sábado, 20 de agosto de 2011

04x04 - Unruhe (Inquietação)

Direção: Rob Bowman
Roteiro: Vince Gilligan

Resumo: Mulder e Scully investigam o sequestro de uma jovem mulher. A única pista é uma foto terrível e inexplicável que aparece na cena de seu desaparecimento.



Comentários:

Eu virei super Excer mesmo no episódio INQUIETAÇÃO. Assistia à série desde a segunda temporada sempre, mas todo o sofrimento da Scully e Mulder desesperado atrás dela... pronto! Ficou gravado na minha mente e nunca mais saiu... E eu nem quero que saia! [Yayá]

[Starbuck] Inquietação é episódio realmente... inquietante.

Muito tocante a forma como a Scully se deixa envolver nesse caso. Alguns tipos de monstros a afetam profundamente, como aconteceu em Irresistível com o Donnie Pfaster.

Esses episódios que deixam a Scully angustiada são ótimos por dois motivos:
- A gillian dá um show...
- O mulder fica (como dizem por aqui) FOFO...

Só em arquivo X para um toque de mão (aquele em que o Mulder segura a mão dela depois de tirar-lhe a fita adesiva lá na cadeira de dentista que o cara a prendeu) ser tão revelador... Eles são bons... affff.....

O monólogo final da Scully também é assustador: sobre como ela teve que buscar uma empatia com o monstro, entrando na mente dele, conhecendo-o... e o medo dela de que ele também tenha aventurado-se em sua mente... e até que ponto ela está ilesa a isso.

Para realmente perseguir monstros, devemos entendê-los, devemos nos aventurar na mente deles. Será que, ao fazermos isso, há o risco de que se aventurem na nossa? by Scully

Unruhe é para Scully o equivalente à Grotesco para Mulder.

A perturbação da Scully em unruhe é diferente daquela que vimos em Irresistível. Enquanto que em Irresistível ela ficou fragilizada e amedrontada, nesse episódio ela fica com raiva, irada... Isso até fez com que ela, na hora do interrogatório do Schnauz, agisse de forma incoerente. Ela quis ali que um psicótico esquizofrênico desse uma explicação lógica (mas, não segundo a lógica dele, segundo a lógica dela) sobre o que ele estava fazendo com as mulheres. Daí Mulder, percebendo isso, aproxima-se de Schnauz e entra no universo dele... Mostra-lhe o pai e desarma-o momentaneamente... Isso faz com que ele traga à tona a lógica das suas ações, pois o universo dos psicóticos é extremamente lógico, bem elaborado, em que atores e causas navegam na mais perfeita harmonia segundo um dado objetivo. O grande problema é que esse universo só é aceitável no mundo deles, então enquanto enfiar um picador de gelo nos olhos de alguém para invadir seu cérebro e libertá-lo do cativeiro no qual este se encontra é um gesto nobre e "edificante" para o Schnauz, para nós, os quase-normais (ok..), é algo repulsivo, criminoso e "perturbador".

O mais impressionante nesse episódio é o quão profundo ele é, o quanto conseguimos enxergar a trama através dos olhos inquietantes de Schnauz e das imagens de sua mente (projetadas nas fotos). Isso se deve em grande parte ao roteiro do Gilligan e à interpretação ótima do Pruit Taylor Vince (o Schnauz).

Cenas que adoro:

- Quando a Scully, ao atender a ligação de Mulder avisando sobre o Schnauz, diz "unruhe" e provoca a reação imediata do perna-de-pau.
- o interrogatório, em que vimos uma Scully visivelmente perturbada.
- A angústia do Mulder, especialmente, na cena em que fica olhando para as coisas da pasta do Schnauz tentando encontrar um link que o leve a descobrir o paradeiro da ruiva... e a cena tão humana dele buscando algo para tentar quebrar a janela do trailer... Esse é nosso herói, não tem cinto de utilidades, não tem visão além do alcance, nem tampouco voa sobre Vancouver... Para mim, Mulder é um herói justamente por não ter essas parafernálias, nem esses super-poderes, ele só tem a ele mesmo (sua inteligência, coisa tão rara em nossos dias) e seu oposto complementar... (tinha que ser shipper ao final) [/Starbuck]

[Pri] Unruhe... Um dos episódios mais assustadores de AX... Confesso que tive mais medo do Gerry Schnauz do que até mesmo do Donnie Pfaster, o assassino de “Irresistível”. O argumento do episódio é fantástico, o doido tinha uma habilidade paranormal de criar imagens/fotos em um filme usando sua mente – no caso, o que sua mente doentia fantasiava como real.

