sábado, 13 de fevereiro de 2016

10x04 - Home Again (De Volta pra Casa) Reviews


Direção: Glen Morgan
Roteiro: Glen Morgan

Resumo: Mulder e Scully investigam o assassinato de um oficial do governo que foi realizado de forma brutal e sem explicação, enquanto Scully lida com um momento especialmente triste de sua vida.




Comentários

[Ana Paula] Existem personagens que mexem com a gente. Margareth Scully, mesmo não sendo uma personagem regular, fez isso comigo. Ela era uma mulher de fibra, e podíamos ver isso refletido em sua filha. Firme quando tinha de ser. Suave quando era preciso.

Quatro momentos dela me marcaram muito durante a série: quando Scully estava em coma; quando Melissa foi baleada; quando descobriu o câncer de Scully e após o nascimento de William.

Margareth sempre demonstrou serenidade, mesmo tendo um turbilhão sob sua pele. Sua trajetória como mãe, não foi fácil. Não dá nem para começar a imaginar a dor de perder um filho, ou de estar na iminência de perder. Ainda assim, ela nunca culpou Scully ou Mulder. Sempre respeitou as decisões que sua filha tomava, sabendo que era o caminho escolhido por ela.

Aceitou Mulder em toda sua dor. As cenas entre os dois sempre eram muito bonitas. Há quem diga que uma mãe conhece de imediato quem faz bem aos seus filhos. Bom, ela sabia que Mulder se preocupava verdadeiramente com Scully. Ele seria seu genro, afinal.

Por tudo isso foi difícil dizer adeus a ela. E chorei junto com Scully. O desespero. As dúvidas. As perguntas não feitas. Nossa! Eu sempre penso em tudo isso quando imagino que um dia estarei naquela posição, diante dos meus pais.

Impossível não se identificar com Scully e com Mulder. Já estive nas duas posições, perdendo alguém querido e querendo negar isso, mas também confortando alguém diante da dor.

Esqueçam o monstro da semana. Esse episódio não foi sobre ele. Só achei estranho Mulder ser tão cético sobre monstros que se materializam a partir da psique de seus criadores, já que esse foi o tema de Arcadia (saudades da 6ª temporada...). Mas também não podemos negar que foi um episódio muito bem produzido, com cenas de arrepiar (sério, a musiquinha tocando enquanto a mulher era perseguida foi macabra... Foi tão X-Files!).

No início eu não fiz a conexão entre o caso investigado e o emocional de Scully... Mas depois do discurso do criador do monstro (que eu não prestei atenção no nome hehehe) as coisas se conectaram!

Esse episódio foi sobre a maternidade para Scully. Ali, diante da perda da mãe, abriu-se uma brecha para seu desespero diante do abandono do próprio filho. Todo seu desamparo aflorou no discurso inflamado pelas últimas palavras de Margareth.

Durante o período em que esteve nos Arquivos X, Scully sempre teve duas rochas de sustentação. Uma delas, perdeu nesse episódio. A outra, Mulder, estava se perdendo ainda em vida. Não foi o diagnóstico de depressão que fez eles se separarem, mas tudo aquilo não dito sobre William.

David Duchovny brincou em uma entrevista que havia um problema de comunicação no relacionamento de Mulder e Scully, e há mesmo. Um problema chamando “William dado para adoção”. As palavras de Margareth foram extremamente significativas. Primeiramente ela chamou por Charlie, seu filho perdido em vida, depois ela se voltou para Mulder e falou sobre um filho chamado William.

Sim, Bill Jr. estava na Alemanha, longe dela. Mas... Mulder também se chama William. Lembrando que o termo para genro em inglês é “son in law”, ou seja, Fox (a quem ela sempre teve liberdade para chamar pelo primeiro nome) também era seu “filho”. As palavras ditas na direção de Mulder foram um chamado. Sim, eles precisam falar sobre William.

É interessante que o primeiro desabafo de Scully sobre William tenha sido no calor da emoção, para depois ela racionalizar e pedir para voltar ao trabalho. Ela já tinha feito isso antes (após a morte de seu pai e de Melissa). Das duas primeiras vezes, Mulder aceitou calmamente, dessa vez ele questionou, mostrando que a relação entre eles está em um patamar completamente diferente.

Também é interessante o silêncio de Mulder diante do lago. Diferente do que se possa pensar, não achei que fosse apatia, mas o acolhimento puro e simples. O conforto, mostrando que sim, ele está ali para ela (como ele mesmo disse ao chegar ao hospital). Acredito que esse Home Again é o retorno de Scully (lembrando que, até onde sabemos, foi ela quem saiu de casa) para a intimidade (não necessariamente ao relacionamento amoroso) que tinha com ele.

Dizem que esse episódio foi filmado para ser o 2º do revival. Por isso, não entendo o motivo de terem mudado a ordem dos episódios. A aproximação gradual deles foi claramente preparada para introduzir os diálogos de A mutação odo fundador.

Ah, outra coisa que venho percebendo. Parece que estão fazendo questão de mostrar que Scully está mais em forma que Mulder. Tudo bem, Duchovny é quase 10 anos mais velho que Gillian, mas parece que estão trazendo isso para os personagens também. Mulder falando em crise de meia idade, sobre escadas e deixando que ela realize o trabalho braçal com os suspeitos (tudo bem, ela sempre foi melhor de briga que ele). Girl power! Eu tô achando o máximo!

