sábado, 28 de novembro de 2015

The X-Files Revival Countdown - 4ª Temporada

Reviews que publicamos no facebook para a contagem regressiva para a 10ª Temporada de Arquivo X.


Herrenvolk (Procura Incessante)

[Josi] "Tudo morre."

Essa é a frase da abertura do episódio. Era assim que Mulder devia estar se sentindo naquele momento e essa é uma escolha no mínimo interessante quando sabemos como a temporada termina e quando lembramos como o episódio duplo começou... justamente com uma cura.


Primeira aparição da tão famosa abelha. Creio que por essa época, Chris Carter já estava trabalhando com a ideia do filme e começou a plantar as sementes para ele. A colonização é mencionada novamente e já podemos perceber como o sindicato trabalha junto com os aliens para salvar sua pele.

Já no começo eles separam Mulder e Scully pois mais uma vez eles têm que buscar a verdade por caminhos diferentes...

Mulder testemunha a criação de abelhas e vê novamente a sua irmã. Isso é algo que me irrita sempre. Como todo mundo desde sempre usa a irmã de Mulder para manipulá-lo e ele sempre cai bonitinho. Mas imagina se ele tivesse conseguido levar essa garotinha consigo? Seria uma prova e tanto!

Scully por outro lado tem em suas mãos os arquivos que os Jeremiah estavam guardando. Talvez eles estivessem produzindo o seu próprio banco de dados para tentar salvar essas pessoas? Jamais saberemos. O que Scully descobre é algo que ela já tinha visto antes de outra forma em Clipe de Papel. Dessa vez ela conseguiu descobrir como as pessoas eram marcadas. Eles estavam literalmente nos catalogando como o fazem com o gado...

Ao final, quase todos morrem realmente. Jeremiah, creio que a clone da Samantha que Mulder levou, as plantações e as abelhas destruídas... até o X foi descoberto e morto. E que morte dramática. Jamais entenderei como Mulder ainda conseguia renovar seu contrato de aluguel. rs

No entanto, em contradição ao mote do episódio, a mãe de Mulder é sim curada... e devemos isso a ninguém menos que o Canceroso. Parece que ele tem mesmo um coração ali dentro no meio de toda fumaça. Ele dá a desculpa mais esfarrapada de todas e salva seu affair de anos atrás.

Antes disso, no hospital quando estava com Mulder, Scully fala uma das coisas mais bonitas e certeiras que já ouvi nessa série: "Nada acontece em contradição à natureza, apenas ao que sabemos dela". Se alguém tem dúvidas de que Scully se mantém dentro dos Arquivos X pelo trabalho e pelo potencial do que eles poderiam descobrir, taí.

E como esperança de renascimento, X deixa alguém em seu lugar, Marita Covarrubias.

E assim iniciamos nossa quarta temporada.

"Nem tudo morre, Sr Mulder." [/Josi]
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Home (O Lar)

[Cleide] Home é um episódio muito controverso e que enfrentou suas batalhas no departamento de censura da Fox. Para começar, a premissa dele é um infanticídio brutal. O teaser é de dar arrepios, não é atoa que escolhi como imagem do episódio, foi muito corajoso criar um episódio assim, mas em Arquivo X, não utilizam violência por violência só para chocar o publico... esta história vai muito além disso.

O que nos torna humanos? Nascer homo sapiens apenas? A filosofia, sociologia nos dirá, que somos humanos por que estar inseridos na cultura nos torna humanos, e a relação com o outro nos cria e recria, nos refina os pensamentos e capacidade de maiores abstrações e conceitos mais profundos através da vida. Este episódio brinca com estes conceitos, com tantos estudos e elucubrações sobre o que nos torna o que somos... pensamentos, sentimentos, são aprendidos? Onde terminam os instintos e começam as emoções ditas superiores.

A família Peacock é um soco no nosso estômago, em nosso romantismo a respeito da humanidade. Mulder e Scully quase abandonam o caso, mas o mistérios dos irmãos vizinhos da cena do crime os fazem levantar a hipótese de sequestro, e isto já gera jurisdição para o FBI. Mas o episódio revela uma verdade muito mais dura e difícil de digerir até para eles que àquela altura da vida, já tinham visto de tudo...

O diálogo de Mulder e Scully após a autópsia do bebê é um tanto revelador do aprofundamento da relação dos dois naquele momento. É engraçado pensar que Mulder nunca tinha pensado na parceira como mãe antes, como se isso fosse um prenúncio de todo sofrimento que eles vão passar no futuro próximo a este episódio.

Dou um destaque para a criatividade dos produtores e da equipe de som que escolheu canções tão desconexas para as cenas de violência da família, como se eles tivessem mesmo parado no tempo, e a cena tão crua, com aquela música totalmente deslocada da situação, deixou tudo muito mais incômodo de assistir - tenho certeza que esta era a intenção plenamente alcançada.

Vale a pena dar uma atenção para Home na sua maratona de Arquivo X. [/Cleide]
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Teliko (Teliko)

[Cleide] A esta altura do campeonato, episódios com mutantes humanos, que parasitam a própria espécie sob pena da própria morte já haviam virado uma tradição em Arquivo X, toda temporada tem pelo menos um, acho que tentam repetir o sucesso que foi Tooms, alguns chegam bem perto, outros nem tanto.

Em comparação com a quarta temporada, que para mim é uma das melhores da série, Teliko é um episódio mediano. Não vou repetir a trama toda, mas adianto que o caso deste episódio é um caso de adaptação e evolução da espécie, o indivíduo em questão é um remanescente de uma tribo albina africana que se adaptou alimentando-se dos hormônios da glândula pituitária de pessoas negras, como se lhes sugasse a melanina.

Scully inicialmente é chamada para investigar uma "doença" pois as vítimas apareciam albinas, Mulder desconfia de assassinatos, busca ajuda com sua nova informante e consegue ser atendido pelo consulado do país africano, onde escuta a lenda do Teliko de onde decorre posteriormente sua teoria.

Ponto alto do episódio para mim é o aperto que os agentes passam no prédio em construção, quando Mulder é sedado pela zarabatana do assassino, e Scully praticamente tem de carrega-lo pois o coitado mal conseguia mover os olhos. Tamanha a química e entrosamento dos dois, que Mulder consegue avisar Scully que ela seria atacada, apenas com os olhos... [/Cleide]
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Unruhe (Inquietação)

[Josi] No final do episódio, Scully comenta em como ela teve que desenvolver uma empatia pelo assassino para ao entendê-lo, conseguir se salvar.

Seguindo essa aproximação, a única forma de sentirmos alguma empatia por Gerry é ver a sua violência como o resultado de uma demência. A história com o seu pai e sua irmã delineia bem isso. O pai abusava da irmã ou dos dois, a menina não suportou mais e se matou, Gerry quase matou o pai provavelmente como uma forma de vingança. No entanto, ele apagou tudo o que o pai fez de ruim como forma de poder cuidar dele talvez? Então o que sobrou foram as histórias contadas pela irmã e que sem o abuso do pai eram apenas loucuras da cabeça dela.

Agora... como essa demência de Gerry eram impressas nas fotografias? Não é explicado. Muito menos como ele conseguiu SE ver no chão. Em algum recesso de sua mente ele percebeu que Mulder conseguiria decifrar sua mente e encontrá-los?

Esse é um daqueles episódios que dá plena e igual importância tanto ao trabalho de Scully no como de Mulder. Ela conduzindo a investigação baseando-se apenas nas evidências "explicáveis" e ele seguindo seus instintos e seu treinamento como psicólogo. E vemos que sem o trabalho dos dois, o assassino não teria sido pego.

