sábado, 30 de novembro de 2013

05x11 - Kill Switch (Vivendo no Ciberespaço)

Direção: Rob Bowman
Roteiro: William Gibson & Tom Maddox 

Resumo: A investigação de um estranho tiroteio dentro de um restaurante por Mulder e Scully os leva a ficar no meio de uma guerra entre um ser de inteligência artificial e seus criadores.


Twilight Time (com letra e tradução).

Comentários:

[Cleide] Na sequência de episódios de grande escala que vieram como fruto do auge de Arquivo X na sua quinta temporada, temos o aclamado Kill Switch, escrito por Tom Maddox e nada mais nada menos que William Gibson, escritor que  inaugurou uma nova era da ficção científica que dura até os dias de hoje, a chamada “Era Cyberpunk”. Seu livro “Neuromancer” (1984) foi um marco da ficção ao antecipar tecnologias como a internet e criar conceitos como o de “cyberspaço” ainda na década de 70. (http://www.infoescola.com/escritores/william-gibson/).

O episódio é um “monstro da semana” com um orçamento milionário, foi o episódio mais caro gravado em Vancouver, e faz algumas referências à mitologia da série, ao envolver a conspiração governamental e instaurar o clima de paranoia envolvendo a espionagem do governo através do ciberespaço. Tem cenas sofisticadas de explosões, além de efeitos especiais que tomaram um tempo maior de produção do que a média dos episódios da série.

Kill Swich é um dos episódios mais “nerds” de Arquivo X. Temas como ciberespaço, inteligência artificial, transporte da consciência para a rede são tratados. O episódio gira em torno do desejo romântico de David e Esther de transferirem-se definitivamente para o espaço virtual, trazendo um conceito de amor que transcende a existência de um corpo, da matéria em si.

Apesar desta temática de clima tenso, o episódio é bem divertido, me lembro de ter esperado muito por ele, e como uma boa “shipper”, ficar pinçando sinais de interesse amoroso entre Mulder e Scully, que estavam faiscando na quinta temporada... cada revista e site com spoilers trazia um rumor novo... *.* e as evidências foram muitas, para quem tinha (e tem) olhar treinado para perceber... 

Pra começar, a forma como a “Kill Switch” “se manifesta” pela primeira vez, quando nosso querido Mulder coloca o CD no som do carro e inocentemente ele começa a tocar “Twiligth Time”, as caras e bocas – de quem ficou sem palavras - que um agente faz para o outro, não têm preço! 

Outra sutileza, ou nem tanto, é o quanto Scully fica hostil com Esther, ou ‘Invisigoth’. Impressionante como naquela altura da série, qualquer mulher entre 20 e 70 anos, solteira, era considerada uma possível rival para nossa amiga! O quanto ela estava possessiva em relação ao parceiro!

As piadas irônicas, e olhares de desdém de Scully para a tietagem dos “Lone Gunmen” perante a “celebridade nerd”, chegam a passar um pouco dos limites, digamos, da maturidade... hahaha quando se trata de defender o território amoroso, quem pode se dizer adulto? Ela só baixa a guarda, e pasmem, demonstra simpatia por Esther, quando a vê sofrer pelo sonho de amor aparentemente perdido de se juntar à sua alma gêmea no cyber espaço... é como se Scully relaxasse: “Ufa, esta não vai ciscar na minha área”.

Os outros toques shippers do episódio, que lembro terem sido um alvoroço na época, estão nas alucinações de Mulder, ou sua experiência no mundo virtual (não sei definir bem), em que ele clama para que chamem sua médica “Dra. Scully”, e numa cena insólita, mas considerada entre os clássicos da série, Dana entra em cena e nocauteia todas enfermeiras que prendiam e torturavam Mulder com seu poderoso e imortalizado “Scully-fu”! Após toda performance, ela se aproxima do parceiro, e como não se compadece de sua dor, ele percebe que não poderia ser sua ruiva, e se tratava de uma realidade virtual, e consegue sair do cyber espaço e pedir ajuda.