E para fechar, só preciso citar a beleza de dois diálogos: Mulder dizendo que inventou o conceito de desejar que alguém retorne, quando Scully estava em coma (mais uma para a campanha “Mulder não é um ogro sem coração!”) e ela respondendo que ele era um bruxo. Scully reafirmando estar também ali para ele sempre e, após 22 anos, chamando ele de Fox... E não obtendo uma recusa como resposta. Sério, se isso não for coisa de casal, eu não sei mais o que é. [/Ana Paula]



[Cleide] Como a idéia aqui é fazer um comentário objetivo sobre as impressões que o episódio causou, vou comentar em dois momentos, o monstro da semana e a parte da vida pessoal de Scully, e consequentemente Mulder.

Achei o assunto da semana genial, a questão tão urgente dos moradores de rua. Não achava que nos Estados Unidos ocorresse assim, da mesma maneira que acontece na minha cidade: ou seja, todos querem se livrar do problema, ninguém quer ajudar. Me lembro que na minha cidade vazou uma conversa em que a assessoria da prefeitura pensou em levar os moradores de rua para presídios de cidades do interior para “limpar” a cidade durante a copa do mundo. É extremo, mas é assim, uma população tomada pelo sofrimento, e invisível aos poderes públicos, pois lhes é tirado até a cidadania, o pertencimento à cidade. Então, foi de extrema importância que os roteiristas tivessem a sensibilidade de levantar este assunto.

Gostei muito também da maneira que foi solucionada a história, o monstro era a criação de um artista plástico, que queria dar visibilidade ao problema que lhe tocava, é o que os artistas fazem, mas por sentir revolta, mesmo que fosse por um momento, trouxe vida ao monstro e toda sua criação lhe fugiu ao controle. Foi muito interessante ele comentar que acreditava que somos envolvidos por energias, espíritos, que se afinizam com o que fazemos e passam a fazer parte disto.

As cenas em que o mostro aparece lembram muito as cenas das primeira temporadas da série, na fase de Vancouver. Penumbras, gosmas, violência... o toque da cena com a música totalmente distoante do ataque é uma clara referência ao controvérsio episódio da quarta temporada “Home”. Aliás, a cena em que a representante dos pais que não queria os moradores de rua por perto é assassinada, faz uma crítica ao comportamento higienista da classe média alta, que anda de locais fechados para suas casas “super seguras” dentro de suas SUV’s super equipadas, e gostariam que o mundo fosse um lugar mais limpinho e cheiroso para seus filhos, se isto incluir colocar todos os pobres e doentes em um foguete e mandar para fora da via lactea para alcançar seus objetivos, que seja!

Sobre as cenas que trazem à tona a vida pessoal de Scully, poucos episódios me fizeram chorar e ficar tão triste como este, chega a dar uma sensação de luto na gente, acho que o motivo é Maggie ser uma personagem tão presente na série e que nos cativou desde o início. Vi um comentário que Gilliam as vezes não encontrava o sentimento da cena, e então pedia para trazerem Sheyla, e ela conseguia se preparar, afinal, elas foram mãe e filha na TV por mais de 20 anos. Quando Scully chega e diz à Maggie para ainda não ir para casa, é de cortar o coração. Achei inteligente trazerem pra história um conflito com o tal irmão da Scully que nunca apareceu, sempre foi um comentário dos fãs, sinal que ficam antenados no que o público observa.

A cena em que Mulder chega, e diz “Estou aqui” me surpreendeu, nos teasers eu achava que seria o reencontro de Mulder e Scully após a separação, por isso o clima tenso, mas na verdade, foi uma cena muito amorosa, um “estou aqui” que soa como um “eu te amo, estarei com você nos momentos bons e ruins”. A amorosidade que David imprime na voz de Mulder, em seu olhar – aquele olhar de quem se pudesse tomaria toda aquela dor para si  - para mim alcançou a excelência, estou adorando a maneira como ele construiu o Mulder maduro. Foi muito bonito fazerem um paralelo com One Breath, quando voltamos a assistir a segunda temporada, vemos Maggie e Mulder ao lado de Scully em coma, compartilhando um momento tão doloroso. Mulder sem dúvidas conquistou o direito de estar com a sogra no leito de morte, mais até que os próprios filhos.

Se no momento em que Scully estava em coma ele era só revolta e seu único pensamento era trazê-la de volta, agora mais maduro, ele era só afeto e compreensão. Scully talvez sempre carregou dúvidas do que aconteceu, e se realmente quem ela sentiu lhe chamar era o parceiro (eles eram tão comedidos em demonstrar os sentimentos), que faz uma pergunta só para ouvir a resposta que desejava, se nos anos que eles investigaram todos estes casos, conseguiram encontrar alguém que trouxe um ser querido de volta à vida só com seu desejo, e ele responde sem pestanejar “eu, quando você estava em coma”. Ela lhe confirma por sua vez, que foi ele mesmo que a trouxe de volta.

Por que Maggie mudou o testamento? Quem eram as testemunhas? Que moeda era aquela? Saberemos no futuro se houver outra temporada – ou não. Mas é bom manter sempre algumas questões acesas. A cena da despedida final é muito triste, principalmente por que ela falou à Mulder e não para Scully e citou justamente William, que temos visto é uma ferida aberta no coração de Dana. Várias vezes ela viu seu nome escrito no celular, ao solucionar o caso conversando com o artista, ela também se viu como artífice e responsável pela vida de seu bebê. Quando a mãe fala com Mulder que também tem um filho chamado William, parece que tudo veio à tona. E encerramos o episódio numa paisagem triste (me parece a paisagem em que jogaram as cinzas do pai da Scully em Beyond the Sea), uma despedida discreta para uma mulher amorosa e justa. E Mulder, como em todo episódio, provando seu amor sendo a companhia silenciosa, o ouvido que não julga... e sabendo que ele também pensa no filho, imaginam o sacrifício que ele faz para se manter forte de forma que Scully não sofra mais ainda por tudo que eles passaram? [/Cleide]


[Fê Monteiro] A palavra-chave do episódio é “responsabilidade”, percebam que ela liga tudo! Apesar de ter lido muitas pessoas achando que o episódio foi confuso, fraco e que não deveriam ter misturado o drama pessoal dos agentes com um monstro da semana...assisti pela terceira vez “Home Again” e cada vez vejo mais conexões entre tudo.