Me apavorava ver que Schnauz realmente via a imagem daquelas moças em estado desesperador nas tais fotografias psíquicas que ele projetava, e que ao atacá-las ele achava que estava na verdade salvando-as de sua inquietação. Muito medo das cenas dele atacando as moças e depois as coitadas em estado vegetativo devido a lobotomia... Nunca mais vi um picador de gelo da mesma forma :-/ E também chamou a atenção a cena na construção, situação sinistra, o tal do Schnauz usando aqueles apoios metálicos para as pernas, quando a Scully saca que ele é o assassino... (na minha cabeça parece que ele vai arrancar os apoios e atacar a Scully...)

E quando ele se esconde debaixo do carro e espeta o pé da Scully para dopá-la? Toda vez que vejo esta cena solto um “ui”, rsrs. E a cena clássica do Mulder correndo loucamente, e a gente gritando igual boba “corre”, mesmo sabendo que ele não vai alcançá-la...

E no meio do desespero pra encontrar Scully, é bonita a cena na qual o Mulder olha desesperado e sem saber o que fazer pra foto dela, até conseguir ter uma de suas sacadas geniais – associar o local para onde Schnauz teria levado Scully com o cemitério onde estava enterrado o pai de Schnauz.. E Mulder arrebentando o trailer do cara com toda a força do mundo pra resgatar a ruiva... maior emoção! Que desespero pra que ele consiga entrar no trailer antes do cara lobotomizar a pobre da Scully. E por fim, a última das fotos psíquicas do Schnauz – na qual está ele mesmo, morto a bala por Mulder. [/Pri]

É emocionante o desespero de Mulder para achar Scully. O que mais me marcou neste episódio é a expressão dele a ver a Scully na fotografia... como a próxima vítima. Momento de puro pavor de Mulder... [Daniela]

[Maria Cristiana] Esse episódio me deixou de cabelo em pé... não conseguia olhar para aquele homem, credo pessoal, os olhos dele não paravam, parecia um mariposa enlouquecida!

Mas a história é muito boa. Mulder desesperado correndo, tentando pegar o sujeito quando ele se deu conta do que tinha acontecido com a nossa heroína, esta sempre entrando numa fria...

Mas vamos lá... para agarrar um perverso assassino, Mulder e Scully tentam decifrar as pistas que ele inadvertidamente deixa para trás.... báh, e que pistas. Fotografias estranhas que revelam suas negras e perversas fantasias, parece que o que vai dentro da alma daquele homem é revelado nas fotos: sentimentos obscuros, medos... reflexos de uma vida trágica com problemas que não foram resolvidos e vieram aflorar na vida adulta, fazendo com que cometesse hediondos crimes. Este cara está no mesmo patamar do Pfaster, aquela outra coisa ruim que quase liquidou com a Scully e agora, mais uma vez, ela está em perigo eminente. Sobrou pra ela de novo.

Este episódio foi muito bem bolado, bem escrito e dirigido. O lance das fotos é ótimo. E Mulder, sempre escarafunchando nas coisas, por mais improváveis que sejam, consegue entender como a mente daquele homem funcionava e como os pensamentos e sentimentos distorcidos eram capturados pela impressão fotográfica.

O desespero da Scully quando realmente compreendeu o que tinha acontecido com ela e que estava a mercê daquela criatura horrenda... Que horror, ele fazia lobotomia nas mulheres. O terror refletido nos olhos, mostrando o que se passa na mente e no espírito de quem sofre tal ignomínia.

Este terror não é apenas de Scully, Mulder também o sente. O medo, insegurança de não conseguir chegar a uma solução à tempo de desvendar o paradeiro de sua mais do que parceira...

Finalmente ele encontra o velho trailer onde Scully se encontra, ele sente, percebe que ela está ali. Sua luta para libertá-la...

Ela, liberta, só quer sair daquele lugar. Ele estende a mão par ela que a segura firmemente, mão conhecida que transmite segurança, confiança...

Gosto de ver a fisionomia dele quando fica divagando, seus pensamentos aparecem refletidos em seus olhos....