Outro ponto interessante é o jeito como Scully se envolve e se sente afetada por casos envolvendo violência contra mulheres. De nenhuma maneira isso deve ser visto como uma fraqueza dela mas como uma resposta natural a uma vida passada com medo. Com medo de que algum maníaco visse uma simples demonstração de raiva dela como uma reação a demônios dentro de sua mente. (Quem de nós nunca esteve nessa posição de explodir por qualquer motivo e algum idiota vir com "ela deve estar naqueles dias...". aff)

No entanto, o que ganhamos com assuntos assim fortes? Cenas igualmente românticas. Lindo Mulder desesperado tentando encontrá-la e perdendo o controle quando quase não consegue entrar no carro.

No final temos Scully e sua lágrima de pusher ao terminar o relatório do caso... [/Josi]
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The Field Where I Died (O Campo Onde Morri)

[Cleide] Para começar este comentário, devo dizer que quando assisti ao episódio pela primeira vez eu acreditava em Almas Gêmeas, portanto, apesar de achar a fotografia uma das mais bonitas do seriado e a carga dramática muito interessante, foi também um episódio que me frustrou muito. Na quarta temporada vivíamos no auge da torcida e dúvida fundamental de todos shippers: Mulder e Scully se amam ou não? E o aparecimento de Melissa, a identificação de Mulder com ela de maneira instantânea, perante o relacionamento que ele vinha construindo com Scully desde a primeira temporada, foi meio que um "soco no estômago".

Impressões pessoais à parte, como eu disse, a fotografia e o roteiro do episódio são muito bons. A locação é muito bonita, o tal campo onde Mulder morreu é super nostálgico, a luz dourada que permeia as cenas, as tomadas em contra luz, tudo contribui para a carga dramática que o tema propunha: tanto a seita suicida e o sofrimento daquelas pessoas como o sofrimento pessoal de Mulder e como sua solidão e fragilidade emocional vêm à tona no episódio, do teaser - com seu monólogo poeticamente bonito - ao ciclo fechado no final no mesmo lugar.

O tema reencarnação não é tratado pela primeira vez na série, mas desta vez tem uma configuração muito interessante, e que eu concordo bastante: a da proximidade de grupos afins que encarnam juntos para aprender. Como eu dei a entender no início deste review, hoje em dia a teoria das almas gêmeas não faz mais parte do meu conjunto de crenças, uma vez que minha concepção do amor progrediu da idéia de amor romântico predestinado para o amor construído no dia a dia. Desta forma, o episódio dá pistas sensacionais, quando Mulder pergunta a Dana (e ele a chama de Dana) se o fato de saber que eles já conviveram em outras vidas mudaria a maneira como ela o via hoje, e ela responde que mesmo se ela soubesse com certeza (pois se Scully se colocou veemente contra algo, foi contra a possibilidade daquela moça ser alma gêmea de seu parceiro), ela não mudaria um dia! Apesar do abalo emocional que as revelações reencarnatórias trouxeram a Mulder, a relação de companheirismo e fidelidade que ele e Scully criaram tinham um peso muito grande para ele, de forma, que era possível comparar a possibilidade do amor idealizado e distante com o afeto real e cotidiano que apesar de não ser totalmente consciente, já ocupava um bom espaço em sua vida. [/Cleide]
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Sanguinarium (Sanguinário)

[Fê Monteiro] Esse é um daqueles episódios que arrepiam até o último fio de cabelo do careca. O teaser por si já é um filme de terror com direito a iluminação macabra e tudo. O que menos assusta é a bruxa e seus rituais, uma vez que no fim das contas ela só queria proteger os pobres (não tão pobres assim) pacientes. Imagina você indo fazer um peeling básico e ter seu rosto derretido? Indo dar um trato na calva e ganhar uma lipo? É o mais bizarro pacote promocional de beleza 'ever'. Morro de aflição.

O tema varia de bruxaria, seita (em alguns momentos, no início, me faz lembrar de Os Adoradores das Trevas, com seu concílio de professores, neste caso de médicos, mas depois vemos que o único pacto ali entre eles era o de ganhar rios de dinheiro e manterem a boca fechada em tratando-se de escândalos – ou tentando ao menos) até chegarmos a um clássico monstro da semana que-para-sobreviver-precisa-matar, ou no caso, para permanecer jovem e bonito (oi?). Esse literalmente se banha em sangue de inocentes para se manter jovem, hã? E é justamente daí que sai o foco principal e moral do episódio: a maldição da vaidade sem limites. É um assunto delicado que, querendo ou não, mexe com muita gente.

Até onde pode chegar a vaidade? Para onde ela pode te levar? E pior, o que ela pode te levar a fazer? O episódio responde claramente: ou você morre ou vira um monstro.

A cirurgia plástica de fato se tornou uma indústria como a Scully cita, mas a verdade é que tem quem pague para entrar na faca (Deus me livre, só precisando messsmo), porque, afinal, como a Dra. Shannon diz: todos querem ser bonitos – entretanto conhecemos inúmeros casos de pessoas que perdem totalmente a noção de quando devem parar e se tornam feios pelo excesso de implantes, aplicações de botox e cirurgias plásticas, colocando inclusive suas vidas em risco.

Até o Mulder é atacado pelo Narciso e passa momentos se encarando no espelho. É muito legal mesmo ver que é ele quem se preocupa mais com esses lances de aparência (pra que né? Nariz grande = charme + beleza nata = quem aguenta?). Já Scully tá nem aí, arrasando de linda nesse episódio. [/Fê Monteiro]
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Musings of a Cigarette Smoking Man
(Meditações sobre um canceroso)

[Josi] Gosto muito desse episódio. Ele é brilhante. Bom que nessa época eles podiam se dar ao luxo de dedicar um episódio inteiro a um personagem que não fosse um dos dois protagonistas...

Primeiramente, já é mostrado o quanto a busca de Mulder e Scully estava fadada ao insucesso... Difícil seguir em frente quando todos os seus passos são cuidadosamente seguidos. O Canceroso tinha acesso ao tipo de tecnologia que enlouqueceria os Pistoleiros Solitários se eles conseguissem por os olhos nela. Tanto de excitação quanto por medo. Lembrei agora do pobre do Langly que não queria sua imagem sendo transmitida via satélite e gravava até mesmo suas conversas com Mulder por telefone.

Mas o mais importante nesse episódio é que entramos dentro da mente do Canceroso. Em Herrenvolk, vimos que ele tem alguma coisa parecida com um coração. Afinal, ele salvou a vida da mãe de Mulder, seu antigo affair. Neste vemos que ele tem até muitas paixões.

Uma vez eu perguntei a uma amiga minha que é fumante o porquê dela não tentar sair desse vício. Ela me fez ver uma realidade da vida que muitos de nós preferimos ignorar: todos nós precisamos de uma forma de escape. E cada um se ajeita como pode. Essa é a forma que o Cança conseguiu arrumar para lidar com a ansiedade do trabalho que ele tinha que fazer.

Mas outra faceta da personalidade dele é uma que meio que já percebemos... ele é um homem medíocre, um covarde que se esconde por trás da autoridade que lhe deram e comete barbaridades por achar que tem o dever de escrever a história, proteger a humanidade de si mesma ou a parte que lhe interessa. Ao mesmo não teve coragem de assumir nenhum de seus filhos, apesar de levar na carteira uma foto de Mulder e sua mãe (gente... será que ele simplesmente roubou a foto do outro?). Ele devia ser um escritor ruinzinho também... quase tenho pena.

Aliás, vale destacar o orgulho que ele sentia (sente?) por Mulder... ele sorrindo durante a conversa dele com Scully. Agora a gente entende porque ele não riu da piadinha de Scully chamando ele de Spooky. rs

Eu ia colocar a metáfora que o Cança faz no final, mas é imenso e lembrei que há outros bons também... vale a pena ir lá no nosso post e conferir alguns deles.