Antes de mais nada quero dizer que foi impossível não lembrar do clássico “Home”, também do Glen, no que concerne à: 1) cena do ataque à mulher na casa com direito à melodia alegre como trilha sonora de uma morte brutal; 2) cena da conversa entre Mulder e Scully no banco do hospital (Home Again) x conversa entre Mulder e Scully no banco em frente à delegacia (Home) – percebam que até a posição em que eles estão sentados e seus trejeitos são os mesmos!

O monstro 'Band-Aid Nose Man' não é dos mais marcantes, apesar de sua brutalidade? Não, não é. Mas não o colocaria como fraco tampouco. O fato é que o script do episódio não toma todo o tempo necessário para explicá-lo bem e isso o acaba tornando um tanto vazio, carecemos de informações. Mas o contexto em que ele é invocado é bárbaro, muito atual e polêmico: a voz que falta aos moradores de rua. Aqui no Brasil, quem mora nos grandes centros, conhece bem esse cenário, não posso dizer que sabe bem o que é, pois só sentindo na pele o que é ser morador de rua para saber. E esse problema se estende aos grandes centros urbanos populosos de todo o mundo. Mas o “problema” para muitos são as pessoas e não a desigualdade social que gera aquela condição. Simplesmente taxam todos de vagabundos e os enxergam como lixo, exatamente como tanto se bate na tecla nesse plot. Aquelas pessoas além de não terem praticamente nada para chamar de seu, até o direito de existirem perdem, assim como sua dignidade. Muito triste mesmo, por isso considero um episódio forte sim, com alguns buracos aqui e ali, alguns escorregões sim, mas nada que comprometa.

Por outro lado temos a doce Maggie, a própria mãe do fandom de AX. Gostaria que ela tivesse aparecido mais durante toda a série, mas mesmo através de episódios espaçados e singelas aparições  ao longo das temporadas, ela cativou a todos. A mãe da Scully, que às vezes foi mãe até mesmo para o Mulder, não era eterna, como infelizmente todas as mães. Nunca soubemos o que ela pensava de tudo que Scully fez, sua decisão sobre William, sua fulga com Mulder etc. E percebemos, pela agonia de Scully, que ela também viu a mãe partir sem poder saber tudo que ela pensava, sem poder ter uma última e esclarecedora conversa. Viemos a saber também, que o lendário Charlie, o caçula dos Scully – que nunca, nunquinha, deu o ar da graça. Ao menos conhecemos sua voz aqui... – há muito tempo estava brigado com a mãe e afastado da família (o que explica seu nunca aparecimento talvez). Esse tipo de situação é completamente corriqueira, sabemos que acontece nas melhores famílias, mas é complicado quando uma das pessoas se vai antes que o perdão e uma boa conversa possam se manifestar. Fiquei imaginando se Bill apareceria, mas não é fácil ficar trazendo de volta tudo que é ator assim também né...além de ser caro $...rs. Mas, e acho que posso falar pela maioria dos fãs aqui, ele não faz muita falta de qualquer forma.

No meio dessas duas situações temos Mulder e Scully e toda a sua relação. Ele entrando mais dentro da investigação, fazendo as conexões necessárias e sacando o jogo e ela se afastando do caso inicialmente, para poder estar ao lado da mãe, para depois se jogar de volta numa tentativa de ocupar a cabeça (quem nunca?).

O que gosto muito aqui é a atitude do Mulder durante todo o episódio. Sim, inclusive seu silêncio. Ele dá espaço à Scully, (como sempre, em se tratando de assuntos pessoais), mas de uma forma mais carinhosa, mais íntima. E, assim que consegue: “I'm here”. Reparem na expressão dela ao vê-lo ali. É tudo que ela precisa. Alguém que esteja ao seu lado nesse momento, e esse alguém só pode ser ele. Ele não precisa falar, não mais. Ele aprendeu a ouví-la, todo esse amadurecimento dele é fantástico, de verdade. E, quando precisa, é firme também para segurá-la, acalmá-la. Estarem morando juntos ou não é um detalhe. Eles nunca estarão separados, isso é um fato! Os laços são tão fortes que Maggie, ao acordar brevemente se volta para ele, segura sua mão e fala “William também é o nome do meu filho” antes de soltar o último suspiro - pausa para dizer que nesta pequena sequência eu chorei pra valer gente, acho que como nunca em outro episódio, sério. Ela tinha um carinho muito grande por ele.

E o que dizer da cena de flashback: Com Scully em coma e Mulder conversando com ela mesmo sem saber se ela lhe ouvia (inclusive ele cita a ocasião para ela depois ao dizer que inventou o ato de desejar muito que a pessoa volte à vida quando ela estava na mesma situação...ownn *ao cubo). É o que ela faz exatamente. Mostra como suas crenças se abriram desde aquele momento até hoje. Apesar de sofrer, ela sabe que sua mãe está em um lugar muito bonito, onde pode reencontrar sua irmã e seu pai e que, ao partir, estará “voltando para casa”. Isso é muito tocante mesmo.

Nos deparamos com um mistério, que teremos que aguardar para saber se terá algum desfecho ou real importância: a tal moeda que ela encontra nos pertences da mãe e que, aparentemente, não possui nenhum significado que ela possa fazer conexões naquele momento, mesmo assim ela o pega para ela.