Este episódio trata do medo, das teias de aranhas, das poeiras de coisas que desejamos que fiquem eternamente enterradas, que não venham à tona, será o medo dela também? Do que realmente Scully tem medo? [/Maria Cristiana]

[Josi] Certa vez eu vi este episódio com minha sobrinha, quando ela ainda tinha oito anos. Eu via legendado mesmo e ela lá com o olhar colado na tv e ainda comentando, dando pitacos e mandando minha irmã ficar quieta porque queria prestar atenção... own...

Quanto ao episódio, a moça sendo pega no início já dá o tom do mesmo. Creio que aquela situação dela sendo drogada por um estranho e vendo seu parceiro (provavelmente) morto, fora a chuva, deve ser bem inquietante, se me permitem o pequeno trocadilho.

Eu sempre ouvi/li críticas sobre o fato da Scully sempre levar a investigação primeiramente para o comum, enquanto Mulder pensava de forma não ortodóxica. Mas vamos ser sinceros... quem seriamente pensaria diferente da Scully? Só Mulder mesmo! Eu já acho a Scully demais apenas por levar a sério o que ele diz, enquanto os demais chacotam. :P

É interessante pensar no fato de que o assassino pensava que estava tirando fotos da mente da pessoa que ele sequestrava quando na verdade ele tirava as fotos da representação de seus próprios pensamentos doentios e coerentes apenas para si mesmo...

Gente... o que era aquela ressonância? Fica bem estranho se comparado com as imagens que vemos hoje em HouseMD. rs




Uma coisa me inquieta... eles não dizem se ela vai ficar boa, né? Poxa, a Scully faz o maior drama, mas ninguém diz a extensão dos danos e até onde ela pode se recuperar. =/

Amo como Mulder aponta as características do assassino e Scully fala a palavra "Unruhe" para testar a reação do suspeito.

Sabe... enquanto eu assistia, eu lembrei de IWTB, da cena em que a Dakota encontra-se com o mal inevitável (a morte). No episódio, no instante em que a Scully persegue o suspeito e o cara corre, assim que ela tem uma visão dele, o avisa de que, se ele não parasse, ela atiraria. E quando ele ignora sua ordem, ela realmente cumpre com o prometido. Gosto nisso na Scully: ela tem uma arma e faz uso dela... não é como certas agentes que mal sabem segurar uma arma e ainda ficam falando o tempo todo dando a sua localização pro cara... afffffffffffff

Isso de foto psiquica é muito interessante! O Mulder disse que haviam pesquisas com isso com resultados práticos... Legal.

E Scully é pega exatamente como ele pegou a primeira vítima. E que droga forte, viu? pá-pum!

É tocante Mulder correr desesperado atrás do carro que leva a Scully mesmo sabendo que não conseguiria alcançá-lo. Mas eu fico mesmo é pensando no por quê dele não tentar atirar nos pneus? Medo de acertar no lugar errado e pegar na Scully?

O que é o Mulder quietinho olhando pra foto e tentando decifrar a mente do cara a tempo de encontrar a Scully? Nossa!

E você reclamando de seu dentista... tsc tsc tsc





Sério, gente.. olha só... de todos os episódios de House, um dos que me deu mais apreensão foi um em que eles faziam uma biópsia do cérebro de um garoto e retiravam a amostra pelo olho... mas eles retiravam pela pupila mesmo e paralisavam o olho e tal, mas a pessoa ainda ficava olhando... arrrgh! dá muita agonia! Imagina isso, sem anestesia alguma, com uma "agulha" daquele tamanho e ainda o procedimento sendo feito por um maluco? o.O

Scully falando alemão e ganhando tempo com o filho esquizofrênico do dentista... Scully tem um cerébro ou um mini computador? Como conseguir saber tantas línguas, fora todos os dados científicos que ela tem na cabeça?

Ah, como todo mundo, amo quando Mulder chega lá derrubando tudo e assim que vê o cara mete bala nele... Own.... mas é incrível o auto-controle da Scully! Assim que ela é salva, ela sai de lá como se não tivesse acontecido nada! Eita mulher danada!

E no relatório da Scully, ela escreve algo que relembra Grotesco: que para pegar um assassino, tem que se entrar na mente dele... No entanto, ela faz uma abordagem diferente. Ela não diz que teme ficar como ele, mas sim teme que ele invada a cabeça dela.

E no finalzinho, a lágrima de Pusher.