Ah, quase que eu esquecia. Gostei muito de Chris Owens como o Cança jovem. Que bom que ele volta depois como o outro filho dele. [/Josi]
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Tunguska (Tunguska - A Pedra da Morte)

[Cleide] Ai gente, a quarta temporada! Tantas questões fervilhantes na mitologia de Arquivo X, não é atoa que é para muitos a temporada favorita, com um teor dramático muito forte e acontecimentos que repercutirão até o fim da série.

O teaser é em flashback, só pra gente saber que Mulder vai sair de cena e deixar uma batata quente para Scully segurar, e dessa vez numa investigação do congresso... mas aí, voltamos no tempo.

Tunguska é um destes episódios, digamos "bafônico", com todos elementos que os episódios mitológicos construíram por tradição: adentramos um pouco mais na conspiração, vendo entrar no país pacotes secretos diplomáticos. Um deles (o que acompanhamos) fica preso na alfândega, e apesar do aviso do diplomata, o agente da alfândega, ao se deparar com um frasco com uma substância desconhecida faz o quê:
( ) Deixa como está pois pode ser perigoso
( ) Manuseia com cuidado para ser investigado por autoridades competentes
( x) Pega sem cuidado e deixa cair contaminando todos na sala com o óleo negro alienígena!!!!!

Isso sempre acontece em Arquivo X, e então retomamos a saga do óleo negro, sem saber muito bem que coisa seria aquela. Por outro lado, encontramos Mulder e Scully em uma força tarefa para prender uma quadrilha de terroristas, e então, quando eles desmantelam o grupo e vão pegar um dos que sobreviveu, quem era????? Kriceck é claro, esse não se envolve com nada de bom. Faço um parêntese aqui pra dizer que adoro que Mulder sempre agride o rato! Gosto demais!

Mulder e Scully vão chegar a outro diplomata com o pacote estranho, e na correria, o pacote acaba ficando pra trás e ele conseguem pegar para analisar, um pedaço de rocha, que quando cortado, contamina até o pobre do cara com roupa de proteção nível 12343564##%%¨&* Descobrindo a procedência russa da rocha, e com ajuda de Marita a localização exata, Mulder imagina que seria parte do meteoro que caiu em Tunguska, e resolve ir pra lá, e nesta parte eu dei moral para a nova informante, ela oferece documentos diplomáticos, ele pergunta quanto demoraria, ela pergunta quanto tempo ele teria, e simplesmente consegue providenciar em 3 minutos!

Então começa aquela saga, Scully investigando no laboratório e Mulder em campo, neste interim o congresso chama Scully e Skinner para dizerem que serão convocados a depor, e Mulder é capturado em um tipo de campo de concentração onde descobre que eram desenvolvidos testes em humanos. Kriceck que foi junto, acaba deixando Mulder em maus lençóis, falando em russo com os guardas, manipula a situação ao seu favor (se é que não tem mais sujeira por detrás disso).

Scully começa a depor e é ameaçada de prisão caso não diga o paradeiro de Mulder, enquanto seu parceiro é sedado e finalmente se torna cobaia de teste... e para nossa surpresa e desespero, a substância do teste é exatamente o "câncer negro" ou o óleo alienígena... a guerra fria não acabara, continuou na corrida para produção da vacina para este mal... e com a imagem da foto de hoje, termina o episódio pra matar qualquer fã de angústia. [/Cleide]
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Terma (Terma - A Pedra da Morte)

[Fê MonteiroEm tempo: Terma é um conjunto de ensinamentos budistas, em forma de textos ou objetos, que devem ser mantidos escondidos do conhecimento geral para serem descobertos ou compreendidos apenas no momento certo. Significa 'tesouro' em tibetano.

Daí, você começa a ver o episódio e surge uma moça entrando em um quarto com vários leitos, e você procurando o Mulder. Então você entende que aquilo é um lar de idosos e que tem uma senhora que deseja morrer, colocando fim ao seu sofrimento. E você se perguntando: Será que mudei de canal sem querer? O que foi que perdi? Cadê o Mulder? Terá ele ficado catatônico também? Estará vivo? Quem é essa velhinha? Que treco verde é esse indo pra veia dela? O que é isso saindo dela...opa! Peraí. Ahhhhhh....é óleo negro. Ufa! (oi?) Então tudo volta a fazer sentido (ou não).

Terma é mais que bom. Ele traz tantos elementos que amamos que nem saberia por onde começar...
A lôca...mas é claro que eu sei! Pelo abraço (com ambos os braços) é claro!

Mas segura aí, que antes rola muita coisa.

Somos aliviados por ver Mulder bem, apesar dos testes e tendo ajuda do seu amigo prisioneiro Antonio-Banderas-pós-febre-amarela. Em um momento de distração dos guardas ele consegue escapar do campo de mineração_feat_concentração, descolar um caminhão e de quebra dar um pau no Krycek e carregar ele junto na fuga!

Na floresta, nosso agente querido se vê obrigado a se esconder sob as folhas (sem sucesso) e é levado pelo russo dono do caminhão roubado, mas que tem uma esposa muito boazinha que salva sua pele.
E para o Krycek o que sobra? Um braço! Kkkkkkkkkk, desculpa, não resisti! Tenho até dó (acho que sou uma das únicas) na verdade, nem quero imaginar a dor.

Pausa para lembrar do Vassily Pescow, aquele senhorzinho russo simpático e indefeso (medo) que sai queimando arquivo adoidado e é mais invisível que o Pusher para entrar em lugares estratégicos sem ser percebido!

E enquanto a ação rola solta em Tunguska, a tensão come geral no tribunal do Senado e Scully continua firme, se negando a fornecer a localização do parceiro. E com a mesma firmeza, vai presa sem titubear. Imagino o que se passou pela cabeça dela ao caminhar pelo corredor das celas...

Mas a pressão no tribunal continua e quando ela é questionada mais uma vez sobre o paradeiro de Mulder, quem adentra o recinto? Todo triunfante, um tanto desmantelado, mas todo posudo e sambando na cara dos inimigo? O próprio! E, finalmente, após a nossa ruiva power conseguir concluir suas acusações e desopilar o fígado, nada melhor que correr pro abraço!

No final, quem desopila o fígado é o Mulder ao ouvir a velha chacota dos homenzinhos verdes, apesar das diárias investigações e constatações científicas sobre vida fora da terra: “...Se os senhores não conseguem ir além disso, então eu sugiro que a comissão inteira seja considerada desrespeitosa, por ignorar provas que não podem ser refutadas”. - Ops... [/Fê Monteiro]
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Paper hearts (Corações de Pano)

[Josi] O nome do episódio é relativo ao caso em questão, onde o sujeito retirava um troféu de suas vítimas: pedaços de pano em forma de coração vindos das roupas que as crianças usavam quando foram mortas.

Esse é um caso muito cruel. Não nos choca tanto pois não é realmente mostrado como em outros episódios, mas o assassino é um dos maiores e mais frios monstros de Arquivo X. A forma como ele agia para sequestrar as crianças, as matar e enfim levar consigo um exemplo da inocência delas é terrível.

Somada a tudo isso vem a estranha conexão que ele de repente formou com Mulder. Ao assistir ao episódio, eu lembrei de algo que Mulder disse em Oubliette, que nem tudo o que ele fazia se remetia a essa sua experiência traumática de sua infância. Mas será que não? Como ele poderia fazer essa dissociação? Quem consegue? Muitos peritos que trabalham com pedofilia se afastam do trabalho quando se tornam pais/mães porque eles simplesmente não conseguem mais controlar suas emoções. Isso me faz pensar que o desespero de Reggie foi grande para levar Mulder para este caso... ou talvez ele não soubesse do histórico de Mulder.