Sobre o monstro em si, achei a ideia legal! Não é muito original, mas não sei se pode ser encarado somente como um golem. Muitos o associaram aos monstros de episódios como Arcadia e Kaddish. Mas para mim, o contexto de sua criação remete mais a Milagro. Ele não é apenas uma invocação, é uma criação. É um personagem criado primeiro na mente e depois manifestado através, neste caso, da tinta, do papel, do mural, da massa etc. Na Teosofia aprende-se que o homem é o único ser capaz de criar em três níveis: no mental (pensamentos), no emocional (sentimentos, emoções) e no físico (reprodução). E não é por não ser físico e palpável como uma criança, que seus pensamentos, sentimentos e emoções não são seus filhos também. Eles são de sua inteira responsabilidade – exatamente como Scully diz ao Trash Man, não o censurando ou acusando simplesmente, mas inclusive se vendo como ele, mas no que concerne à criação física (William) – e lá vamos a mais flashbacks - Então, o artista não pode lavar as mãos e dizer que no momento em que criou aquela arte 'apenas' teve os piores pensamentos e sentimentos ao tentar dar vazão às suas emoções reprimidas em relação à injustiça cometida por aquelas pessoas que só pensavam em proveito próprio e nunca naquelas pessoas passando por necessidade pelas ruas. Ele alimentou um monstro terrível e vingativo, sem alma e sem compaixão, muito pior do que aqueles a quem ele odiou. Talvez ele não tivesse consciência disso, mas poderia ter empregado seu dom a favor de todo aquele povo e da causa e não contra algumas pessoas que não mereciam nada, nem o melhor e nem o pior.

No final, Scully entende com tudo isso, o motivo de sua mãe querer tanto saber sobre Charlie depois de todos aqueles anos, a ponto de se segurar viva apenas para ouvir sua voz e saber que ele estava bem. Ela precisava saber que seu menino estava seguro, apenas isso. E Scully entendeu isso também como uma mensagem para si própria. Ela e Mulder, como pais, fizeram suas escolhas pensando no melhor para o filho, assim como todos os pais (pelo menos a maioria né). Mas, independente de qualquer escolha feita, é necessário saber se os filhos estão bem, e isso é tudo que importa no fim das contas. Como ela revela a Mulder, ela quer ter a certeza de que eles não o trataram como lixo. Se isso significa que ela vai tentar quebrar o sigilo e procurar pela criança a partir de agora, são outros quinhentos...

You gotta love:
- o facho de luz das lanternas deles se encontrando e formando um “x” na escuridão;
- Scully desarmando o cara em uma rápida mostra do bom e velho Scully-Fu;
- S: “You are a dark wizard, Mulder”
- M: “What's new?” [/Fê Monteiro]


[Helena] Ao contrário da semana passada, este episódio já começa dando um nó na garganta. Ver o que chamam de realocação dos sem-teto foi lamentável, pior ainda é saber que isto não é ficção de forma alguma. Desta vez, gostei muito de ver o canalha sendo atacado. Bem feito! O detalhe da criatura, (só consigo chamar assim) levar uma perna do desgraçado para o caminhão de lixo e ENTRAR JUNTO foi ótimo.

O Mulder e a Scully chegam à cena do crime exalando profissionalismo, só que o detetive queria marcar território... E a Scully já deu uma cortada e tanto nele! Como assisti recentemente a primeira temporada, notei uma diferença enorme na atitude dela. No início da série, a Scully sempre tentava ser diplomática com a polícia local e, claro, isto não era nada fácil com o Mulder agindo... bem, como Mulder. Agora ela é educada e bem firme, quase arrogante. O detetive estava pedindo para ser tratado assim, mas em outros tempos a Scully seria mais cordial.

Agora sobre a cena do crime. Logo fica claro que ninguém usou qualquer objeto para desmembramento, foi na base de arrancar braços, pernas, e a cabeça estava – gostei desta parte – estava na lixeira.

O Mulder estava observando um grafite na parede do outro lado da rua. O celular da Scully toca e eu quase tenho um infarto quando vejo o nome William. Tá, foi tontice minha, esqueci que o irmão da Scully chama William. Ele avisa que a mãe deles teve um ataque cardíaco e estava em coma. A Scully avisa o Mulder o que aconteceu e que ela precisa ir. Ele aquiesce e fica olhando ela sair com uma tristeza de partir o coração.

Daqui por diante, o episódio se divide entre mais esta tristeza para a Scully e o Mulder continuando com a investigação. Assim, eu vou primeiro descrever como fica a Scully e depois como corre a investigação do Mulder, até que os dois se encontrem de novo.

No hospital, a Scully vai ver a mãe e conversa com o irmão ao telefone. Ela afirma que a mãe não tinha assinado uma ordem de não ressuscitar, pois haviam conversado sobre isto anos antes, depois que a Scully estava em como e, contra todas as probabilidades, se recuperou. Acho lindo ela relembrando do Mulder ao lado dela, esperando que ela acordasse. Lembro que ela disse a ele na ocasião “senti a força das suas crenças”.

O que deixa a Scully estupefata foi que a mãe, antes de entrar em coma chamou o Charlie, o irmão da Scully que todos nós sempre quisemos saber o que aconteceu. Ao menos CC está dando alguma explicação nesta temporada. O Charlie saiu das vidas da mãe e dos irmãos há muito tempo e, por este motivo, a Scully estranha que a mãe tenha chamado por ele.

Outra surpresa é que a Margaret havia assinado uma ONR um ano antes sem falar para a Scully. Eu não entendi porque ela fez isto, quer dizer não ter conversado com a filha a respeito, já que mesmo quando discordavam, o relacionamento delas permitia conversas íntimas e difíceis.