[/Josi]

[Cleide] Este é um dos meus episódios favoritos... lembro-me de ter visto o comercial na Record e ficar esperando ansiosamente pra ver. Pode parecer sadismo, mas eu sempre gostava que Scully ficasse em perigo, porque sabia que Mulder ia salvá-la.

Interessante como ela fica perturbada nesses casos de sequestros e abusos de mulheres, quando pegam o cara ela fica doida pra ir embora, como em irresistível...

Bacana também, que como em Irresistível, eles têm o criminoso nas mãos e o perdem...

Adoro a cena do interrogatório: Mulder o psicólogo e Scully a durona! É nessa hora que o cara percebe sua "inquietação" e a escolhe como próxima vítima.

Outra coisa que adoro em Arquivo X, Scully nunca é a vítima indefesa, ela sempre dá seu jeito de manipular, de dialogar com o bandido (excessão em irresistível). Nesse caso, sacada de mestre falar em alemão!

Acho de dar arrepios a hora em que a foto que Mulder tinha pagado sai com Scully desesperada, ele saca o que estava acontecendo e sai correndo desesperado atrás do carro, e fica com a difícil tarefa de desvendar a mente de um maluco em tempo sob a pena de ter sua querida "lobotomizada". [/Cleide]

[Ariana]
“É só uma foto de passaporte, não é a capa da Vogue.” – Comentariozinho tipicamente masculino, vindo de alguém que jamais entenderia o poder de um simples batom na vida de uma mulher. rs


A vaidosa em questão – Mary Lefante – entra finalmente na farmácia e, ainda que não vá sair na capa da Vogue, posa sorridente para a foto. Só que na hora de pagar a conta, percebe que esqueceu a carteira e precisa voltar para buscá-la. Contudo, antes que alcance o carro, uma figura trajando uma capa amarela esbarra em Mary, que sente uma picada. Imediatamente ela começa a sentir-se mal, o que só piora ao ver seu namorado morto. Poxa, não permitiram que o pobre sequer terminasse de fumar o cigarrinho em paz.

E Mary Lefante... bem, não teve tempo de pensar nisso ou em qualquer outra coisa, pois o que quer que tenham lhe injetado, surtiu o efeito necessário para que a levassem sem o menor contratempo. E mais, ela nem teve tempo de ver como saiu na foto. Se bem que algo me diz que ela não teria gostado muito do resultado... O.o

Como era de se esperar, Mulder e Scully são chamados, não exatamente pelo seqüestro em si, mas devido ao caráter, digamos... peculiar da única pista deixada pelo seqüestrador. Enquanto Mulder se encanta com a misteriosa fotografia de Mary Lefante, Scully, por sua vez, tece teorias a respeito de como ela poderia ter sido adulterada por fatores puramente ambientais. E o Mulder com a maior cara de quem só ouviu “blá, blá, blá”. E quando ela pergunta “qual a sua teoria?”, o que ele responde? Não sabe se tem uma... Ah, tá!

Agora ela é quem tá com cara de quem está ouvindo “blá, blá, blá” kkkkkkk
Pois está absorta em outra coisa, né, Scully danadinha? ;)



Já na casa de Mary Lefante, Mulder está particularmente interessado numa câmera que encontra. Com a lente coberta tira diversas fotos – diante da habitual cara de bolinho da Scully, que nada entende. E ele explica que nos anos 60 houve um sujeito que conseguia produzir fotografias mentais, por meio das quais era possível criar uma representação do que tinha em mente. Por mais que duvide – e um bocado – do que ouve, Scully não deixa de se assombrar ao ver as fotos revelando lentamente a mesma imagem de Mary Lefante gritando por socorro. Mulder acredita que o seqüestrador tenha tal habilidade, desvelando através dos instantâneos os seus pensamentos mais secretos, ou, como disse Scully, “suas mais obscuras fantasias”. Humm... seria uma boa para o querido ter um dom como este, tendo em vista a categoria dos seus pensamentos privados, assim não precisaria mais gastar com aquelas revistinhas de que tanto gosta. Mas acho que nas produções do Mulder haveria somente uma modelo. rsrs

Quando Mary Lefante aparece, causa mais horror do que qualquer fotografia poderia revelar, visto que ao ser examinada descobrem que ela foi vítima de uma mal feita lobotomia transorbital, na qual um picador de gelo é introduzido atrás do globo ocular até o cérebro. Um procedimento que tinha como indicação, pacientes com transtornos mentais, violentos ou desobedientes, a fim de “acalmá-los”. Er... acho que acalma até demais, hã? O efeito é: praticamente zumbi. Então, de repente, ouvimos a voz gutural de Mary pronunciar num gemido a palavra “unruhe”, que Scully.poliglota diz significar “inquietação”.