O fato é que o desenrolar do caso nos emociona continuamente enquanto vemos Mulder sendo manipulado sem cessar pelo assassino, enquanto este brinca e escarnece à vontade. Eu particularmente me sinto como Scully durante aquele interrogatório. O nojo e a raiva é grande demais. Mulder, então, é levado a acreditar que aquele homem pode ter levado sua irmã... e ele simplesmente não consegue resistir a possibilidade de finalmente saber o que houve com Samantha e ter alguma espécie de paz.

No entanto, esquecendo um pouco das emoções de Mulder, este episódio é um dos maiores exemplos de falta de ética na condução de uma investigação que eu já vi em Arquivo X. E olha que falta de cuidado nessa série é abundante. Desde o começo, Mulder ignora os códigos de conduta e ninguém realmente o pára. Scully tenta, mas acaba cedendo... Skinner põe a culpa nela porque não quer reconhecer que ela não é uma babá e o serviço de supervisão dos dois é dele. Por mais que dê pena, por mais que saibamos que não há muitos investigadores tão bons quanto Mulder, ele jamais deveria ser a pessoa à frente daquela investigação. É óbvio que algo daria errado... especialmente levando em conta o quão manipulador é o assassino.

Assim, como esperado, Roche termina enganando a Mulder, escapa e uma garotinha acaba traumatizada. Por fim, Mulder faz o que a meu ver era o que o carinha queria desde o começo... escapar da prisão... mesmo sendo para a morte.

Destaques:
- O carinho de Mulder com sua mãe quando ele vai procurar o aspirador;
- A emoção de Mulder ao checar se o corpo encontrado era o de sua irmã;
- O abraço trocado entre Mulder e Scully ao final, quando ela o manda descansar. Aqueles sorrisos são lindos, né?

Eu gosto bastante desse episódio... apenas é penoso demais e dá muita raiva, mas do que o usual de quando usam a Samantha para manipular Mulder...

Nota: Eu não sei absolutamente nada sobre ética ou código do FBI... [/Josi]
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El Mundo Gira (O Mundo Gira)

[Cleide] Mulder e Scully resumem pra nós este episódio com duas frases "Uma mulher, dois homens: problema!" e "Maria, Mariiiiaaaa!" huahuahua bom, basicamente é isto, dois irmãos mexicanos ilegais nos EUA gostam da mesma moça, um dia, a comunidade presencia um fenômeno estranho: um clarão e uma chuva amarela e quente, e então encontram Maria com os olhos e a boca carcomidos, só Eladio, um dos irmãos, estava presente... o que começa com o mito do chupacabras.

Pra falar a verdade, terminei este episódio tão confusa quanto Skinner, entendi o lance da enzima que catalisava os fungos comuns a ponto de se tornarem mortais, entendi a versão de Mulder de que isto veio do espaço... mas com os depoimentos truncados ficamos pensando: "aquela dona no final do episódio viu mesmo os ets?" "Como foi que com um clarão eles fizeram um tipo de experiência que deformou totalmente os irmãos?" Vai saber...

No final, a reflexão de Mulder e Scully traz um problema muito real, aqui no Brasil, nos EUA, no mundo: a invisibilidade social, no final das contas, ninguém sabe onde estão os miseráveis do mundo, ou para onde foram, por que ninguém liga... [/Cleide]
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Leonard Betts (O Homem Câncer)

[Fê MonteiroLeonard Betts, além de ser o nome do episódio, é o nosso monstro da semana (daqueles que-precisa-matar-para-sobreviver). Mas, diferente da maioria, como Tooms ou o Dr. Plástica da Morte de Sanguinarium, este camarada é passível de compaixão. Afinal, o cara não vive bem com aquilo que é obrigado a fazer, até se desculpa para as vítimas antes de fazê-lo.

O cara come câncer para sobreviver, e devido a essa mutação ele é capaz de “farejar” de longe tumores e massas cancerígenas e assim, diagnosticar perfeitamente esses quadros nas pessoas. E, por acaso (só que não), ele trabalha justamente como paramédico.

Logo no teaser vemos a ambulância em que Betts está atendendo se chocar com outro veículo porque a lesa da motorista está tão impressionada com o dom do colega em diagnosticar que tem que ficar olhando para trás enquanto conversa. Essa tá no emprego certa...afff

No acidente, Leonard perde a cabeça, literalmente, mas não morre. E daí descobrimos que além de tudo o cara pode regenerar partes do corpo (tipo, qualquer parte) devido à sua condição fisiológica. Quase uma salamandra o Betts. Basta uma imersãozinha em alguns litros de iodo e pronto! Novinho em folha e ainda se protege contra o bócio! Sendo assim, nada mais natural que sair da gaveta do necrotério caminhando e cantando e seguindo a canção (cantando não, pois está sem cabeça ainda).

Cenas que valem à pena:
- A cara do Mulder ao ser requisitado pela parceira para ajudá-la a procurar a cabeça do Leonard no meio dos restos cirúrgicos, já que ele tem braços mais longos. (Vai, tira sarro dos pezinhos dela que não alcançam os pedais agora! Um dia de cada vez.);
- A cabeça piscando e abrindo a boca para Scully durante a autópsia e ela pirando;
- A cabeça saindo da resina, a piadinha sobre o peso de papel e as caras deles;
- A experiência com fotografia Kirlian no laboratório do Chuck (adoro esse cara).

E fechamos o episódio com o pior dos temores: Betts investindo contra Scully pois “ela tem algo de que ele precisa”. Nessas alturas Scully (e nós) sabe muito bem o que ele quis dizer e, apesar de conseguir escapar e enviá-lo para a terra dos pés juntos, aquela constatação fica bem viva em sua cabeça. Claro que ela não divide isso com o parceiro.

E assim termina um episódio que parecia leve e começa o arco do câncer. [/Fê Monteiro]
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Never Again (Nunca mais)

[Josi] "Se uma parte de você te leva a pecar, arranca-o. Melhor entrar no reino dos céus sem um membro do que ir para o inferno". Ed levou essa parte da Bíblia de forma literal demais.

Scully estava mesmo numa crise existencial e não à toa. Interessante que a ordem de produção coloca este episódio antes de Leonard Betts... faz sentido se você pensar que Scully, sendo médica, não demoraria todo esse tempo pra ir em busca de um diagnóstico para aquele sangramento no nariz. No entanto, como está nos faz pensar que seu pequeno momento de rebeldia veio da possibilidade de uma doença que poderia ser fatal.

Mulder estava um porre. Do início ao fim. Não sei se eu estava mais sintonizada com os sentimentos da Scully e meio nível de tolerância estava baixo, mas o fato é que me dá vontade de bater nele desde que ele faz a piadinha com a mesa (sim, não faz sentido outra mesa ali... maaaas... aquele não é jeito de se falar).

Ed Jerse... é um perdedor. E o que ele tinha era algo na cabeça que repetia todas as suas inseguranças em voz alta. E aquilo o enlouqueceu. A tal substância da tatuagem somada a imagem em si deve ter ativado a loucura, se é que isso pode existir... mas estando no universo da série, não apenas isso pode existir como pode ser que a própria tatuagem tenha adquirido vida própria mesmo. Vai saber.

A tatuagem é belíssima. E extremamente controladora e ciumenta. Muito ciumenta. E louca e estava numa missão de destruir a vida de Ed. Teve o azar de cruzar com nossa ruiva.

Mulder é obrigado a sair de férias e sai em busca de um encontro consigo mesmo... na mansão de Elvis em Memphis. Err... Adorei. rs

Enquanto isso, Scully vai seguir a pista de um caso que não leva a nada e querendo dar alguma cor à sua vida, ela decide sair com o desconhecido da loja de tatuagens... Ed. A paranóia que a tatuagem fomenta no rapaz o faz atacar a Scully e ela quase é morta. Sorte dela, o rapaz prefere dar um fim ao que ele acredita ser a fonte de seus tormentos e queima severamente o braço onde a tatuagem está.