Quando a situação já está em um nível insuportável de tanta tristeza, chega o Mulder. Como gostei dele neste momento! Ele vem apoiar a Scully e como apóia! No fim, quando o Charlie finalmente liga e a Maggie acorda, ele também segura a mão dela e as palavras finais dela são para o Mulder “eu também tenho um filho que se chama William”. Ela morre e na hora em que vêm buscar o corpo para a retirada de órgãos e a Scully surta ele a abraça e a conforta dizendo que a Margaret era doadora de órgão e precisavam dela naquele momento e que a Dana tinha que deixá-la ir.

A Scully sai desesperada querendo voltar ao trabalho imediatamente.

Agora vou continuar sobre a investigação do ponto em que a Scully saiu.

O Mulder já havia estranhado a falta de digitais e se interessado pelo grafite. Que faro para tudo que é estranho! As câmeras de vigilância também foram convenientemente desviadas na hora do assassinato. O Fofo estava preocupado com a Scully, mas ainda é o investigador de arquivos X. Ele pisa em algo e, coleta!

Engraçado como às vezes ele é cheio de nojinhos e outras vezes, faz coisas que deixam a gente de estômago revirado.

Na rua ele encontra um sócio do safado que foi assassinado discutindo com uma mulher. Eu achei que ela fosse boa pessoa no primeiro momento, até ela mostrar que só não queria a realocação porque ficaria perto da escola que os filhos dela e dos amigos chiques freqüentavam.

O Mulder logo solta que cada um só estava defendendo os próprios interesses e que ouvir alguém pelos sem-teto. Um deles deixa claro que era “o homem com curativo no nariz”. KKKKK!

No laboratório do FBI, nem toda a tecnologia extremamente avançada consegue determinar o que era a gosma em que o Mulder pisou. Não era orgânico e nem inorgânico, não estava vivo e não estava morto. Como disse a Josi na review do 3º episódio “o pessoal do FBI ta feliz em tê-los de volta”. Imaginem sem eles nos AX, quem ia investigar estas bizarrices todas?!

Neste meio tempo, uns larápios (aqui é no pior sentido possível! Não como a nossa Diva surrupiando o Daggoo.) que ganhavam dinheiro com trabalho dos sem-teto são assassinados. E eu, cada vez que assisto, gosto mais ainda de ver gente ruim se dando mal.

A fulana que não queria a realocação por, no português claro, repulsa por aquelas pessoas, também é assassinada. Eu não engoli a preocupação com as crianças. Não sou cega sobre a realidade, mas, geralmente, a maior parte de ataques a crianças são perpetrados por amigos, vizinhos e familiares.

Os nossos dois agentes voltam à cidade e conseguem chegar ao artista que “criou” o homem com curativo no nariz. Neste ponto se fala em Tulpa, algo criado pela concentração de muitas mentes. Isto aconteceu em um episódio de Supernatural.

Hummm! Primeiro aquilo de correr atrás de monstros e não na direção contrária como o Dean disse em um episódio de Supernatural, como foi lembrado em uma review do 3º episódio. Não me lembro de quem foi, mas muito bem colocado. Agora o tulpa. Os roteiristas fizeram maratona de Supernatural antes de escrever estes episódios?

Detalhe que me fez gritar DIVA!!! Scully derruba e desarma um suspeito sozinha, com o Mulder só olhando. E ele ainda deixa o cara escapar porque ele não sobe escadas e ela dizendo que antigamente, ela subia escadas com salto de 10 cm. E ela fazia mesmo isto! Eu ando bem de salto, mas correr como ela corria? Nem em sonhos!!!

Voltando ao tal do artista, ele dá uma lição de moral nos dois e, para desconforto de nós telespectadores também. Tomamos as atitudes politicamente corretas e fingimos que está tudo em porque nem temos mais o problema diante dos olhos. É demasiado para auto-imagem, mas é a realidade. Está bem que se ficarmos analisando tudo, indo ao fundo de todo problema, o mundo se torna um lugar miserável para se viver. Lá vou eu com desculpas para me acomodar etc.

Voltando ao episódio, a Scully, que ainda está abaladíssima com a morte da mãe (pudera! Ainda nem teve o funeral!), fica lembrando-se do filho e da mãe e lança que o artista era responsável pelo Tulpa, ele o criou, portanto era responsável.

Lá vão os três tentar impedir que o tulpa mate o último dos patifes. Gostei de eles não terem conseguido! O sujeito mereceu!

O artista refaz a cara do tulpa como uma carinha alegre para ver se acalma o bicho. Será?

O final lindíssimo, a Scully e o Mulder sentados a beira da praia e ela explicando de como a mãe se sentia responsável pelo Charlie e queria saber dele. Ele era o único de quem ela não sabia de nada há muito tempo, mas ainda era o filho dela.

A Dana se sente assim sobre o filho. É responsabilidade dela, deles como pais descobrirem se ele está bem.

O Mulder a abraça. [/Helena]


[Josi] Vou confessar uma coisa pra vocês: eu me jogo nos spoilers que saem dessa temporada. Não estou indo pura para nenhum deles. A muito tempo que eu aceitei que, se eu ia escrever os posts de notícias, não tinha como fugir de spoilers. Então, me joguei com gosto neles. E com exceção de especulações e doideras dos fãs que eu só descubro por acidente, todos os outros eu conheço, todos os vídeos eu vejo. Onde eu quero chegar é: eu já sabia a meses que Maggie morreria. Mas esse fato não me poupou do impacto de assistir às cenas desse episódio.

Home Again já é facilmente um de meus episódios favoritos da série inteira. Não sei como alguém consegue terminar de assistir a uma obra de arte como essa e sair incólume. Eu terminei ao fim desta hora (ué... eu vi na TV... sofrendo com as propagandas!) aos prantos e querendo bater palmas com a brutalidade do monstro nem um pouco gratuita e lotada de significados.