Nem deu tempo de comemorar o retorno da Mary (se é que isto é possível) e outra mulher é seqüestrada. Mulder acredita que a chave para desvendarem o caso encontra-se na foto de Mary e retorna a Washington para investigá-la, ao passo que Scully segue atrás de pistas concretas. Cara, a ruiva é mesmo mui macha! Onde que eu entraria num prédio em escombros, sozinha e podendo topar com um louco metido a neurocirurgião que adora sair por aí enfiando objetos pontiagudos nos olhos alheios! Mas, quando Gerry aparece, não posso deixar de pensar que teria sido melhor continuar sozinha... E nem precisava saber que ele é o seqüestrador pra sentir isso. Você pode não estar perturbada, mas a presença do Gerry com certeza te conduziria a este estado, o que fica claro para a ruiva durante o interrogatório. Inicialmente, Gerry Schnauz é a própria imagem da inocência e espanto diante de tudo que está lhe acontecendo. Mostra-se confuso e desorientado com tantas perguntas e informações de pessoas que diz não conhecer. Mas toda essa candura desaparece tão rápido quanto seus olhos se movem, assim que Mulder pede para que fale a respeito da primeira vez em que foi preso. E no instante seguinte lá está ele, tendo chiliques e enfurecido como um... eu ia dizer como um furão, mas eles não são enfurecidos, então... xá pra lá. E tudo isso só porque o querido refrescou um pouco a sua memória, trazendo algumas lembranças da sua bucólica vida familiar...

No fim, Gerry revela o local onde podem encontrar Alice Brandt, mas é tarde demais para ela. Ao constatar que ela está morta, Scully não disfarça seus sentimentos e só quer sair dali o mais rápido possível, enquanto Mulder se mostra encafifado com as peças soltas desse quebra-cabeça que é Gerry Schnauz. Mas para ela está tudo resolvido, o criminoso está preso, as duas vítimas foram encontradas e o que ela menos deseja é entender os motivos de Gerry Schnauz, mas sim esquecê-lo e a tudo o que ele imprimiu nas profundezas do seu cerne.

Bem, tudo estaria resolvido caso Gerry não conseguisse escapar dando um tiro no policial, que bobeou ao ficar de costas para ele. Em seguida recebem uma denúncia de assalto na mesma farmácia em que Mary Lefante foi fotografada, e pela descrição dos objetos roubados – uma câmera fotográfica, filmes e material para produzir mais twilight sleep – deduzem que o ladrão só pode ser Gerry e que provavelmente já tem uma nova vítima em mente.

Mulder tem um daqueles insights e coloca uma nota na cabine fotográfica. Enquanto ele espera o resultado, Scully vai ao estacionamento pegar o carro, mas acaba interceptada por Gerry. Nesse mesmo instante, dentro da farmácia, Mulder vê assombrado a imagem de Scully cercada pelos gemedores revelar-se no instantâneo. Aflito, ele corre desenfreado, mas o carro some na sua frente. Só lhe resta agora correr contra o tempo e, com a única pista na mão, busca desesperadamente uma resposta. E absorto, repete para si mesmo: “seis dedos”, referindo-se à mão que parece segurar Scully na imagem.

Scully, por sua vez, tem seu pior pesadelo tornado realidade ao despertar em uma sala escura, completamente amarrada, ao lado uma mesa cirúrgica sobre a qual se vê o objeto de “trabalho” de um psicótico. Como se a situação já não fosse ruim o suficiente, Gerry surge das sombras, brandindo o instrumento de leucotomia e ameaçando os gemedores que vivem na cabeça da Scully, tais como aqueles que habitavam a mente de Mary Lefante, de Alice Brandt e de sua irmã, fazendo com que ela levantasse “falsas acusações” contra seu pai. Scully ainda tenta chamá-lo de volta à razão (mas aparentemente esta saiu para tomar um cafezinho e nunca mais voltou) e acaba por dizer que se os gemedores existem, é apenas na cabeça dele. Surpreendentemente, essas palavras parecem ressoar dentro de Gerry, e quando se prepara para tirar fotos de Scully, pensativo, volta a câmera para si mesmo.