E por fim, o final épico com Scully encontrando e salvando o parceiro, invertendo o papel de “salvador da donzela”, e carregando Mulder desesperadamente antes que um míssil mandasse tudo pelo espaço! Ah, e o melhor, ao som de “Twilight Time”, não tem um excer que não ache este um “clássico das baladas românticas”! [Cleide]


[Marcos Doniseti] Gosto muito deste episódio, que fala de Internet numa época em que ela mal era conhecida aqui no Brasil e ainda não tinha se massificado nem mesmo nos EUA.

Arquivo X estava sempre à frente do seu tempo e como disse o CC numa entrevista para a 'Folha de S.Paulo' na época lançamento do IWTB, aquilo que parecia ser ficção científica na série, quando era produzida, hoje já virou Ciência. [/Marcos Doniseti]


[Josi] Eu dei play no disco desse episódio e no primeiro frame, comecei a lembrar de todas as cenas maravilhosas que ele contém e dei pulinhos! Sério... esse episódio é bom demais!

Pode ser porque eu trabalho com informática, pode ser por ter uma de minhas músicas favoritas, pode ser por ter uma personagem feminina fascinante, pode ser por ter Mulder extra cute e Scully extra bad-ass... não sei. O que eu sei é que eu aaamo isso tudo!

O carinha que aparece logo de cara é um típico programador. Sim, eu conheço muitos. E aceitem a realidade que este é o futuro de todas essas criaturas que não tem sono ou fome até que um programa rode perfeitamente. É tragicamente fascinante.



Então, enquanto ele está entretido tentando quebrar um código de acesso, seu inimigo arrumou uma forma mais eficiente e bem engenhosa de eliminá-lo: fez com que algumas das gangues mais perigosas da cidade sentassem ao seu lado e chamou a força policial. Ele armou uma perfeita bomba! Aliás, essa força policial era meio esganada (depois explicam que os policiais estavam emocionalmente comprometidos)... gente, ninguém gosta dos US Marshals? Ainda não vi nenhuma vez nas séries que vejo eles serem colocados como pessoas espertas e eficientes. Como é que eles me entram ali cada um com uma arma na mão, mandando todos colocarem a mão na cabeça? É um assalto a banco por acaso? hihihi

Mulder chama Scully às 2:45 da madrugada em um dinner qualquer para checarem o resultado de um tiroteio cheio de pessoas perigosas mas não tão importantes e no lugar de dizer o porquê daquilo tudo, fica com piadinhas... Ah, que vontade de dar nessas bochechas fofas.

Não tem limites pro tanto que eu gosto dessa cena com a música. Twilight Time. Ela é excelente. Apesar de que eu realmente não entendo o porquê de alguém tirar um cd de um computador e achar que terá muito sucesso ao colocá-lo num aparelho que apenas toca músicas... oh mulder...

Scully deveria mesmo estar muito entediada para estar lendo o jornal dos pistoleiros...






Então, todos os nerds (e falo nerd de forma carinhosa dado que sou uma rs) estão lá babando na criação do Gelman apenas para a Scully chegar e achar uma pista com a dica mais simples de todas. Mas a medalha de ouro de fabulosidade vai para Mulder, lógico, por saber o padrão de numeração de containers de portos... uau

Esther (o fato de que eu realmente ainda lembro do nome dela é assustador), a Invisigoth, é excelente. Inteligente, esperta e nem um pouco interessada em ser gentil com quer que seja. Melhor do que ela sendo presa pela Scully é quando ela fala com os agentes e os deixam sem ter o que falar ao dizer o quanto eles estão errados de terem entrado como o fizeram na "casa" dela...

Agora... do que Scully estava duvidando ali? O que Esther ganharia ao simplesmente tirá-los dali de dentro com a ameaça de uma explosão vinda dos céus? Ganhar tempo para depois esconder algo? Não faz sentido, Scully. Não seja tãaao cabeça-dura...

Mas acreditando ou não, ela sai dirigindo como se o próprio capeta estivesse em seu encalço. rs

O olhar de "eu não te disse?" que Esther lança para Scully é impagável...

Elas passam então a trocar farpas e Mulder, muito inteligentemente, fica apenas calado assistindo. Mas eu te entendo, Scully... a pessoa acorda de madrugada com os quase-nada de informações que Mulder passa... mais uma vez apenas confiando nos instintos dele e ainda tem que aguentar umazinha tentando te encher de choques e ainda te faz correr... fora a situação de risco de vida.