Ah, tenho que comentar... Eu sei que boa parte do fandom considera que Scully faz sexo com Ed, mas vamos combinar... ele dormiu mesmo no sofá como tinha prometido... e ambos acordam com suas calças. Não faz sentido, gente.

Outra coisa... eu não tinha notado nas outras vezes que eu assisti, mas dá pra perceber que Mulder nota a inquietação de Scully. Talvez por não saber como descobrir o que estava errado com ela, ele tagarelava sendo chato e puxava pelo trabalho...

Curiosidades: Quem dá voz a ela é a Jodie Foster e o ator que faz Ed Jerse, Rodney Rowland, era namorado da Gillian na época.

PS: Scully está lindíssima nesse episódio. Mais do que o normal. Não acham? [/Josi]
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Memento Mori (Lembranças Finais)

[Cleide] Primeiramente, acho que este foi o episódio que assisti mais vezes da série, a um ponto de não saber a conta... assisti na tv aberta, gravei e revi indefinidamente, a dramaticidade da quarta temporada me pegou muito fortemente naquela época, e ainda considero este arco da doença de Scully - apesar de triste - uma das épocas mais bem elaboradas da série, com chances dos atores se desenvolverem muito dramaticamente.

Este episódios tem elementos demais, é o mitológico favorito dos roteiristas, e com ele concorreram ao Emmy. Não é atoa que é o favorito da maioria dos fãs, tudo ficou impecável, que roteiro incrível, do diálogo às revelações passando pelo monólogo belíssimo da Scully realizado com primazia por Gillian, durante algum tempo eu acho que soube de cor o texto, de tanto ter escutado.

David está incrível, em vários momentos ele passa de um extremo ao outro em questão de segundos. A cena inicial quando ele espera um pouco, e respira antes de entrar na sala de oncologia onde Scully estava, e ao entrar sorri com se tudo estivesse leve. Mais tarde, quando descobrem que todas mulheres que Scully conheceu na Mufon morreram, menos Penny, e que a parceira deveria conversar com ela - e quando ela demonstra a raiva e frustração que estavam guardados lá dentro, ele fala com todo cuidado para ela vencer sua dificuldade indo até lá como investigadora, e finalmente, quando Scully decide que tem de ser tratar, aceitando finalmente a situação, e liga para Mulder, ele se mantém aparentemente calmo, mas quando desliga o telefone vemos em seus olhos que ele perdeu o chão. Todas estas nuances sem exagerar na atuação, somente através de um brilho diferente nos olhos, ou a voz por um fio embargada de emoção.

O envolvimento dos Pistoleiros Solitários dá uma dinâmica legal ao episódio, Mulder tem mesmo os amigos certos, eles são malucos mas são geniais! E é bem legal vê-los encarar uma aventura de verdade para além de seu universo nerd. As revelações na clínica, deixam o telespectador ainda mais perplexo... "além de tudo ela ficou estéril?" e é surpreendente saber que os clones queriam sabotar o projeto, para salvar suas mães, é como se de certa forma, o elemento humano tivesse alguma superioridade na formação daquelas personalidades.

E o final do episódio simplesmente fecha o pacote com chave de ouro. Ao chegar no hospital, sabendo que o médico que tratava as mulheres na verdade podia estar acelerando sua morte, Mulder encontra o quarto vazio, e só o diário da parceira, do qual ele lê uma pequena entrada. Neste momento ele se desespera, pensando no pior e a encontra solidarizando-se com os últimos momentos de Penny. É melancólica a imagem dele sentado a noite inteira do lado de fora do quarto, e se levantar meio tímido quando Scully sai arrasada do quarto. Ela então decide voltar ao trabalho, sem muitas ilusões, mas decidida a resolver seus assuntos inacabados. Nesta cena também vemos todas as nuances de sentimentos de Mulder, mais uma vez diante da possibilidade de perder Scully de vez, sorri para ela, mas quando a abraça percebemos sua tristeza. Ao vê-la sair, ele tira os óvulos do bolso, como jogaria mais esta bomba sobre a cabeça dela, tão forte e ao mesmo tempo tão frágil?

O episódio fecha daquele jeito: Skinner de novo na mão de Cancerman para evitar que Mulder fizesse um acordo com ele. (Já falei que detesto aquela cobra velha fumante insuportável?) [/Cleide]
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Kaddish (Oração para um Morto)

[Fê MonteiroÉ triste quando o ódio, seja proveniente de intolerância religiosa, étnica, cultural ou qualquer que seja, desmantela famílias e destrói sonhos. É exatamente o que acontece nesse triste e singelo episódio. E, infelizmente, esse tipo de coisa ainda acontece. Em nosso país, não temos esse tipo de problema (intolerância desmedida contra os semitas), mas presenciamos de outros tipos frequentemente e isso realmente é um assunto polêmico e acho legal a premissa para o episódio.

O amor de Ariel traz de volta o noivo, porém como um Golem, ou seja, um ser com forma física desprovida de alma, uma abominação como diz o Sr. Weiss. E, uma vez de volta, ele sai em retaliação, buscando cada um dos responsáveis por sua morte – 3 jovens anti-semitas e de quebra ainda o neo nazi dono da lojinha que disseminava as ideias mais racistas e carregadas de ódio a respeito dos judeus.

Mulder e Scully se mantém imparciais durante a investigação, como deve ser, porém fica claro o incômodo de ambos com relação aos absurdos que ouvem do disseminador dissimulado. Simplesmente adoro quando ele vem todo irônico se referindo a truques judaicos com relação à possível ressurreição de Isaac e Mulder lança “Um judeu fez isso há 2000 anos” e ainda encerra com um “Deus te abençoe!” - é muita classe minha gente!

Eles começam as investigações sabendo que as digitais do morto foram encontradas no corpo da primeira vítima, o que rende ótimas teorias de ambos, mas, zumbi ou não, o fato é que eles realmente precisam examinar o corpo do defunto, e para isso é necessária a exumação. Porém os outros dois garotos responsáveis pela morte de Isaac, temerosos por suas vidas, chegam primeiro para exumar por conta própria e, claro, um acaba se dando mal. Quando Mulder e Scully chegam, constatam que o corpo está lá, bem morto (podrinho já, na verdade). Porém, descobrem junto ao corpo um Sepher Yetzirah, livro de textos antigos pertencentes ao corpus da cabala judaica. Tais textos místicos falam sobre a criação e as palavras usadas por Deus para criar vida.

*Uma pausa para lembrar do blooper da cena em que Mulder e Scully estão dentro da cova e o livro entra em combustão espontânea. Racho de rir.*

Finalmente, no dia em que seria o casamento de Ariel, após quase matar o ex-futuro-sogro e dar um chega pra lá no nosso querido, o Golum finalmente volta ao pó, pelas mãos da amada que apaga uma das letras da palavra cabalística que animou aquele ser. Mas, não sem antes desposá-la com aquele lindo (porém descomunal) anel. Uma cena tocante.

Em tempo: o anel de casamento é de fato uma relíquia judaica legítima pertencente a um rabino sobrevivente do Holocausto. [/Fê Monteiro]
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Unrequited (Desprezados)

[Josi] O tema da vez são veteranos de guerra e como eles são desprezados pelo governo e também pelo povo quando voltam incapacitados.

Na verdade, não apenas quando voltam da guerra. No episódio, Nathaniel Teager é um soldado americano que atuou na guerra do Vietnã e foi abandonado como prisioneiro. E não apenas isso, ele foi vítima, juntamente com outros, de uma conspiração para que ele fosse esquecido e dado como morto para que o governo posasse de inocente.