No consultório fantasmagórico do pai de Gerry, após examinar incessantemente a fotografia, intrigado com os seis dedos, Mulder consegue desvendar algo. Percebe que na foto do obituário do pai de Gerry há cinco lápides, mas com a do Sr. Schnauz, são seis. Ou seja, bora pro cemitério!

Gerry, por sua vez, está perturbado com as fotos que acabou de tirar e as mostra para Scully, questionando seu significado, ao que ela responde que ele precisa de ajuda. Porém, nada é capaz de demover Gerry de sua missão contra os gemedores e ele contesta: “Acho que isso significa que não disponho de muito tempo” e parte pra cima dela. Neste instante, Mulder está lá fora batendo na porta do trailer, mas ninguém atende. Dando a volta pelo carro, ele vê um chaveiro em forma de dente e sabe que Scully está ali dentro. Com a ajuda de um pedaço de cano (ao que parece), consegue arrebentar a porta e entra no derradeiro momento, quando Gerry está prestes a perfurar o olho de Scully. E atira. Após se certificar que Scully está bem, Mulder olha para Gerry caído no chão e pega uma foto, na qual vemos a imagem de Gerry tal como está agora... morto.

De volta a Washington, Scully escreve o adendo ao relatório da investigação, onde fala sobre a experiência vivida no cativeiro e de como se viu obrigada a compreender e a se aventurar na mente doentia de Gerry, atitudes necessárias quando se pretende perseguir monstros como ele. E contemplando a fotografia na qual se vê rodeada pelos gemedores, questiona, no fim, se ao fazermos isso, haveria o risco deles se aventurarem na nossa...

Ao assistir a este episódio não consigo deixar de pensar que, por mais terrível que seja, Gerry não pode ser qualificado como um Donnie Pfaster (Irresistível) ou John Lee Roche (Corações de Pano). Estes são psicopatas dos mais hediondos. São frios, calculistas, sabem o que fazem, possuem consciência disso e não vêem o outro, mas visam apenas o próprio deleite. Gerry, por mais que cause o mesmo horror, tem um outro funcionamento, ele está imbuído da certeza de que está salvando aquelas mulheres. Ele deve se sentir como um herói, quase um messias que as liberta do jugo dos “gemedores”. Realidade? Para ele é essa... [/Ariana]


Quotes:

Mulder: Na década de sessenta, um mensageiro chamado Ted Serios tornou-se meio famoso por tirar o que ele chamou de "fotografias da alma". Ele alegou que, concentrando-se em um filme negativo não exposto, ele poderia criar uma representação fotográfica do que viu em sua mente. Ele fez paisagens, catedrais, a rainha da Inglaterra.
Scully: "fotografias da alma?"

Mulder: Também conhecido como "skotographs" . A literatura sobre fotografia do pensamento remonta quase à Louis Daguerre.
Scully: Então isso a torna legítima?

Mulder: Olhe isso.








Outras Imagens:

Scully no interrogatório

A foto psiquíca com a Scully de protagonista

Não há mais nenhum gemedor a perturbar Gerry

8 comentários:

Anônimo disse...

O mais apaixonante em AX é como os dois agentes se completam.Diante de um caso quando um está pertubado o outro permanece equilibrado. Nesse epi vemos nossa bela agente em várias facetas de sua personalidade.
Mais fofo mesmo é ver Mulder correndo atrás do carro totalmente desesperado sabendo que não poderia alcançá-lo.
Apesar da revolução feminina bla blá blá e Scully levar a bandeira a sério, gostaria mesmo é de vê-la fragilizada nos braços do Mulder. E me respondam quem não gostaria de cair naqueles braços..ui!

Como sempre meninas..perfeito...

Josi fia não deu..vai anônimo mesmo.
bjs Yanne

Minha Terra disse...

Adorei o que a Yanne escreveu,... "quando um está perturbado, o outro permanece equilibrado ."... muito bom mesmo e verdadeiro. Esse episódio e desconsertante... aterrorizante... Olha Yanne, eu também gostaria de ver a Scully fragilizada, quem não gostaria???????????
A postagem deste episódio está perfeita, muito bem escrita e distribuída... parabéns ao pessoal que faz as postagens, a gente só dá uns pitacos daqui e dali...a alma do blog são vocês, Josi,...Cleide....todas vocês que montam e organizam tudo, parabéns.

janaX disse...