E vamos ser sinceros... hoje em dia, eu ainda estaria cética sobre o tipo de inteligência artificial de que Esther estava falando, imagina isso a cerca de 15 anos atrás? O fato é que... sim, eu também pensaria em uma carga explosiva. Eles ainda não tinham visto o raio vindo do céu. E isso de "você não entenderia" é realmente muito irritante.

Uma das coisas que eu amo em Arquivo X: a forma como Scully sai de um lugar quando se sente particularmente sobrecarregada com o tamanho da estranheza da situação e Mulder sai atrás dela e ela simplesmente sabe que vai fazer isso. É assim desde o Piloto.



Eles criaram um tipo de vida artificial, soltaram na Internet e queriam que ela voltasse. Humm... é difícil de tirar minha sobrinha de 12 anos da frente do computador... imagina com um indivíduo artificial? :P

43MBs... Lembram quando isso era um número astronômico? ownn...

A última vez que Scully atendeu o telefone de forma estranha assim com Mulder foi com o caçador de recompensas colocando uma arma na cabeça dela... eles deveriam arrumar um código para quando coisas assim acontecessem...

Você tem que amar muito para querer passar toda a eternidade juntos. E só os dois. Acho que eu não ME aguentaria sob essas circunstâncias.

Mulder, você não pode entrar aí sem um mandato... Mulder! Mulder, não... não entre aí sozinho...

Mas o que é a alucinação de Mulder? Ele pode tá ferrado, mas olha o tipo da enfermeira... o puro estereótipo de uma enfermeira de filmes pornográficos... E a parte das enfermeiras "cuidando dele"? kkkkkk Mas é super fofo ele mandando chamar a médica "dele", a dra Scully. ownnn

Ok, depois de ver e ouvir o médico, eu mudo de ideia... não era um típico filme pornô não... era um típico filme ruim de terror. Bem a cara de Mulder também...





Ok... dúvida quanto ao sistema de localização do satélite... se ele sai focando e focando até saber exatamente onde está o alvo... se elas tivessem desligado o computador, ele simplesmente pararia a procura e abortaria o raio ou jogaria o raio em qualquer lugar mesmo?

OMG! O completo horror dele quando se viu sem os braços... tadinho... hihihi Se ao menos ele aprendesse a ser mais cuidadoso depois... mas noooooooope.

Não, mas... essa alucinação de Mulder é perfeita! Nossa... amo alucinações em séries que realmente conhecem seus personagens. Porque sabemos que tudo ali é retirado de dentro da mente de Mulder. Basta ver o cenário todo de filme de terror barato... então vemos Scully-super-durona dando um show no kung fu e o que quebra o sistema todo é quando no lugar de fazerem com que ela se acabe de preocupação com ele, ela não se mostra nem um pouco abalada com os ferimentos de Mulder e, principalmente, totalmente imune ao biquinho que ele faz... Claro que Mulder mata na hora que no mínimo aquela não é a sua Scully.

E como não amar a doçura de Scully? Amo como ela tem perfeita noção de como aproveitar o fato de estar armada? O alarme irritante soou? Bala nele! Coisinha estranha vindo para o seu lado? B-a-l-a.

No fim, Ester e David aparentemente conseguem o que queriam e Mulder e Scully terminam sem prova alguma (de novo), mas ao menos vivos.





Este episódio mostra como mais uma vez, Arquivo X era visionário acerca de temas que hoje em dia são usados com sucesso. Eles não apenas usaram o termo de Inteligência Artificial antes mesmo da Internet ser popular, mas ainda colocaram duas mulheres usando cada uma suas próprias habilidades para solucionar o caso e salvar o mocinho. E ainda jogaram romance na história sem ser pesado ou forçado. Perfeito.

Só mais uma coisa: ter um saco de carne e ossos para aproveitar o que se tem na vida é uma coisa legal também, Mulder... [/Josi]

Quotes:

Scully: Bem, se Esther queria deixar seu corpo, ela realizou o seu desejo. Pelo menos parte dele.
Mulder: Eu me pergunto...
Scully: Mulder, ela está morta.
Mulder: E se ela conseguiu fazer um uplink, Scully? Uma transmissão por satélite?
Scully: Mulder, você está me dizendo que talvez Esther... que talvez ela não esteja morta?