No entanto, segundo a teoria de Mulder, durante o seu tempo como prisioneiro, cerca de 25 anos, Teager aprendeu com seus captores a arte de parecer invisível. Claro que no caso de uma guerra dentro de matagais podemos imaginar como essa mágica era possível. Mas Teager foi além e conseguia desaparecer da visão de qualquer um usando o ponto cego que todos nós temos em nossos olhos.

Curiosamente, isso realmente existe. Lembro que uma vez fiz um desses testes de ilusão de ótica e vi como uma pequena imagem desaparecia de minha visão. É incrível. Mas claro que uma coisa é um pequeno ponto sumir de sua vista em um teste controlado... outra é um ser humano desaparecer completamente da sua frente. rs

Bom, como o ex-soldado (ex?) estava usando essa habilidade? Para se vingar das pessoas que conspiraram para forjar sua morte, claro. O mais triste é quando sabemos que até mesmo sua vingança estava sendo manipulada por outros membros do governo para que essas mesmas pessoas não se envolvessem num processo maior que mancharia a reputação dos EUA.

A informante de Mulder, Marita Covarrubias, aparece nesse episódio e tenho que dizer que ela está ótima. Usaram uma dose certa de mistério sobre sua figura enquanto ela revelava a Mulder o que ele precisava saber.

Honestamente, esse é um dos episódios que eu menos gosto da temporada, mas pode ser apenas minha indisposição para histórias de guerra...

PS: Imagina Scully minúscula daquele jeito seguindo uma pessoa no meio de uma multidão? errr... [/Josi]
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Tempus Fugit (Lapso de Tempo I)

[Cleide] Este episódio duplo é uma superprodução digna de um longa-metragem de cinema, de cenas de abdução de um voo comercial, acidente aéreo, aparições de óvnis, cadáveres de ets, conspiradores apagando provas, abduções estilo a de Samantha Mulder, personagens carismáticos morrendo... tem de tudo um pouco!

O teaser já abre o episódio com a cena da interceptação do voo por um OVNI, não vemos nada, só percebemos a magnitude do impacto quando vemos Mulder e Scully caminhado pelo local do acidente ou pelo galpão onde ajuntaram os corpos do desastre.

Mulder é claro, pelo histórico de Max, tem logo o palpite certo, mas quem vai acreditar que é um palpite sério? Só com o ajuntamento de provas que corroboram sua teoria, que começam a lhe dar créditos.

Não quero falar muito dos detalhes, pois acho que é um episódio que merece ser assistido (em HD de preferência) para perceber todos detalhes, nuances e surpresas.

Encerro o comentário lembrando a singela comemoração de aniversário que Mulder promoveu para Scully, mesmo nunca tendo lembrado da data... acho que a possibilidade de perde-la o motivou a viver cada momento com mais dedicação. O presente, só Mulder mesmo para juntar dinheiro 4 anos e comprar um chaveiro rsrsrsrs... mas Scully curtiu. [/Cleide]
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Max (Lapso de Tempo II)

[Fê MonteiroMais um episódio duplo digno de ir pra telona!

Este sequência de “Tempus Fugit” leva o nome do nosso querido Max, que dessa vez nos deixou de vez, assim como o fofo do agente Pendrell (snif). Gostava muito dele mesmo, sempre pronto para ajudar, in love pela ruiva e não correspondido (se não existisse Mulder eu torceria por ele, mas né...). Enfim, não queria que ele tivesse morrido, de verdade.

Bem, deixando de lado o momento 'homenagem póstuma', voltemos para o episódio, afinal, isso é só o começo do fuá! Pois enquanto a coisa tá pegando fogo no barzinho onde Scully está, Mulder foi preso, acusado de interferir nos assuntos do Exército (conta outra).

Pausa para rememorar Mulder se despindo enquanto conversa com Scully, como se não houvesse pudores (pra ele, pelo menos)...rs

O vídeo gravado por Max expondo a verdade me fez pensar como seria se o episódio fosse atual, com todas as facilidades de smartphones, tablets e afins. Vixi, isso ía viralizar rapidinho na rede, e claro, virar piada depois. No fim, não mudaria muita coisa. Mas as informações chegariam a muito mais pessoas em um período muito mais curto, antes que o governo pudesse interceptar e tomar as devidas atitudes.

Toda a sequência da explicação (mega acertiva) de Mulder para o Mike Milar, no galpão, é de arrepiar até os ossos! Ainda mais assistindo agora em HD. Perfeito! Max sendo levado e devolvido (ou quase), o desespero estampado no rosto das pessoas, a mãe com o bebê (ai gente), os efeitos, tudo! E pensar que por culpa dos militares, 134 vidas foram desperdiçadas em nome do tal bem maior (aff). No fim, tudo é ouvido apenas como uma boa história, que poderia ser levada para o cinema (não falei :p), pois como diz o Milar, ninguém acreditaria, ainda que que fosse verdade, e ainda mais sem provas.

E mais uma vez a mentira é contada como versão oficial dos fatos, Sharon herda a videoteca de Max e Scully monologa sobre o significado do presente que recebeu de Mulder, que no fim era só um chaveiro legal. [/Fê Monteiro]
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Synchrony (Sincronia)

[Josi] O episódio de hoje lida com viagem no tempo e seus perigos na prática. Pensando friamente, você sente uma grande empatia por Jason-idoso. Imagina se você pudesse voltar no tempo e impedir que a bomba atômica fosse inventada? Pois é, não, melhor não se sentir tentado a voltar e mudar a história. Você não tem a menor ideia de como esse evento mudaria o curso da humanidade e talvez você apenas causasse ainda mais estrago. Mas imagine a situação de Jason-idoso. Ele voltou no tempo justamente para impedir que outras pessoas fizessem exatamente o que ele estava fazendo, ou seja, manipular o curso da história ao seu bel prazer.

E para complicar ainda mais a sua situação, a peça principal para que seu objetivo fosse concluído era o amor de sua vida (sim, pois é claro que ele ainda nutria sentimentos por ela aos 70 anos... essa não é uma música de Ed Sheeran? Err... ok. Foco. rs)

Acho esse episódio chatinho, mas a premissa dele é bem interessante. Segundo as conversas entre Mulder e Scully, as teorias sobre viagem no tempo dizem que ela é possivel, no entanto o calor produzido durante a viagem destruiria qualquer organismo vivo no processo. Qual a solução? Congelar a criatura. O problema é algo que já foi até mesmo visto em outro episódio de Arquivo X, Roland. Ainda não sabemos como descongelar um organismo e trazê-lo de volta a vida. Aí que entra a doutora Lisa Ianelli. Segundo Jason, ela junto com outros cientistas descobriram uma maneira de congelar organismos e descongelá-los de forma segura.

Assim para impedir a viagem no tempo, Jason voltou e passou a matar todos os envolvidos com sua própria fórmula de criogenia. A lógica de como ele voltaria no tempo se ele se matasse ainda jovem ou como ele usaria uma arma que sequer foi inventada é totalmente perdida pra mim. rs

Ao final, a teoria do artigo de 23-anos-Scully se prova correta e mesmo todos os esforços de Jason parecem ter sido em vão, pois Lisa é salva e continua com sua pesquisa e ainda mais vontade.

A parte fofa fica por conta de Mulder contando detalhes de uma pesquisa de Scully da época da faculdade.

A parte em que você não sabe se ri ou se tem pena ou se pode ter os dois é pela história de Dr Yonechi. Sabe quando a gente tá falando besteira e pergunta se fulano gostaria de morrer congelado ou queimado? Pois é... Esse questionamento poderia ser respondido com propriedade por este pobre homem que conseguiu morrer das duas maneiras... [/Josi]
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Small Potatoes (Insignificâncias)

[Cleide] Small Potatoes é um dos episódios de comédia mais divertido da série, mas trabalha um tema seríssimo, se pararmos para pensar: abuso sexual. E até nossa heroína, que passa por um período dificílimo da série, quase cai na cilada.