Eu vou começar realmente pelo plot referente ao monstro em si. Primeiramente, quero deixar claro que eu não acredito nesse tipo de justiça. As pessoas devem passar por processos e tudo mais. Dito isso vamos seguir em frente.

Trashman, o homem do lixo, vem em seu caminhão de lixo (que eu acredito ser fantasma também) e faz o que os garis fazem... ele limpa as ruas do lixo. E, neste caso, o lixo são as pessoas. Sim, é brutal. Mas também é brutal como a sociedade de uma forma geral (sim, você e eu também) trata as pessoas que estão em situação de rua. Eles são invisíveis, são um incômodo e são jogadas para fora do caminho como se não valessem nada. Em algumas grandes capitais, são feitas instalações anti-pessoas-de-rua. Superfícies antes planas são substituídas por outras cheias de espinhos. A humanidade falhou de uma forma tão drástica que nós somos treinados a ignorar a necessidade de outro ser humano. “Nós tiramos eles de nossa vista, pois assim não é mais nosso problema. Batemos em nosso peito e dizemos que fazemos o que podemos.” Gosto muito quando Arquivo X toca em assuntos de cunho social. Quase sempre acertam em cheio.

As pessoas que foram assassinadas tinham diferentes níveis de maldade. O primeiro escolheu retirar a população que vive em ruas dos lugares jogando água nelas e em tudo o que lhes pertence. Isso me irritou ao ponto de eu quase não sentir pena do que acontece a ele logo depois. Outros dois fingiam que queriam ajudar, mas estavam pensando apenas neles mesmos e em seus próprios interesses. E os ladrões de arte deveriam ter pensado melhor antes de roubar algo relacionado a assassinatos brutais. Rs

A forma como as pessoas eram assassinadas não foi escolhida a esmo. Elas eram tratadas exatamente como lixo. Rasgadas, toradas em pedaços e retiradas do caminho. Não sem antes ficarem aterrorizadas e se sentirem completamente desprotegidas. Uma nota especial pode ser dada à morte da senhora. Ela foi a única que impôs algum tipo de resistência real. E a cena foi quase uma poesia. A música alta e alegre mais em sintonia com o óbvio prazer do monstro em sua perseguição do que com a vítima, que, ao final, vai parar no triturador de lixo que os americanos têm em suas cozinhas (e me apavora por si só). Gente... o que foi aquele sorrisinho dele? Adorei!

Quanto ao monstro em si, por um tempo eu achei que ele fosse como outros que apareceram ao decorrer da série, em Kadish e em Arcadia, por exemplo, mas ao final e depois de reassistir, eu percebi que não era bem assim. Estes outros eram corpos sem alma. Este é uma pura manifestação espiritual. Se era algo do artista ou algo que ele convocava, eu ainda não sei. Então, não... ele não é reciclado. Apesar de que essa ideia cair dentro do tema da noite. rs

Mulder e Scully são trazidos para o caso devido à natureza estranha dos assassinatos. Mas enquanto eles examinavam a cena do crime, Scully recebe uma ligação que para quase todas as pessoas do planeta é seu maior pesadelo: seu irmão, Bill Mala, liga lhe informando que sua mãe estava internada em situação muito grave. Claro que ela sai desorientada de lá e vai ver a Sra Scully.

De todos os comentários sem noção que eu li esta semana, pelo menos nenhum deles denegriu a imagem de Margaret Scully. Apesar de muitos questionarem o porquê dela se ater a alguém que estava fora de sua vida ao invés dos filhos que estavam a seu lado, especialmente Dana. Essas pessoas perderam o propósito de todo o plot deste episódio. E aqui está a ligação que muitos também perderam entre o caso e o drama pessoal de Scully. De certa forma, a relação entre Maggie e seu filho Charlie foi jogada no lixo. Um dos dois foi descartado pelo outro. Eu me absteria de julgar o rapaz se a situação fosse outra. Mas a mãe dele estava em seu leito de morte e ele tratou isso como qualquer coisa, como algo que não valesse o seu tempo e isso o fez cair ainda mais baixo do que seu irmão Bill em meu conceito pessoal.

Perder alguém querido para a morte é algo que é inexplicável. Não é um sentimento que possa ser descrito. E quando esse alguém é sua mãe, alguém que foi sua companheira, sua referência, seu ponto de apoio, aquela pessoa que você sabe que pode contar sempre... Bom, eu ainda tenho a minha ao meu lado, graças a Deus, mas só em escrever isso, já estou aqui chorando. Esse episódio... Gillian Anderson com sua atuação magistral passa, através de Dana Scully, toda a dor e o desespero de alguém em sua situação. E como se aquilo por si só não fosse triste por si só, a situação de sua mãe com seu irmão perdido também a lembra de seu próprio filho.

Eu li em algum lugar que enquanto o monstro destruía os corpos das pessoas de fora pra dentro, Scully nos destruía de dentro pra fora. Acho que foi uma das melhores frases que eu li relacionadas a este episódio. Os assassinatos eram de uma brutalidade sem igual, mas a forma como a morte de Margaret foi mostrada não foi menos brutal. Não nos pouparam de nada. Scully encontrar a mãe toda entubada, descobrir que ela não queria ser mantida viva artificialmente nem ser ressuscitada, vê-la morrer e seu corpo ser levado. Estivemos com ela em cada passo desse triste processo. (E eu não sei quanto a vocês, mas eu ainda não parei de chorar aqui.)