Oiê girls!!!Que post hein turma!!!Esse episódio é mesmo de arrepiar,lembro do nervoso que me deu quando assisti pela primeira vez!Na verdade eu acho legal quando leio que vocês assistiam AX na Record,porque apesar de ter conhecido AX em 95(sou velhinha já tenho até uma filha da idade da Piper)eu não me lembro de ver a série na tv só anos mais tarde 2000 e 2001!Eu fui ver mesmo na tv paga as duas primeiras temporadas em 2001 e 2002 bem quando a série acabou e eu estava completamente apaixonada pelos dois e claro pela série em si...Agora com os dvds é que pude comecar a ver tudo(parei na sexta temporada meio sem tempo...)Enfim, desculpe pelo desabafo mais é que eu não controlo meus dedinhos e já me sinto meio intima de vcs...sorry.Lindo post e també adorei as homenagens aos nossos atores maravilhosos!Josi e turma VOCÊS SÃO D+!!!Grande beijo e até...

janaX disse...

AHHHH!Esqueci de dizer que também amo o Mulder correndo atrás do carro...minha irmã sempre adorava quando o Mulder saia na pernada atrás de suspeitos,carros,enfim quando ele corria!Quando ela olhou XF2 ela me ligou no meio do filme só pra me dizer que amou ver o Duchovny correr depois de tanto tempo...Muito bom!!!Até...

SofiaV disse...

Esse episódio é épico, eu adoro ver a cena que a Scully fala alemão, fico pensando na Gillian como será que ela fez?, ela deve ter feito umas aulinhas hahaha, a cena do Mulder salvando a Scully só os shippers para entender a importância do toque na mão.
Emfim esse é um dos meus episódios favoritos da quarta temporada e o post foi perfeito como sempre, parabéns!

Josilene disse...

Ei, meninas! Alguns pontos. rs

1. Já vimos a scully fragilizada várias vezes, né? Irresistível foi um deles. Tadinha... Mas o bom é que ninguém pode dizer q isso é antifeminista ou algo do tipo, pois tb vemos Mulder fragilizado várias vezes. Esse show é perfeito! Fato.

2. Jana, pegar um show depois de terminado é bom e ruim ao mesmo tempo... vc perde o frisson da novidade e dos medos do que os escritores estão aprontando, mas em compesação, vc pode ver td no momento que quiser, sem ficar doida esperando pelo próximo ep (o q nao deixa de ser bom tb... enfim).

3. Amei saber que sua irmã gosta de ver Mulder correndo! kkkkkk Me sinto menos estranha agora! Nunca pensei exatamente nisso, mas tb tenho algumas preferencias. hihihi

4. Sofia... não sei se ela precisaria de aulas ou apenas de alguém lhe ensinando como falar aquelas linhas em especial... qto a sotaque e tal, ela mesma (scully) diz q ta meio enferrujada. Scully e seus mil idiomas!

Obrigada pelos comentários, meninas! Estou aqui tentando voltar a responder aos comentarios aos pouquinhos! Beijos!

Elizabeth disse...

Acho esse ep muito sinistro (isso é um baita elogio em AX!). O lance daquelas fotos que retratavam os delírios do psicopata é um argumento muito bem bolado na estória. Concordo com o que foi escrito no post: esse ep é quase uma antítese de "Irresistível" no que se refere à postura da Scully. Se, naquele ep da 2a. temp, ela ficou fragilizada com a maldade de Pfaster, aqui ela foi bem durona com o tal Gerry, para no fim, tentar entender a loucura dele. Por fim, tudo que eu penso do ep e mais alguns detalhes que não percebi, estão no post, sempre completíssimo, bem escrito e instrutivo.

PS: Sou como a Cleide, sádica com a dupla de agentes. Adoro vê-los em situação de perigo porque sei que elas rendem cenas memoráveis em que um salva o pescocinho do outro, arriscando tudo e mais um pouco da maneira mais cute possível!

Josilene disse...

Esse ep é ótimo mesmo. Tuuudo é ótimo. E concordo com vc, Elizabeth... ver eles passando por momentos perigosos e angustiantes... rende cenas ótimas! kkkkkkkkk