O que parecia um caso de "visitantes do espaço" para Mulder, dando origem a vários bebês que nascem com rabos (isso mesmo, caldas bem grandinhas), acaba desaguando numa clínica de fertilidade, e quando todos pensam que era o médico o culpado, os agentes dão de cara com o aparentemente pacato zelador do prédio da clínica: Eddie Van Blundht, que após testes de DNA comprova-se pai das 5 crianças.

Após fugir da custódia, com o guarda de plantão alegando ter sido atingido por um cara que era "ele mesmo", a investigação se vira para compreender como Eddie conseguiu engravidar 5 mulheres que juravam ter apenas contato sexual com os seus maridos, e uma com Luke Skywalker - um parêntese para comentar a cara de Mulder ao entrevistar a moça e ela começar a cantar o tema de Star Wars, e então Scully perguntando: "ele tinha um sabre de luz?" Como não amar a ruiva?

Analisando o cadáver mumificado do pai de Eddie Jr, as coisas começam a clarear, pois Scully descobre uma camada anormal de tecido muscular sob a pele, e Mulder desenvolve então a teoria que o agressor de mulheres conseguia se passar por outras pessoas devido à essa anomalia genética.

Só que Mulder chega à conclusão meio tarde, pois Eddie resolve se passar por ele, dessa vez de maneira mais definitiva, afinal Mulder segundo ele "é um cara muito bonitão". E então, Scully leva pra casa gato por lebre! ´David arrasa na atuação, fazendo Mulder agir pateticamente como se fosse mesmo um "perdedor" no corpo do agente. E como todo ser estranho, mutante, que resolve trocar de corpo com Mulder na série, é lógico que a primeira ideia a ser colocada em prática é tentar se dar bem com a sua linda parceira.

Eddie quase consegue enganar Scully, mas o Mulder de verdade chega na hora "H". Durante muito tempo, nosso grupinho de amigos da "Sociedade X" (de onde saiu esse blog), comentamos sobre ser a maior vergonha que a pobre Scully passou na vida. E a cabeça de Mulder, imagina como ficou, bastou usar o corpo dele, e no primeiro dia ele quase pega a parceira beijando sua "cópia"... Eddie um mês depois, se sente até na obrigação de dar um toque...

Ah, só mesmo Darin Morgan para fazer a gente simpatizar e até sentir um pouco de pena de um cara que faz o que Van Blundht faz... [/Cleide]
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Zero Sum (Não Restou mais Nada)

[Fê MonteiroZero Sum, traduzindo significa “Soma Zero”, e aplicado a teorias econômicas e jogos é um terno usado para definir uma situação em que o ganho de um sempre implica na perda do outro envolvido, na mesma medida. Se tentarmos aplicá-lo às relações humanas, teremos que um lado suga o outro completamente até o ponto de não haver sobras, o outro é anulado. Ou seja, não resta mais nada. Sim, dessa vez deram uma dentro com a tradução do episódio. \o/

Começo fazendo um adendo ao fato de Arquivo X ser a melhor campanha anti-tabagismo de todos os tempos. Ao invés daquelas cenas que imprimem no verso dos maços o Ministério da Saúde deveria colocar: vai fumar? Assista Arquivo X, episódio tal. Pronto! Porque, ou você se torna um vilão cruel imortalizado pela maldade, ou morre no banheiro durante a pausa para o cigarrinho, ou é infectado por larvas de insetos...enfim, eles dão o recado.

Neste episódio não contamos com a presença ruiva e poderosa da nossa agente, que segundo Mulder explica, está no hospital sob o risco do câncer estar em metástase. Porém, como já disse o Clyde aquela vez e o CancerMan vem neste episódio confirmar, “a agente Scully vai ter uma vida longa e saudável”. Mas é importante ressaltar que nós fãs nunca nos sentimos 100% seguros de nada, principalmente na época em que esse epi foi ao ar, com a ameaça constante de que seu câncer a consumisse.

Dentro desse mesmo desespero, SkinMan mete o pé pelas mãos e se torna agente duplo para poder protegê-la, queimando arquivos e livrando-se de provas de um assunto que ele mesmo ainda não compreendia direito. E ele é tão bom em limpar as evidências que sempre que assisto esse episódio tenho vontade de chamá-lo para a faxina em casa.

Mulder, sempre muito adiante, apesar de todos os esforços para colocá-lo para trás, sente de longe que algo está errado com o careca. Mas acaba compreendendo suas intenções muito bem. No fim, fica claro que ele é o fiel escudeiro dos agentes, e como tal, só leva chumbo.

No fim, esperamos até que role um “to be continued” e para a nossa surpresa acaba ali mesmo, no nada e no meio de tudo. No zero.

Destaque nesse episódio para:

- A cara do Mulder ao descobrir a “traição” do chefe;
- A cena das abelhas atacando as crianças no parquinho da escola e em seguida, morrendo no hospital (forte);
- CancerMan não convencendo sobre não ter medo de morrer, após os tiros disparados na parede à sua volta pelo SkinMan. [/Fê Monteiro]
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Elegy (Elegia)

[Josi] Elegia é um tipo de ode aos mortos. E é um dos episódios mais fortes da temporada. Sem nenhum dó, eles esfregam na nossa cara que Scully está às portas da morte. Não apenas na nossa, mas na de Scully e Mulder também.

Somente ao final, e devido à ajuda do amigo de Harold, Scully descobre que a responsável pelas mortes era a enfermeira da instituição onde eles estavam internados. Enlouquecida, a mulher se mantinha calma tomando os remédios do rapaz autista enquanto matava as mulheres a quem ele admirava pois não podia suportar a ideia de alguém sequer sonhar em ter o que ela havia perdido. Isso tudo enquanto envenenava o próprio Harold.

No entanto, tudo isso serve de pano de fundo para a verdadeira história do episódio. Os fantasmas das vítimas eram vistos pouco depois de suas mortes por pessoas que estavam muito doentes, incluindo Harold, que via todas elas. Segundo Mulder, a proximidade com a morte criava um elo entre as vítimas e as testemunhas. Todos os que viram os fantasmas acabam mortos, inclusive Harold.

Qual não foi a nossa surpresa e tristeza quando a própria Scully viu uma das mortas. Não é pra menos que ela não aguenta, se afasta do caso e ainda busca ajuda profissional. Nossa agente tenta a todo custo ser e parecer forte até mesmo para ela mesma desde sempre... sua reação a sua doença não seria diferente.

A crueldade desse episódio é nos fazer encarar o qual doente ela está e que ela se mostrar forte não mudará o seu destino.

Quando ela fala com a psicóloga, ela não esconde o quanto Mulder está sendo importante para ela nesse momento. O quanto ele a apoia e se preocupa e o quanto que a fé dele a impulsiona a não desistir. Mesmo assim, ela não consegue confiar nele ao ponto de lhe confidenciar algo que foge a sua lógica científica. Essa é justamente a causa do pequeno desentendimento deles. Entretanto, eu creio que a falta de paciência de Mulder veio de seu grande medo de perder sua parceira para algo que ele não conseguia lutar.

Este é um ponto muito interessante do relacionamento entre Mulder e Scully. Eles confiam e admiram o outro completamente, mas não conseguem se abrir um para o outro. Assim, ambos se frustram e se magoam.

"Eu sei do que você tem medo, Scully. Eu tenho medo da mesma coisa." - Todos nós, Mulder... [/Josi]
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Demons (Demônios)

[Cleide] Este episódio é um daqueles em flashback, que nos deixa com aquela sensação "E agora?" E conforme as peças vão se ajuntando, ao invés de melhorar, o negócio só piora.