Mas uma parte boa nisso tudo? Ela não estava sozinha. Arquivo X é mesmo muito poderoso em produzir momentos icônicos. Muitos reclamaram do silêncio de Mulder, mas nada o que ele dissesse toparia esse “Estou aqui”. Sua presença ali, largando o caso assim que pôde, fala muito de tudo o que um significa para o outro. Ele não a deixaria sozinha. Mulder e Scully provam mais uma vez que seu amor vai além de nossas pobres formas de mensuração. Eles ficaram juntos mas decidiram terminar o relacionamento? Triste mas isso não faz com que eles não se importem um com o outro. Pois adivinha só... o amor deles é verdadeiramente altruísta.

Mulder, fofo, ainda tenta distraí-la comentando do caso e aí vem outra parte que nos arranca outro pedaço... “Mulder, eu não ligo para as grandes questões nesse momento. Eu só queria mais uma chance de perguntar a minha mãe algumas pequenas questões.” (Eu já parei de chorar ok? Podem parar de me julgar também. hunf)

Alguém dia desses disse que gostaria de saber como ficou a relação entre Mulder e Maggie. Como ela tinha aceitado que ele tivesse levado sua filha para longe. Creio que ela ter dirigido suas últimas palavras para ele responde isso perfeitamente, não é? Eu gosto de pensar que Maggie respeitava sua filha como alguém que podia responder por si mesma. Isso é algo que não me deixa ter simpatia por Bill Scully. Eu entendo que ele temesse pela vida de sua irmã. Mas direcionar sua raiva a Mulder como se ele fosse o causador disso tudo mostra apenas que ele acha que sua irmã é alguém tolo e influenciável. É como quando algum fã fala que Scully só continuava nos Arquivos X porque amava Mulder. Sério que você pensa tão pouco da moça? Scully acreditava na causa, era fascinada pelo trabalho que fazia... mas de uma maneira diferente de Mulder. Só isso. Então... acredito que Maggie aprendeu a gostar de Mulder pelo o que ele era e pelo amor que ele tinha pela sua filha.

Confirmando que a fórmula de distração de Mulder era mesmo efetiva, Scully insiste em voltar a trabalhar depois da morte de sua mãe. Se bem que ela continua distraída, obviamente longe.

A conversa deles com o artista é muito boa. Gosto como Scully interrompe suas desculpas para dizer que ele é responsável sim. Você é responsável pelo que cria e pelas repercussões de suas obras. E isso vai desde se você é pintor, ator, cantor famoso até se você está apenas escrevendo tolices na internet. O que você está fazendo vai repercutir de alguma forma na vida dos outros, podendo até mesmo matar alguém. A cultura do ódio é muito forte, especialmente contra minorias sem representação e com pouca voz. Gosto de pensar que depois de ver com os próprios olhos como o monstro atuava, o artista preferiu destruir sua obra.

Scully, ao final, faz um pequeno monólogo sobre seus sentimentos com relação ao seu filho perdido. Como ela resente todas as dúvidas que permeiam a vida deles e certamente também a da criança. Mulder oferece um conforto silencioso. Sendo alguém que viveu a vida inteira com aquele mesmo medo, aquelas mesmas dúvidas e aquela mesma culpa, agora ele tinha que reviver e compartilhar tudo isso com Scully. Eu imagino que seu silêncio reflete o desespero de alguém sem esperanças.

E a imagem se abre para mostrar somente os dois numa imensidão solitária buscando apoio e conforto um no outro.

Para terminar, eu tenho que dizer que a adição dos flashbacks foi um golpe baixo. Todos muito bem colocados, aliás. E quero deixar um agradecimento à atriz de Margaret, Sheila Larken. Eu soube que ela deixou de atuar a muito tempo e se dedica a outra profissão, mas resolveu voltar por Arquivo X.

Há muito ainda o que se falar sobre esse episódio, mas vou deixar para outra oportunidade esperando que outras pessoas cubram o que não falei com sua própria interpretação. :) [/Josi]


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11 comentários:

Marcilia disse...

Para mim foi um dos mais tristes episódios de Arquivo X.

O que estou gostando muito de AX é que ele está tratando dos problemas da atualidade, fazendo uma crítica a sociedade e a todos os dilemas humanos de hoje, a dificuldade da aceitação do homossexualismo, a necessidade de estar sempre em atividade e produzindo algo, os moradores de rua.

Gillian deu um show de interpretação!
Duchovny me surpreendeu porque mesmo com poucas falas ele foi capaz de expressar a dor de Mulder.

Um recado esta sendo dado desde o inicio do Revival: como está Willian?

Bem quanto a Mulder e a Scully, bem a cena final me pareceu como se tivesse restado apenas os dois no mundo....


mada disse...

esse episodio foi extremamente dificil pra mim,triste,porque a 23 anos perdi minha mãe,e a 1 ano perdi minha vo(mae da minha mae)que me criou,eu chorei e muito,Gillian foi genial,consegiu passar toda a dor da Scully,tanto na morte da mae,quanto ao falar do filho William,e tb concordo que o silencio do Mulder falou muito mais se ele usasse palavras,a cena final e o monologo da Scully na praia foi lindo e triste,Gillian mais uma vez excelente,tem pena do Mulder porque nossa como ele sofre vimos no 2 episodio,e ao mesmo tempo se matem firme e forte,pra que a Scully não sofra e se sinta mais culpada ainda por ter dado o filho deles pra adoção,vc sente no silencio dele a dor,e o que dizer da Margareth Scully a mãe mais linda,compreensiva e amiga de todas as series,eu adoro spoilers e ja sabia a muito tempo que ela morreria,e ja encheu meus olhos de lagrimas,a frase da Scully não volta pra casa ainda ,eu preciso de vc,nossa me fez chorar mais do que eu ja estava,porque minha mãe se foi num momento que eu tb ainda precisa muito dela(ela morreu em agosto eu estava com 16 anos e ia fazer 17 em setembro)esse vai ser um episodio que sempre que assistirmos vamos chorar,emocionalmente tocante,triste,lindo etc....