Mulder: Vida artificial. Isso pode existir. Pode estar entre nós. Evoluindo.
Scully: Elétrons correndo um atrás do outro em um circuito... isso não é vida, Mulder.
Mulder: Sim, mas o que nós somos a não ser impulsos elétricos e químicos dentro de um saco de carne e ossos? Você é a cientista. Você me diz.



Outras Imagens de Kill Switch:

"Heavenly shades of night are falling, ..."

"... it's Twilight Time"

Agora mexa com a moça aqui! Du-vi-do.

Essa moça aqui não se impressionou

Pistoleiros-tietes

"Olha, Scully! dodói... *beiço*"
(notem como os 'braços' dele estão 'bem-feitos')

*olhar do gato de shrek*

O olhar que Mulder esperava ter visto


Fonte dos gifs: (1) (2)

9 comentários:

nice disse...

Esse episódio, não está entre os meus favoritos, mas depois de ler o texto , vou assistir novamente, e prestar mais atenção nos detalhes, minha cena favorita é da Sculy lutando ,é impagavel...

Anônimo disse...

Mesmo não sendo um dos meus favoritos, não existe nenhum episodio que não vale a pena assistir.
Como sempre os comentários deste blog faz com que vemos coisas que antes não tínhamos visto e assim tudo fica interessante.


Não sei se este é o último do ano,mas aproveito para desejar um 2014 recheado de coisas boas pra todo mundo que passa aqui, mesmo que seja tímida a esperança de um outro filme não quer morrer.


Yanne

Anônimo disse...

Talvez o maior ponto forte desse episódio tenha sido o "quê" revolucionário. Mas, confesso que ele não me cativou tanto.
De qualquer forma, parabéns pela postagem!!

danimm13 disse...

Gosto do episódio mais ele também não me cativou, na verdade, não sei bem o porquê. Os diálogos entre Mulder e Scully sempre primorosos. Também amo quando ela sai do carro e ele vai atrás dela para ter aquela conversa sobre o caso, essa atitude é de uma intimidade sem tamanho. Tenho visto um pouco de muitas séries atuais, mas sempre sinto falta dessa complexidade dos personagens que o David e Gillian passaram durante toda a série. Falta essa intimidade ao mesmo tempo tão discreta e tão agressiva. Amo o Arquivo X! O post ficou maravilhoso, parabéns! Ah, tô ansiosa pelo próximo, amo Bad Blood!

danimm13

Josilene disse...

Fiquei pasmada com o tanto que o povo não gosta desse ep... eu realmente não esperava. kkkkkkkkk

Unknown disse...

Como não amar isso minha gente? Nerdices (se é que essa palavra existe) a parte, pois esse episódio entrou na fila para ser nerd duas vezes ou mais, as cenas da realidade virtual de Mulder são maravilhosas. Enfermeiras sexys, médicos com cara de loucos, Scully salvando o dia e ele fazendo cara de criança dodói para ela, e sendo ignorado o que é mais engraçado... Isso não tem preço minha gente!
Então tem a Scully fazendo marcação cerrada na Esther, sendo sequestra (novamente), sendo solidaria e realmente salvado o Mulder.
Quase tive um ataque de risos lendo o que foi escrito sobre nossa agente Ruiva ter uma arma e não ter medo de usa-la, o que realmente me diz que ela completa o "Senhor raposa" pois ele sempre demora dois dias para atirar.
Já disse que amo esse episódio?
Parabéns, amo a maneira que voces escrevem esse blog!

XFILES disse...

Né??? Esse ep é muito bom, mas o pessoal aqui nos comentários não gosta muito. kkkk

Obrigada, Carina. Beijos!

Josi.

tchailyssonkblo disse...

poxa o que me ddeixou sem paixão pelo resto da hitoria e que eles esqueceram o lado cientifico e colocaram um drama na historia acabou o sentido da serie.

tchailyssonkblo disse...

quando assisti a decima t. eu esperava outro enrredo meu teclado não apaga quando escrevo errado então me perdoa os erros mas voltando no assunto ele tinha que viajar mais sobre os et e não no virus