Mulder acorda em um lugar estranho, não se lembra do que aconteceu nos últimos 2 dias, há sangue em sua roupa, ele claro, liga para Scully que o encontra em estado de choque, com seu olhar lógico e prático ela levanta as provas, e percebe que há duas balas à menos na arma do parceiro.

Além de tudo, Mulder passa a ter episódios de muita dor de cabeça, que se seguem de lembranças vívidas de seu passado, um pouco antes do desaparecimento de sua irmã. E ele se recusa a buscar cuidados médicos - uma vez que recolher evidências deste passado é uma das coisas mais importantes da vida e busca dele.

Para entender o que acontecera, os parceiros vão investigar para remontar estes dois dias perdidos. Mulder encontra uma chave, que abre um carro no estacionamento, que leva a Amy Cassandra. Na casa dessa mulher de quem ele não se recorda, o agente reconhece outra casa que ela pintava nos quadros, e então, ele e Scully vão até lá investigar, e qual não é a surpresa ao encontrarem o casal de idosos mortos cada um com um tiro.

Neste ponto, todas as provas indicam Mulder, que sem memória não tem álibi. Mas Scully se recusa a aceitar a possibilidade de que seu parceiro fora o assassino, e resolve se aprofundar no caso. Enquanto seu parceiro fica recluso como único suspeito do crime.

A investigação um suicídio que acontece na prisão onde Mulder estava recluso abre toda uma nova perspectiva, que não vou detalhar aqui, pois é interessante rever os detalhes, mas torna todo episódio e o crime, um pano de fundo para mostrar o quando a abdução de Samantha vulnerabilizava Mulder e como ele era capaz de prosseguir até os limites da razão, da saúde, e da vida para solucionar o seu passado atormentado.

Detalhes dignos de nota:
*Scully cuidando de Mulder em choque no início do episódio
* Mulder discutindo com sua mãe (e deixando a pobre Scully para trás e sem carro)
*As cenas da alucinação quando o Canceroso jovem é vivido pelo ator que representa nosso "querido" #not Jeffey Spender
*A tensa cena em que Mulder aponta o revólver para Scully ainda sob efeito do tratamento alucinógeno. [/Cleide]
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Gethsemane (A Maior das Mentiras)

[Fê MonteiroEste é o primeiro episódio de uma trilogia arrasadora.

Logo de cara mata os fãs do coração trazendo Scully a um, muito movimentado, apartamento do Mulder, para reconhecer o corpo do parceiro, o qual ela confirma (?!).

Então, voltamos para onde tudo começou, ou seja, passaremos o episódio inteiro agonizando pela incerteza do que houve. Afinal de contas, só saberemos no episódio seguinte. Isso é final de temporada de Arquivo X minha gente!

Eu diria que o tema central desse episódio é a fé, ou melhor, a falta, a perda, a dúvida. De uma lado temos uma Scully sendo tomada pelo câncer e se afastando cada vez mais de sus crenças religiosas, que, querendo ou não sempre dão um suporte em momentos delicados da vida, como esse. Porque, se for depender do suporte de seu irmão gente boa (#sqn) Bill Scully, que aqui conhecemos pela primeira vez, ela tá é lascada.

Do outro lado temos um Mulder, já meio confiando desconfiado. Ele presencia uma autópsia de uma suposta entidade alienígena ao vivo, muito bem montada, porém é visível que ele sente ser tudo bom demais para ser verdade. E no fim sentimos aquela fé, que ainda insistia em brilhar dentro dele, lhe ser arrancada violentamente ao ouvir dos lábios da parceira que sua doença lhe foi dada apenas para que ele seguisse acreditando.

É claro que tem muito mais trigo nesse bolo. Tanto a armação muito bem arquitetada para fazer Mulder crer que o corpo era alienígena, quanto o Kritschgau jogando 'o' balde de água fria nele com sua história de que não existe nem nunca existiram seres extraterrenos nos visitando, que tudo foi sempre um embuste do governo, ambas as jogadas são demasiadamente radicais. Mas para o Mulder, o que resta? Tombo atrás de tombo, ele simplesmente fica sem chão. E no final, nos faz subentender que aquilo o fez chegar ao ponto de cometer suicídio.

Em tempo: Gethsemane é um jardim situado no sopé do Monte das Oliveiras (Jerusalém), onde Jesus e seus discípulos teriam orado na noite anterior à sua crucificação. De acordo com o Evangelho de Lucas, a angústia de Jesus no Gethsemane foi tão profunda que “seu suor tomou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão”. [/Fê Monteiro]
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2 comentários:

A menina que não pisca nunca disse...

Uau!!!! Nem sei por onde começar. Estou há dias sem quase vida social só porque descobri que Arquivo X, a série que mais amo em todos os tempos, está no netflix. Descobri um pouco tarde, pois lendo o blog de vocês vi alguém dizendo que acompanha AX no netflix pelo menos desde 2014. Bom o fato é que fiquei sabendo por acaso e eis que agora não consigo desgrudar do computador. Tenho que dizer que amo o blog de vocês, amo todos os comentários dos episódios e confesso que sempre dou uma espiadinha antes de iniciar um novo episódio, mas fiquei triste ao perceber que vcs pararam na 6 Temp. justo agora que a iniciei.
Assisti arquivo x pela primeira vez na record, lembro que tinha uns 10-11 anos e só tínhamos uma TV em casa em que funcionava a record, a outra sabe Deus pq não sintonizava de jeito nenhum, então lá tinha eu com minha missão convencer minha mãe a deixar eu assistir, já que ela é fã incondicional de novelas da Globo, sempre perdia o iniciozinho... Ela detestava a série sempre era uma dificuldade eu conseguir assistir. Com o tempo perdi arquivo x, lembro que foi logo depois do filme, não sei o que houve, não sei se eu perdi o interesse ou se mudou de horário, sei apenas que deixei de assistir, lembro que vi o filme, mas depois perdi a série de rumo, não sei bem em que temporada, pois na minha memória os episódios se misturam, lembro bem dos episódios da filha da Scully, em especial quando ela abre o caixão e só tem terra e a correntinha, lembro do episódio Serafim, mas na minha memória era o mesmo episódio, só agora assistindo um e outro é que pude ver que não. Lembro perfeitamente do Gibson jogando xadrez, mas não recordava o episódio inteiro, acho que a record embaralhava tudo, além da minha pouca idade e o fato de não acompanhar assiduamente.
Há pouco mais de um mês, vi uma nota no perfil de uma amiga que dizia que AX ia voltar, eu corri para net e tentei buscar as primeiras temporadas, ainda não sabia que havia no netflix, até que tive a brilhante ideia de pesquisar lá e desde então toda folga que tenho estou acompanhando a série, seja pelo PC ou pelo cel. Adoro o blog de vocês, amo os comentários, amei a fanfic dos namorados, sou ultra shipper, fico voltando cada pegada de mão, troca de olhares, acho que meu coração shipper não vai aguentar até a 9 temporada.

XFILES disse...

Amei sua história, Danielle! <3

Vc passou pelas dificuldades de quem foi fã na era da Record. kkkkkk Ô tempo difícil!

Mas a gente não parou não, viu? Apenas diminuímos drasticamente a frequência das postagens. E agora que inventamos esse countdown e ainda acompanhamos as notícias do revival, nosso tempo diminuiu muito. Mas estamos seguindo. Este mês, se Deus quiser, postamos o próximo episódio.

Se você estiver interessada de ver nossos comentários de uma forma um pouco diferente, vai lá na nossa página do face! Já estamos na metade da sétima temporada. Todos os dias temos um review novo até o dia da estreia dos novos episódios. ;)

Beijos e continue comentando por aqui!

Josi.