Paula disse...

Agora próximo do final fica a pergunta: Haverá outra temporada? A gente não se cansa de imaginar qual seria a sequência dada para essa história e como ela nos pega a todo momento. Tomara que a Fox esteja disposta a continuar a série!!!!

Anônimo disse...

Esse episodio marcou pelo que teve de triste e, ao mesmo tempo, de confortante. Fiquei muito revoltada quando descobri que Mulder e Scully tinham se separado, mas ao fim desse episodio realmente entendi que é um detalhe eles estarem ou nao fisicamente juntos, o que mais impressiona é o fato de eles estarem unidos por algo muito maior, mesmo depois de tantos anos. Foi tocante ver a morte da sra Scully. Esse episodio nos mostrou o quanto a história de AX ainda pode ser muito bem desenvolvida nos proximos capitulos... parabens pela postagem!!
Anna

Anônimo disse...

olá,

adorei os posts... realmente gostei muito deste episódio... Nao do monstro em si, mas da perda da Scully. Até brinco que costumo dizer que sou um pouco sádica por amar episódios onde Scully sofre.
mas nao é isso, é a perda dela que me parece acionar o gatilho pra ela realmente ir procurar William... é isso... pelo amor de Deus, vá procurar William gente.. eu to aqui esperando isso a temporada inteira...
uma vez vi uma entrevista da Ivete Sangalo, falando da perda de sua mae, dizendo que qdo a mae dela se foi ela nao se sentia mais filha de ninguém, e também nao era mae de ninguém. Me lembrou Scully neste episódio... só que scully é realmente mae...
e pra terminar, gostaria de dizer que fiquei arrepiada com o I'm here... ah Mulder... assim vc me mata...
Leila - kica_bh@hotmail.com

XFILES disse...

Marcília, tb tô gostando muito de Arquivo X continuar sua característica de abordar assuntos relevantes socialmente. Tb tô amando a diversidade de etnia dos personagens secundários. Meus desejos para o futuro são: 1 que eles incluíssem mais personagens não-brancos aos personagens fixos e 2 que as histórias não fossem para somente para o lado esteriotipado das culturas. A forma como o rapaz não-hetero e a trans foram colocados chegou a ser ofensivo. Alguém precisa falar pra eles que eles podem incluir diversidade sexual e de gênero sem usá-la como alívio cômico.

Mada... *abraço* Esse episódio não poupou ninguém em nada... muito brutal. Todos os detalhes da perda de Maggie estão ali. Muito difícil de se assistir... :/

Paula... eu tô muito confiante. Acho que nesse ponto uma renovação só depende de ajustar as agendas de Gillian e David mesmo. Vamos continuar na torcida rs

Anna... primeiro, obrigada :) Segundo... sim, eu tb passei pela fase da revolta, mas rapidamente eu vi que era melhor confiar e esperar mesmo... e bom, tá dando certo, né? Eles estão lindos e eu já tenho vários novos momentos shippers novos. kkkkk

Oi, Leica! Então... acho que não é assim tão simples... eles ainda podem temer que algo aconteça com o menino e depois ele já deve ter outra família... é complicado. Mas acho que teremos alguma coisa em breve... estão falando demais disso.. deve ser pq vão nos dar alguma coisa, não é possível. kkkk

Beijos, pessoas! Obrigada pelos comentários! :D

Josi.

Anônimo disse...

Como sempre adorei os posts dá vontade de correr e rever o episódio,mas esse em particular vai levar algum tempo pra que possa encontrar meu coração batendo normalmente.

Não sou o tipo que fica esperando que tudo seja igual, o tempo passou os personagens amadureceram, várias coisas aconteceram com eles ao longo dos anos transformando na pessoa que são hoje.

As respostas estão sendo dadas na entrelinhas assim como CC gosta, mas sério eu sou shipper assumida ainda não dá pra ver os dois separados.

Mesmo demorando aparecer estou sempre aqui meninas, fugindo dos spoiles(isso é estranho) e louca pra continuar vê-lo.Pois ainda tem muita estória pra contar.

Beijos!

Yanne

XFILES disse...

Oi, Yanne linda!

Obrigada pelo carinho... sim, é difícil ver eles falarem que estão separados... ai ai... e nenhum beijinho. kkkk

Aqui no blog a gente tá deixando o mais spoiler-free possível. rs

Vamos torcer pela renovação pra gente ter mais AX em breve!

Beijos!

Livia Mello disse...

Gente,olha chorei muito aqui, sério!! Q episodio lindo!! Nostalgia, delucadeza, sofrimento, td tao bem interpretado! "I'm here" é ums das cenas mais lindas da vida! Vc não precisa falar mt pra dizer a ums pessoa q vc sma a vai estar sempre estar la por ela!! To amando o Mulder do Revival, aliás, to amando td!!!

Janaína Guimarães disse...

Que coisa linda é esse episódio. Eu também chorei muito, e fiquei extremamente feliz com ele. Mas me alegra muito mais ver as análises de vcs... nosso tempo atual nos deu a proximidade de acompanhar nossa série favorita quase que em tempo real; mas, ao mesmo tempo, a experiência de assistir mudou, junto com os haters e críticos em geral. O que eu quero dizer com tudo isso é como é bonito ver o amor de vcs pela série. Por ver todo o esforço e dedicação da equipe e elenco. Vcs são fãs de verdade. Orgulho de acompanhar Arquivo X e vcs! Obrigada por esta análise.

Janaína Guimarães disse...

P.s.: Mulder do outro lado do vidro dizendo " I'm here"
E ele do outro lado da cama olhando pra Scully e dizendo que ele tinha inventado o "trazer de volta com o desejo"... socorro! Que homi é esse?!