

Josilene disse...

Esse episódio marcou mesmo, né, gente? Esse Revival tá demais! <3

Obrigada pelos comentários! :*

Josi.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Vi esse episódio hoje e vou confessar: Fiquei com os olhos rasos d'agua!! Como algo pode ser tão profundo e sutil ao mesmo tempo!?
Foi um presente para os fãs, pra uma menina que pegava as fitas vhs emprestadas da amiga "rica" que tinha TV a cabo e devorava cada episódio até decorar... Essa mesma menina (hoje com 32 anos) continua apaixonada!
Amei tudo nesse episódio: Mulder às voltas com a tecnologia; o monstro da semana e a crise existencial do nosso Muso que nos faz refletir sobre nossa própria existência; a homenagem ao Kim;a inversão de papéis entre M&S; Dadoo!! E claro o primoroso figurino, especialmente,uma diminuta peça vermelha!!(Uiiii)
Parabéns pelo blog, descobri nestas férias e estou amando as análises dos episódios!
E que venha a 11° temporada!
Bjs, Juliana Fernandes

Jackie disse...

Adoro esse episódio e os comentários de vocês ficaram ótimos como sempre. Para mim esse episódio tem a dose certa de humor e nos leva a uma reflexão como é de praxe em arquivo x. Mas pelo menos para mim ele se tornou inesquecível pela seguinte razão, a primeira vez que vi esse episódio no momento de sua estréia, não sei bem porquê não percebi o detalhe do toque do celular do Mulder, a segunda vez que vi tive um sobressalto e o primeiro impulso foi voltar a atenção ao meu próprio aparelho achando que estava tocando, só então percebi que se tratava do celular do Mulder. Nooosa! Acho que meu coração parou por duas batidas e só então saltou para 200 Bpm. GEENTE, o toque do celular do Muder é mesmo do meu celular!
Fato: Nuca mais troquei o toque do meu cel. e quando alguém reclama "Nossa que toque estranho é esse" eu respondo toda orgulhosa: - É o mesmo toque do cel. do Fox MUlder!